(Fotos: Henrique Oliveira)
Presidenta
anunciou novas ações e festejou os resultados obtidos em seu primeiro governo, Henrique Oliveira - ASCOM CAA.
A presidenta Dilma Roussef esteve, nesta
terça-feira (29), no município de Feira de Santana (BA) para celebrar os
resultados e anunciar a liberação de recursos para ações de enfrentamento aos
efeitos da estiagem na região do Semiárido.
O evento também marcou o sucesso
das ações do Governo Federal no interior da Bahia e a amplitude das ações de
convivência com o semiárido que, há mais de uma década, vem transformando a
vida de milhares de pessoas e democratizando o acesso à água para consumo e
produção.
O Evento
celebrou as metas atingidas polo Programa Cisternas que, nos últimos anos,
construiu mais de 500 mil cisternas de consumo e, com investimento anunciado de
mais de R$ 442 milhões, se prepara para atingir a casa de 700 mil tecnologias
entregues até a final do ano.
Tais
investimentos garantem, em primeiro lugar, a captação e armazenagem de água para
o povo do Sertão e, como ressaltou a presidenta, traz luz à importância das
ações estruturantes promotoras de segurança hídrica na região. Segundo Dilma,
as obras são importantes para todos os estados do Nordeste, pois garantem que a
região tenha uma situação de conforto e segurança hídrica.
"É
importante saberem que aqui no Nordeste tem mais obra de segurança hídrica que
nos estados mais ricos da federação, que também tem problema de abastecimento
de água. Porque no Nordeste se precaveram, e estão construindo soluções
estruturantes”, explicou a presidenta.De acordo
com informações da Presidência, de 2011 até março deste ano, em todo o
Semiárido, já foram entregues 545,7 mil cisternas e 54,7 mil tecnologias de
apoio à produção agrícola.
O governo
tem a meta de entregar, até o final de 2014, 750 mil unidades para consumo
familiar e 76 mil de apoio à produção. De 2003 até agora, já foram implantadas
tecnologias de captação de água em 1.347 municípios do Semiárido, beneficiando
935,5 mil famílias – cerca de 4,4 milhões de pessoas. De 2011 a março de 2014,
as ações chegaram a mais de 600 mil famílias, num total de 2,8 milhões de
pessoas.
“Por isso
que hoje estamos aqui comemorando. (…) Chegar a 540 mil cisternas, a implantar
750 mil cisternas, é um ato de afirmação. É importantíssimo que o produtor
tenha sua cisterna, para consumo dele, como essas novas que estamos construindo
para produção, para poder ter uma horta, produção de palma forrageira, para
alimentar o rebanho, que tenha condições de, perto da sua casa, na sua
propriedade, tenha acesso a esse bem que é igual ao princípio da vida: a água”,
destacou Dilma em seu discurso.
Para Mário
Augusto Jacó, articulador do Território de Irecê, o evento demonstra o quanto é
possível se transformar a realidade das pessoas com a luta popular. Segundo o
Articulador, chegar a 750 mil cisternas é uma vitória sem precedentes na luta
pela democratização do acesso á água.
"Quando nós começamos, muita gente
pensava ser impossível construir um milhão de cisternas e mudar definitivamente
a vida no Semiárido. Hoje, se somarmos o que foi feito no governo Lula e no
Governo Dilma, estamos cada vez mais perto de concretizar esse sonho... Uma
vitória do nosso povo", disse Jacó.
Para
Naidison Batista, Presidente da Associação Programa Um Milhão de Cisternas e
Coordenador da Articulação Semiárido Brasileiro pelo Estado da Bahia, os
avanços conquistados pelo povo do Semiárido e pelos últimos governos
brasileiros são fruto de um processo de mudança que estabeleceu, a partir de
muita luta e organização, um novo entendimento do Semiárido.
De acordo
com o coordenador, o povo do semiárido é encarado hoje como um povo capaz,
resistente e criativo e não mais com um povo "coitado" e “digno de
esmolas”, como se pensava no passado. "O que constatamos aqui é uma
inversão de valores. Não uma inversão em palavras. Mas, uma inversão em ações,
em atos. E isto está contaminando o Semiárido", afirmou emocionado,
Batista.
Outras ações
- Além do Programa Cisternas, outras ações serão firmadas pelo Governo Federal,
como a assinatura do edital para contratação de 5 mil cisternas em escolas do
Semiárido, o que promoverá a armazenagem e o abastecimento de água própria para
consumo em mais de 60% das escolas públicas da região; o investimento de R$ 8
milhões para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e R$ 19 milhões ao
Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais, do Plano Brasil Sem
Miséria.
No âmbito do Governo da Bahia, o Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome firmaram no convênio para a contratação
de mais 13,5 mil tecnologias de consumo no valor de R$ 37,6 milhões em
investimentos para a construção de cisternas de placa em todo o Estado.