PM não poderá levar a hospitais suspeitos feridos. Só o
SAMU. E confrontos que resultem em morte não poderão mais ser registrados como
“resistência seguida de morte” São Paulo – Os policiais do estado de São Paulo não podem a partir de
hoje socorrer vítimas em casos graves, o que deverá ficar a cargo
exclusivamente de equipes do SAMU. A decisão do Secretário de Segurança
Pública, Fernando Graella, impede, por exemplo, que policiais militares coloquem pessoas
feridas em viaturas da corporação. Em novembro do ano passado, um vídeo mostrou um suspeito entrando em uma carro da PM na zona sul de
São Paulo. Nas filmagens, é possível ouvir o barulho de um disparo. Os
policiais alegaram que o homem morreu em confronto com a corporação. A medida
da Secretaria, publicada hoje no Diário Oficial do Estado, visa preservar a
cena do crime em casos de lesão
corporal grave, homicídio, tentativa de homicídio, latrocínio (roubo seguido de
morte) e seqüestro que resulte em morte. Os locais deverão permanecer
inalterados, “considerando a importância da prova produzida na fase
inquisitorial para o esclarecimento dos fatos e apuração da autoria e
materialidade”, diz a resolução. Outra alteração é que, a pedido do Conselho de
Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, os registros de mortos em operações
policiais não poderão mais ser feitos como “resistência seguida de morte”,
devendo ser substituídos nos boletins de ocorrência por “lesão corporal
decorrente de intervenção policial” ou “morte decorrente de intervenção policial”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário