“O
Mais Médicos é de tirar o chapéu, independente de política partidária”,
declarou ao 247 o prefeito de Camaragibe (PE), Jorge Alexandre, que integra os
quadros do PSDB; município com 143 mil habitantes, sendo 70% considerados de
baixa renda, foi destaque em matéria do jornal Folha de S.Paulo sobre desistência
de médicos no programa; em Camaragibe, apenas um dos quatro médicos entregou o
cargo e cidade espera receber outros dois profissionais; "O programa
é bom, vem para ajudar a população carente, ajudar quem realmente precisa de
atendimento à saúde e não tem", avalia o prefeito; Paulo
Emílio _PE247 - “O Mais Médicos é de tirar o chapéu,
independente de politica partidária”. A afirmação é do prefeito de Camaragibe
(PE), Jorge Alexandre, que integra os quadros do PSDB, maior partido de
oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff. Camaragibe, município com 143
mil habitantes e localizado na Região Metropolitana do Recife, foi destaque em
uma matéria do jornal Folha de S.Paulo nesta quarta-feira 4 sobre a desistência
de alguns profissionais em continuar no programa. Dos mais de mil
inscritos, pouco menos de 30 haviam desistido alegando falta de estrutura,
condições de alojamento, carga horária, entre outros pontos. Em Camaragibe, dos
quatro médicos aptos a trabalhar no âmbito do Mais Médicos, apenas um, Nailton
Galdino de Oliveira, 34, entregou o cargo. O município espera receber outros
dois profissionais na próxima fase do programa do governo federal. “Não negamos
que existam problemas, mas também não é como o médico (Nailton Galdino) falou,
de que falta praticamente tudo. Faltam alguns medicamentos, mas ele sequer
levou em consideração que estávamos no final do mês e que os medicamentos em
falta são repostos nesta data”, diz o prefeito. Nailton trabalhou apenas dois
dias antes de desistir. “É uma aberração: teto caindo, muito mofo e
infiltração, uma parede que dá choque, sem ventilação no consultório, sala de
vacina em local inapropriado, falta de medicamentos”, declarou o médico à
Folha. “Camaragibe tem 39 postos de atendimento médico, 42 equipes do Programa
Saúde da Família (PSFe três Centros de Atendimento Médico Especializado
(Cemec). Claro que nem todos estão pintados e bonitinhos e também faltam alguns
medicamentos, que são repostos conforme a necessidade, como em toda e qualquer
cidade do Brasil. Mas não temos nenhuma unidade sem funcionar e, com o programa
Mais Médicos, neste momento, não temos mais déficit de médico no sistema de
saúde municipal”, rebateu Jorge Alexandre. Para o prefeito, o que falta na
realidade são médicos. “O programa é bom, vem para ajudar a população carente,
ajudar quem realmente precisa de atendimento à saúde e não tem. A maior
dificuldade nem é tanto estrutural, mas está junto aos médicos. Médico é uma
mão-de-obra difícil de lidar. Qualquer coisa que os desagrade, eles logo viram
as costas”, desabafa Alexandre. E ele sabe o que diz quando se refere à
população carente. Camaragibe possui 143 mil habitantes espalhados por uma área
de 54 quilômetros quadrados. Deste total, 80% são áreas de morros. Detalhe:
mais de 70% da população é considerada de baixa renda. O Produto Interno Bruto
(PIB) é de cerca de R$ 700 mil e a renda per capita é inferior à metade da
média nacional. Além disso, Alexandre diz ter herdado dívidas de quase R$ 7
milhões da gestão anterior. “Com isto tudo eu vou criticar um programa que veio
para ajudar? Independente de questões partidárias, temos mais que aplaudir
iniciativas como essa”, afirma. Leia mais sobre o assunto no Blog da Cidadania,
que entrevistou o secretário de Saúde de
Camaragibe, o advogado Caio Mello.
Fonte: http://www.brasil247.com
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