Por, Manuel Neto: Seu João Do Violão, como representante da população de
Aroeiras que o senhor representa, gostaria de deixar aqui algo que talvez lhe
seja de interesse para publicação em seu blog.
Como
estudante de história da UEPB, confesso que a cada dia me sinto mais triste com
a situação vigente de nossa biblioteca municipal, é inadmissível que uma cidade
como a nossa não possua uma biblioteca de qualidade para nossos jovens
estudantes, com uma desvalorização tão grande da cultura, aonde chegaremos? Que
espécie de cidadãos formará se o mundo dos livros começarem a ser extinto?
Somos um país onde os valores culturais de outros povos ocupam lugar de
relevância dentro de nossas consciências. Penso seriamente que futuro terá se
continuarmos assim, nosso lindo município, tão belo, terra de pessoas
inteligentes, que sonham com um amanhã melhor, sendo suprimidas intelectualmente,
com a desvalorização que vem sofrendo a cultura em nossa cidade. Todos os
dias deparo-me com uma péssima condição a qual enfrentamos, livros que estão
ultrapassados, em sua maioria didáticos, o que deixa óbvio a preocupação que os
representantes políticos de nossa cidade demonstram com relação a formação dos
seus jovens como futuros pensadores. O livro é um mundo, um mundo onde podemos
viajar, é nele que podemos utilizar mais que a arte de decifrar frases, mais
que decodificar palavras, é nele que aprendemos a voar nas azas da imaginação,
e infelizmente esse bem tem sido escondido de nós, nos acomodamos, achamos que
está tudo bem, e esquecemos que o futuro dependerá daquilo que plantarmos hoje.
Como simples estudante da UEPB (Universidade Estadual da Paraíba) me vejo
comovido a passar essa mensagem. Como dizia o grande escritor e pensador Russo,
Fiódor Dostoiévski: "o que as pessoas mais temem é dar o primeiro passo,
professar a primeira palavra". Acredito em pessoas que sonham, é
fácil perceber como desde a época da ditadura pagamos um preço caro pela
desvalorização de disciplinas como história e filosofia, que na época foram
retiradas dos setores educacionais de nosso país, deixando claro que para
aqueles que se utilizam do poder de forma opressora, abrir os olhos é perigoso,
na concepção de tais seres humanos individualistas, fazer "o vôo da
águia" como diz o grande teólogo Leonardo Boff, torna-se um perigo. Porém
esses poderosos esquecem que o poder não é apenas opressor, mas como disse o grande
filósofo do século XX Michel Foucault: "o poder não é apenas repressivo,
ele liberta, ele possui uma eficácia produtiva, uma positividade". E por
que não utilizá-lo dessa maneira? Deixo aqui meu recado. Manoel Neto.
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