domingo, 14 de outubro de 2012

Ciência tenta explicar milagre de Moisés


Um vento de cem quilômetros por hora permitiria separação das águas, mas não no mar Vermelho
Segundo a Bíblia, Moisés ergueu as mãos para o mar Vermelho e durante toda a noite Deus separou as águas com um forte vento de leste para permitir a fuga do povo hebreu do Egipto para a Palestina. De manhã, quando o exército do faraó os tenta seguir, foi engolido pelas águas. Agora, uma nova simulação de computador concluiu que um fenômeno natural pode realmente ter permitido este milagre, mas não no mar Vermelho. "As pessoas sempre ficaram fascinadas com esta história do Livro do Êxodo, perguntando-se se tem origem em factos históricos", disse o investigador do Centro Nacional para a Pesquisa Atmosférica norte-americano, Carl Drews. "O que este estudo mostra é que a descrição da separação das águas tem por base leis da física", acrescentou o principal autor do estudo publicado online no jornal científico PloS ONE. Com o recurso a antigos mapas topográficos, registros arqueológicos e modernas medições de satélite, a equipa encontrou um possível local para a travessia: não no mar Vermelho, onde normalmente se localiza o acontecimento de há três mil anos, mas numa área no delta do Nilo, onde aparentemente um ramo do rio inundava o antigo lago de Tanis. Aí, um vento de leste a soprar a uma velocidade de um pouco mais de cem quilômetros por hora, durante oito horas, teria permitido afastar as águas (com 1,8 metros de profundidade). Uma faixa de terra lamacenta com entre 3,2 e quatro quilômetros de comprimento e 4,8 quilômetros de largura teria ficado a descoberto durante quatro horas, com duas paredes de água de ambos os lados. Assim que o vento parasse, o caminho teria ficado alagado. "A simulação corresponde de forma bastante rigorosa com o relato do Êxodo", indicou Drews, no texto que acompanha as conclusões do estudo. "A separação das águas pode ser percebida através da dinâmica de fluidos. O vento move a água de acordo com as leis da física, criando uma passagem segura com a água nos dois lados e depois permitindo uma rápida inundação", acrescentou.
Fonte: http://www.dn.pt/inicio/ciencia

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