Um dos desafios do
governo federal é repensar a oferta de serviços públicos para direcioná-los à
população mais pobre. Para isso, o Cadastro Único para Programas Sociais do
Governo Federal tornou-se ferramenta indispensável. Essa avaliação foi
feita pela ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza
Campello, durante o Café com Debate, na quinta-feira (5), na sede da Escola
Nacional de Administração Pública (Enap), em Brasília. O evento é parte da
agenda comemorativa do aniversário de 10 anos do Programa Bolsa Família. Tereza
Campello frisou que, durante a última década, o Cadastro Único se tornou uma
grande novidade para a gestão pública, pois está apoiado em um programa
eficiente e organizado – o Bolsa Família – e que chegou, de fato, aos mais
pobres. A ministra acrescentou ainda que, atualmente, 18 diferentes
programas do governo federal utilizam as informações do Cadastro para planejar
e monitorar as ações. “Temos uma lupa hoje, que se chama Cadastro Único. É uma
ferramenta que possibilita repensar a oferta de serviços públicos no Brasil a
partir da demanda que está lá”, argumentou a ministra. Durante o debate, Tereza
Campello ainda destacou ações do Plano Brasil Sem Miséria, como a oferta de
vagas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec)
para o público do Brasil Sem Miséria, que já tem mais de 670 mil inscritos nos
cursos oferecidos. Para ela, esse número destrói mitos, como o de que o
benefício causa acomodação dos beneficiários da transferência de renda. A
ministra também apresentou resultados conquistados pelo Bolsa Família ao longo
dos últimos 10 anos, como a contribuição para a queda da mortalidade infantil,
a redução da evasão escolar e a diminuição das desigualdades sociais no Brasil.
“Temos um programa com impacto gigantesco, que atinge cerca de 50 milhões de
pessoas no país”, afirmou. Ela aproveitou o debate para divulgar o hotsite Bolsa Família 10 Anos,
lançado nesta semana e que traz uma linha do tempo com os fatos mais marcantes
da história do programa. A pesquisadora Ana Fonseca, ex-secretária para
Superação da Extrema Pobreza do MDS e uma das pessoas envolvidas na implantação
do Bolsa Família, relembrou a trajetória para a construção do programa de
transferência de renda. “A história do Bolsa Família é uma história de
construção coletiva”, disse. Ela apontou a unificação de vários programas e o
pacto com os municípios como essenciais no início do Bolsa Família. Ana Fonseca
defende que o desafio do governo federal, agora, é “converter o programa em
direito social”.
Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
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