Agricultores familiares, assentados, extrativistas, pescadores, povos e
comunidades tradicionais. O desenvolvimento do Brasil rural passa por esse
público que, até outubro deste ano, traçará propostas visando o avanço do rural
para os próximos 20 anos. A 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento
Rural Sustentável e Solidário (CNDRSS), que será realizada em Brasília, tem o
objetivo principal de construir o Plano Nacional de Desenvolvimento Rural
Sustentável e Solidário. “Queremos oferecer ao Brasil um plano que contribua
com o seu desenvolvimento nacional e que o projete para aquilo que nós achamos
que ele é: um País que cresce cada vez mais, que está no seu melhor momento da
história e que cada vez mais vai incluir as pessoas e combater a desigualdade. Somos
“parte do povo brasileiro, somos capazes de pensar estrategicamente e queremos
contribuir com o desenvolvimento do País”, afirma o secretário-executivo do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf), Roberto
Nascimento. O Plano Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário
vai ser construído de forma participativa, envolvendo nesse processo representações
das diversas instâncias de governo, além da sociedade civil organizada. Até
agosto de 2013 serão realizadas conferências territoriais, intermunicipais,
municipais, estaduais, distrital, setoriais e livres que vão estabelecer as
propostas de desenvolvimento a serem discutidas na Conferência Nacional. Segundo
Nascimento, um dos pontos que precisa ser esclarecido é que o povo brasileiro,
ligado à agricultura, pode pensar, de maneira estratégica, o desenvolvimento do
campo. “Queremos realçar que a reforma agrária, a agricultura familiar, e todo
esse público, são capazes de pensar o futuro e de incluir, dentro do projeto de
desenvolvimento nacional, o nosso desenvolvimento rural”, ressalta. (2ª Conferência) 1,2 mil delegados
representarão os estados e o Distrito Federal na Conferência Nacional. A
expectativa é de que 1,5 mil pessoas participem do evento entre delegados,
delegados natos do Condraf, convidados do governo federal e observadores. O
evento traz como diferencial a paridade de gênero nas discussões. A idéia é de
que homens e mulheres tenham a mesma quantidade de representação no plenário. A
Conferência terá sete eixos temáticos: Desenvolvimento socioeconômico e
ambiental do Brasil rural e fortalecimento da agricultura familiar; Reforma
agrária e democratização do acesso à terra e aos recursos naturais; Abordagem
territorial como estratégia de desenvolvimento rural e promoção da qualidade de
vida; Gestão e participação social; Autonomia das mulheres rurais; Autonomia e
emancipação da juventude rural; e Promoção do etnodesenvolvimento. O
secretário-executivo pondera que dentro de cada eixo estão contidas diversas
políticas públicas que são essenciais para o desenvolvimento do Brasil rural.
“No tema da agricultura familiar podemos discutir sobre o crédito, os seguros,
as ferramentas de comercialização, por exemplo. No eixo da reforma agrária, nós
também discutiremos o tema da obtenção de terras, do desenvolvimento dos
assentamentos, entre outros”, observa. Nascimento frisa que nos últimos dez anos
o Brasil teve cerca de 130 conferências, com um público de mais de dez milhões
de pessoas participantes. (Retrospectiva)
A 1ª Conferência Nacional ocorreu em 2008, em Pernambuco. As resoluções
discutidas no evento resultaram, especialmente, na Proposta de Política de
Desenvolvimento do Brasil Rural (PDBR), que destaca que o desenvolvimento rural
e solidário é multidimensional.
Fonte: www.mda.gov.br
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