O instituto Datafolha divulgou pesquisa de popularidade da presidenta
Dilma e de intenção de votos, feita na quinta e na sexta-feira (dias 6 e 7).
Pegou um período de intenso bombardeio contra o governo pelo noticiário
oposicionista. Mesmo assim, os números são extremamente favoráveis à
presidenta. Na avaliação do governo: 57% Bom e ótimo (era 65% na pesquisa
anterior, de março); 33% Regular (era 27%); 9% Ruim ou péssimo (era 7%); 1% Não
sabe (era o mesmo); A velha imprensa destaca a queda de popularidade dizendo
ser devido à economia. Eu diria que é mais devido à exploração exagerada de
notícias econômicas dando sempre viés negativo, pois a economia em si não
chegou a afetar significativamente a vida da grande maioria das pessoas, e
existem também alguns importantes números positivos e promissores na economia
real. Mesmo assim, 57% consideram o governo bom ou ótimo. Só 9% consideram ruim
ou péssimo. Quem deve ficar preocupada é a oposição, pois, além da aprovação
manter-se bem alta, a expectativa daqui para frente é a inflação cair e o
crescimento acelerar. Claro que o governo não deve ficar de "salto de
alto", muito menos menosprezar a oposição, mas não é nenhuma tempestade. A
aprovação do governo estava muito alta, vinha só subindo desde agosto de 2011,
e chegou a 65% de ótimo e bom depois de uma seqüência de boas notícias como
redução na conta de luz e na cesta básica. Uma hora ou outra aconteceria de
cair em algum momento. Se com essa queda, ainda preserva 57% de boa avaliação,
a situação ainda é bastante confortável, pois a tendência da economia é
positiva, com um segundo semestre melhor do que o primeiro, e com 2014 melhor
do que 2013. (Intenção de votos)
Na pesquisa de intenções de voto, o Datafolha também registrou ligeira queda da
presidenta em relação à última pesquisa: Dilma (PT): 51% (tinha 58% na pesquisa
anterior, de março); Marina Silva (Rede): 16% (tinha o mesmo); Aécio Neves
(PSDB): 14% (tinha 10%); Eduardo Campos (PSB): 6% (tinha o mesmo); Indecisos,
nenhum, brancos ou nulos: 13% (era 10%); A análise quanto aos números de Dilma
é praticamente a mesma nos parágrafos acima: 58% foi atingido no melhor momento
da pauta positiva do governo. 51% foi em um de seus piores momentos no
noticiário. Observe que estes números dariam vitória folgada no primeiro turno
para Dilma, pois computando-se só os votos válidos (tirando os indecisos,
nenhum, brancos ou nulos), Dilma seria reeleita com 58,6% dos votos válidos
contra 41,4% da soma dos outros candidatos É interessante observar que nem
Marina Silva, nem Eduardo Campos estão tirando votos de Dilma, mesmo diante
deste noticiário negativo. O eleitor que passou a dizer que não votaria em
Dilma, não moveu seu voto para Marina Silva, nem para Eduardo Campos, portanto
é provável que passaram a se declarar indecisos ou dizer que não votam em
nenhum candidato. Por isso não é improvável que assim que a percepção da
realidade econômica voltar ao normal voltem a declarar voto em Dilma. No caso
de Aécio, mesmo subindo 4 pontos, é pouco provável que seja um movimento de
tomar votos de Dilma. O cenário que parece mais realista é que ele conquistou
estes 4 pontos entre quem respondia indeciso antes, sem escolher nenhum
candidato. Os 10% que o tucano tinha na pesquisa anterior é praticamente o
eleitorado de Minas. Na medida em que ele desponta como o candidato consolidado
do PSDB, deixando claro que José Serra é carta fora do baralho tucano, e
somando a isto ter ocupado quase todo o horário da propaganda partidária na TV,
nas inserções e no programa, o eleitorado tucano de outros estados passaram a
declarar voto nele. É normal esperar que Aécio ainda cresça ao longo do tempo
alguns pontos (se não for abatido por algum dossiê serrista), mas é difícil
imaginar que abale a sólida posição de Dilma. Como se vê, a velha mídia já não
tem tanto poder de fogo como tinha antes, senão os números teriam que ter queda
mais expressiva diante do bombardeio. De qualquer forma, a pesquisa revela
que, nas últimas semanas, o governo Dilma perdeu batalhas na pauta do
noticiário. E torna-se altamente recomendável reposicionar as táticas de
comunicação governamental, para não dar chance a surpresas desagradáveis.
Fonte: http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/
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