A
Articulação Semi-árido Brasileiro (ASA) inicia neste mês a execução dos dois
novos termos de parceria assinados com o Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome (MDS). Com investimento de R$ 177 milhões, as ações atenderão
48.225 famílias atingidas pela estiagem, através de infraestruturas de captação
e armazenamento da água da chuva para consumo humano e produção de alimentos.
“Esse termo tem elementos que são emergenciais, ou seja, quanto mais rápido
você conseguir construir reservatórios para captação de água de chuva para as
famílias, maior a capacidade delas de acumular água, mesmo que não chova,
porque elas podem conseguir outras formas de acumular água. E também é
importante porque essa é uma ação estruturadora, ou seja, você vai ampliando a
capacidade das famílias de captar e armazenar uma maior quantidade de água”,
afirma Antônio Gomes Barbosa, coordenador do Programa Uma Terra e Duas Águas
(P1+2) da ASA. De acordo com Barbosa, a
perspectiva é que as implementações também possam garantir às famílias a
reorganização dos seus sistemas de produção, que foram atingidos pela estiagem.
“A cada período de seca você tem o que se chama de desestruturação das
economias locais, ou seja, as famílias perdem sua lógica de produção tanto no
plantio como na criação de animais e uma ação como essa, de certa forma,
permite que a família consiga reorganizar sua economia local. Se ela tem água
significa que ela tem maior capacidade de plantar, de criar, então, os
programas têm essa perspectiva”, explica Barbosa. De acordo com o último
boletim do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a previsão de
chuvas para os próximos três meses no Semi-árido é de 40% abaixo da média, que
varia de 200 a 800 mm. Mesmo assim, de acordo com Barbosa, o pouco que chover
poderá encher muitos reservatórios, daí a importância das famílias receberem
sua cisterna ou outra tecnologia o quanto antes. Através do P1+2 serão
implementadas 9.715 tecnologias de captação de água para produção de alimentos,
dividas em sete tipos: cisterna-calçadão, cisterna-enxurrada, barreiro
trincheira, barragem subterrânea, barraginha, tanque de pedra e bomba d’água
popular. Além disso, o P1+2 vai apoiar a estruturação de 50 casas de sementes e
50 viveiros de mudas. Também serão realizados 250 intercâmbios entre
agricultores e agricultoras e sistematizadas 350 experiências de convivência
com o Semi-árido. Já através do P1MC serão construídas 34.910 cisternas de
placas de 16 mil litros, garantindo a uma média de 175 mil pessoas o acesso à
água de qualidade para beber e cozinhar. Quadro
das tecnologias e número de famílias atendidas:
Tecnologias (P1MC) Cisternas de 16 mil litros;
Quantidade 34.910; Famílias beneficiadas 34.910; Cisterna-calçadão Quantidade4.
100; Famílias beneficiadas 4.100; Cisterna-enxurrada Quantidade 1.900;
Famílias beneficiadas 1.900; Barragem subterrânea Quantidade 315;
Famílias beneficiadas 315; Barraginha Quantidade
1.000;
Famílias beneficiadas 1.000;
(P1+2) Barreiro trincheira Quantidade 2.000;
Famílias beneficiadas 2.000;
Tanque de pedra* Quantidade 200; Famílias
beneficiadas 2.000; Bomba d’Água
Popular (BAP) * Quantidade 200; Famílias
beneficiadas 2.000; Um total de:
48.225
Nenhum comentário:
Postar um comentário