Padre por
formação, o deputado Luiz Couto tem a prerrogativa de recorrer ao voto de
silêncio todas as vezes que se encontra diante de um dilema político. Com
indicações no governo do Estado e na prefeitura de João Pessoa e diante de uma
candidatura própria do PT na Capital, politicamente, Couto não sabe a que deus
seguir. As opções trazem todas consigo um “porém”. Quer ficar com Estelizabel
Bezerra (PSB), mantendo assim aliança política com o governador Ricardo
Coutinho (PSB). Porém terá dificuldade pra adequar o discurso em razão de não
poder, gratuitamente, fazer oposição a uma candidatura petista. Pode alegar que
a aliança com o PPS de Nonato Bandeira tirou a pureza da composição, mas o aval
da Direção Nacional atenua essa suposta incoerência partidária. Além disso, ainda
tem a presença do Democrata dos Morais na chapa, deixando o Padre um pouco
incomodado, como pastor evangélico diante da imagem de Nossa Senhora. Apesar
das restrições pra abraçar de peito aberto a candidatura de Estela, o Padre não
tem pensando também em abraçar-se com Cartaxo. Não gostaria de ver os cargos
que tem no governo do Estado ficando vagos. Couto, por isso, está em profundo
momento de reflexão. Em silêncio, pra não cometer pecado algum. Diz-se que deve
reunir os mais próximos em breve pra apresentar uma saída pública. Na política,
como no Cristianismo, não há outro caminho senão o do monoteísmo.
Luís
Tôrres
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