O deputado Luiz Couto (PT-PB) explicou, em discurso
na Câmara Federal, as razões pelas quais não deverá participar da campanha
majoritária do PT em João Pessoa. Alegando motivos, inclusive de foro íntimo, o
parlamentar disse que teve a honra e a dignidade ultrajadas, que sofreu
humilhação e foi abandonado politicamente por diversos filiados que mudaram de
posição. Couto destacou que mesmo sendo vítima de perseguição e ameaça de morte
não recebeu nenhum apoio de dirigentes do PT. “Muitas vezes, recebo
solidariedade de pessoas que não são do partido”, enfatizou. O deputado lembrou
que em 2009 o governador do estado, á época, interveio diretamente para que
partidários não votassem nele para presidente regional do PT, afim de “levá-los
a uma coligação que não oferecia nenhuma mudança positiva ao Estado”. Luiz
Couto afirmou que para as eleições municipais os dirigentes estaduais
proclamavam que este ano era a vez do PT, “mas, na verdade, estava em jogo
apenas a montagem de uma chapa de oposição ao Governo da Paraíba no Município
de João Pessoa”. “Discordo da condução política de fazer da campanha municipal
em João Pessoa apenas uma afronta ao Governo do PSB no Estado. Discordo da
manipulação discursiva da direção estadual do PT, que animava companheiras e
companheiros dos Municípios do interior na construção das candidaturas
majoritárias próprias, mas que na verdade era apenas para dar argumentos para a
candidatura anti-PSB em João Pessoa, deixando o PT na imensa maioria dos
Municípios sem candidatura própria para prefeito”, complementou. O PT
precisa voltar às suas origens como partidas militantes, articulador,
formulador de políticas públicas, mobilizador das lutas sociais e com forte
inserção nos movimentos sociais e nas suas lutas. O nosso partido necessita
retomar o seu caminho de formulador de políticas através do diálogo aberto,
permanente, transparente e profundo com os movimentos sociais, com a
intelectualidade, com as instituições e setores que buscam construir um país
com justiça social, com solidariedade, com liberdade, com transparência, com
coerência, com ética, com controle social, com democracia plena, com
participação popular plena, permanente e profunda. Enfim, política é coisa
séria e para pessoas sérias. O Movimento Fé e Política em nossa Região, junto a
outros segmentos da sociedade, vêm levantando, com vigor, esta bandeira da
ética na Política e propondo a reflexão de que política não é coisa suja, mas sujos
são os políticos que não respeitam o seu representado, o povo que o elegeu.
Sujeira é se utilizar das necessidades e misérias do povo em proveito dos
interesses egoístas e rentáveis. Por isso apoiamos a Lei da Ficha Limpa. A
política é o caminho de organização da sociedade para atender às demandas
sociais e ambientais em vista do bem comum, o bem de todos. Através dela vemos
a possibilidade de construção da Sociedade do Bem Viver. Senhor Presidente,
este o artigo do Padre Mauro. Que peço para registrar nos Anais. Agradeço a
V.Exa. A tolerância para que eu pudesse concluir a leitura deste meu
pronunciamento e também desse artigo publicado, da autoria do Padre Mauro, do
Movimento Fé e Política, litoral Macaé, Rio de Janeiro. O SENHOR PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Deputado Luiz Couto,
V.Exa. será atendido, nos termos regimentais. Parabenizo V.Exa. Por esse
pronunciamento, sabia das qualidades do Padre Luiz Couto, sabia que ele era um
poeta tão afinado como o é.
Ascom Dep. Luiz Couto
Nenhum comentário:
Postar um comentário