Ativistas vão levar mais de 1,6 milhões de assinaturas pedindo a
renúncia do presidente do Senado. Depois, pedirão ao STF rapidez no julgamento
da denúncia dos bois de Alagoas, CATEGORIA(s): Eleição da Mesa, Ficha limpa, Manchetes, Notícias.
Ativistas vão entregar amanhã (20) a petição virtual com
mais de 1,6 milhão de assinaturas contra
a permanência de Renan Calheiros (PMDB-AL) na Presidência do Senado. A ideia é
entregar o abaixo-assinado a uma comissão de senadores que se dispuser a
receber o grupo. Os coordenadores do movimento afirmam que o objetivo
da mobilização é fazer pressão política e social para forçar a saída
de Renan do comando do Senado e do Congresso por causa do seu
histórico de denúncias. “Não faz sentido um senador presidir o Congresso já sob
suspeita de ter cometido crimes graves”, afirma o engenheiro Marcelo Medeiros,
um dos organizadores da manifestação. As
denúncias contra Renan; A defesa do
presidente do Senado; Renan tinha que ter “vergonha”, afirma
criador de petição; Editorial: a
rendição do Congresso ao chiqueiro da política; Como revelou o Congresso em Foco, Renan foi denunciado às vésperas de ser
eleito presidente do Senado pelo procurador-geral da República por uso de notas
frias para justificar a venda de bois em
Alagoas.
O senador é acusado de desvio de dinheiro, falsidade ideológica e uso de
documento falso. Renan ainda responde a dois inquéritos no Supremo, um por crime
ambiental e
outro por tráfico de influência. Curta o Congresso em Foco no facebook; Siga o Congresso em Foco no twitter; A manifestação começa pela manhã. No
gramado do Congresso, serão espetadas 55 vassouras de cabeça para baixo com uma
balde, representando os parlamentares que votaram a favor de Renan nas eleições
da Mesa de 1º de fevereiro. A entrega das assinaturas será feita às
13h. Pedro Abramovay, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ) e
diretor de campanhas do Avaaz, site
responsável pela coleta das assinaturas, conta que as pessoas que
apoiaram o abaixo-assinado estão sendo convidadas a mandar mensagens
de correio eletrônico aos senadores, pedindo que eles recebam os ativistas.
Outro pedido é que mandem mensagem para o gabinete do ministro Ricardo
Lewandowski, pedindo que acelere a análise da denúncia contra Renan sobre os
bois de Alagoas. Às 16h, será protocolado no gabinete do presidente do STF,
Joaquim Barbosa, um pedido de celeridade no julgamento da denúncia. Um dos
ativistas que vai participar do evento é o representante comercial Emiliano
Magalhães Neto, 26 anos. Vendedor de confecções em Ribeirão Preto, ele afirmou
ao site que,
caso encontre Renan no Congresso, gostaria de dizer ao senador que
ele deveria ter “vergonha”
de ocupar um cargo tão importante em meio a tantas suspeitas. (Cinismo) Para os
ativistas, Renan não tem condições de presidir o Congresso. “Não é possível que
o PMDB, com 23 senadores, não tenha um com menos telhado de vidro e menos
cinismo”, provoca Medeiros. O engenheiro, de 64 anos, critica a nota do
senador que
considerou que a quantidade de assinaturas não era importante. “Ele disse que
era coisa de jovens, mas não têm só jovens”, disse Medeiros ao site. Para Abramovay, é necessário
construir um clima de pressão popular sobre o Senado para a derrubada de Renan.
“Em maio de 2007, qualquer analista político dizia que não havia chances de ele
cair. Em novembro, era óbvio. Temos que fazer novembro chegar”, afirmou ele,
que foi secretário nacional de Justiça no governo Lula. (Voto secreto) O
grupo articula uma ação direta de inconstitucionalidade contra o voto secreto
na Câmara e no Senado. Na semana passada, os ativistas conversaram com o
presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Coelho, que
vai levar a proposta ao conselho da Ordem. Abramovay diz que a eleição de Renan
dá mostras de que as normas internas do Legislativo precisam ser modificadas. “Só
35 senadores disseram que votaram nele. A maioria dos senadores ou não votou ou
têm vergonha de dizer isso”, comentou. Abramovay lembrou ainda que 24 senadores
afirmaram terem votado no concorrente de Renan, Pedro Taques (PDT-MT), apesar
de ele ter recebido só 18 votos. “Usando o voto secreto, há senadores mentindo
para seus eleitores.” (Da
internet para a rua) Medeiros defende que as mobilizações pela
internet são o primeiro passo para captar a voz da sociedade em temas políticos
e, depois, ganhar as ruas das cidades. No dia 23, haverá mobilizações nas ruas
contra a eleição de Renan, uma delas no Rio de Janeiro. “Isso dá força para o
movimento. A gente está nas redes sociais e está fazendo uma balbúrdia.” Já
Abramovay não dá tanta importância a manifestações à moda antiga. “Acho mais
forte 1,6 milhão de assinaturas pela internet do que 10 mil pessoas na frente
do Senado”, afirmou ele. (Veja ainda:) As denúncias contra Renan; A defesa do
presidente do Senado; Renan
tinha de ter vergonha, diz criador de petição; Curta o Congresso em Foco no facebook – Siga-nos no twitter.
Fonte: http://congressoemfoco.uol.com.br
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