Nos cinco primeiros anos de execução, de 2008 a 2012, o programa Caminho
da Escola do Ministério da Educação atendeu 4.725 municípios. No período, foram
entregues 25.889 ônibus escolares, com investimentos de R$ 5,2 bilhões. Em
2012, além de três tipos de veículos disponíveis, as prefeituras puderam
encomendar ônibus com plataforma de acessibilidade para o transporte de
estudantes com deficiência. Dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE), autarquia responsável pelo programa Caminho da Escola, mostram
que, em 2012, dos 11.994 veículos pagos com recursos do governo federal, 1.294
tinham plataforma de acessibilidade. O investimento nesse item foi de R$ 159,1
milhões. A concepção de veículos escolares acessíveis, até então inexistentes
no mercado nacional, mobilizou o FNDE a buscar soluções com o Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e
fabricantes. O objetivo era chegar a um novo conceito de veículo para atender,
ao mesmo tempo, a mobilidade e a multifuncionalidade. O modelo
criado e aprovado é de um veículo pequeno para rodar em estradas pavimentadas,
com capacidade de transportar até 26 estudantes sentados e equipado com
plataforma elevatória, boxe para acomodação de cadeiras de rodas com seu ocupante
ou cão guia, poltronas com cinto de segurança subabdominal, sistema de
comunicação para alunos com deficiência visual ou auditiva, comunicação visual
interna e externa (símbolos específicos) e sinalização tátil, além de
informações e orientações para os usuários. A aquisição de parte do ônibus
segue o critério de adesão ao registro de preços nacional. Bicicletas — Em 2010, o programa
Caminho da Escola foi ampliado, com a entrega de bicicletas escolares. Elas
atendem estudantes que fazem trajetos de 3 a 15 quilômetros entre a residência
e a escola ou entre a residência e o ponto no qual o aluno embarca no ônibus
escolar. A bicicleta é padronizada, em dois tamanhos (aros 20 e 26), tem quadro
reforçado, selim anatômico, paralamas, bagageiro traseiro e descanso lateral,
além de itens de segurança, como espelho retrovisor, campainha e refletores
dianteiro, traseiro, nas rodas e pedais. Acompanha a bicicleta, uma bomba
manual para calibrar os pneus, ferramentas de montagem e regulagem e capacete. Interior – Nesta série de reportagens que o portal do MEC
começa publicar nesta segunda-feira, 5, as prefeituras de Andaraí, no
centro-sul baiano, e Medeiros, no oeste de Minas Gerais — receberam bicicletas
do programa em 2011 —, relatam que o desempenho escolar dos alunos melhorou. Já
as redes públicas de ensino de Apuí, no Amazonas, Nova Mutum, em Mato Grosso,
Uruoca, no Ceará, e Sulina, no Paraná, contam com ônibus reforçados do Caminho
da Escola para vencer os obstáculos das estradas precárias e transportar os
estudantes. Caminho da Escola —
Criado em 2007, como parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), o
programa Caminho da Escola tem entre os objetivos
renovar a frota de veículos escolares (ônibus e embarcações), garantir a
segurança e a qualidade do transporte dos estudantes e contribuir com a redução
da evasão escolar. O programa também visa à padronização dos veículos, a redução
dos preços e o aumento da transparência nas aquisições. Estados e prefeituras
podem comprar os veículos com financiamento do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com assistência financeira do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), por meio do Plano de Ações
Articuladas (PAR) ou com recursos próprios. As secretarias de Educação podem
aderir aos pregões promovidos pelo FNDE para obter melhores preços dos
veículos. (Ionice Lorenzoni)
Fonte: Portal do Mec
Fonte: Portal do Mec
Nenhum comentário:
Postar um comentário