Com a trajetória dos avanços sociais consideráveis
obtidos nos últimos dez anos, e pelo ritmo de redução da pobreza extrema, o
Brasil está próximo a se tornar – pela primeira vez em toda a sua história – um
país livre da miséria. Nos últimos dez anos a taxa nacional de pobreza caiu
65,9%, pois deixou de representar ¼ de todos os brasileiros, em 2003, para
responder por 8,5% da população, em 2012. Para os extremamente pobres, a taxa
nacional reduziu-se em 61,1% no mesmo período de tempo. Os números são os resultados
da oitava edição do FPA Comunica da Fundação Perseu Abramo (FPA), lançado na
quarta-feira (23), que tem por base informações oficiais geradas pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A publicação busca antecipar
alguns dos resultados decorrentes das investigações realizadas por estudiosos e
colaboradores, sendo dividida em duas partes: a primeira voltada à descrição da
evolução das taxas nacionais de pobreza e extrema pobreza nos último dez anos
no Brasil; e a segunda comprometida com a apresentação do perfil dos pobres e
extremamente pobres que restam a ser superados. Como extremamente pobre,
considera-se o indivíduo cujo rendimento médio per capita domiciliar alcança,
no máximo, a 70 reais mensais, enquanto pobre seria toda aquela pessoa com
rendimento médio per capita domiciliar de até 140 reais mensais. O indicador de
correção anual do indicador de pobreza foi deflacionado pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) no período considerado. Neste FPA Comunica antecipa-se resultados de
pesquisas e estudos desenvolvidos por pesquisadores e estudiosos colaboradores.
No ano de 2012 o Brasil registrou 6,8 milhões de pessoas extremamente pobres e
16,7 milhões de indivíduos pobres. Tanto para os miseráveis como para os pobres
percebe-se maior concentração de pessoas na faixa de 20 a 39 anos de idade. Nos
extremos da distribuição etária o peso relativo da pobreza é menor, sobretudo
para os brasileiros de 60 anos e mais de idade. Em relação à escolaridade, no
caso dos pobres e extremamente pobres nota-se pesos relativamente irrisórios
para quem se encontra no nível de formação universitária. Destaca-se que em
relação aos brasileiros sem instrução, quase 1/3 do total de pobres e
extremamente pobres encontram-se localizados neste nível de escolaridade. Estes
e outros dados estão disponíveis no FPA Comunica 8, que pode ser baixado aqui
Fonte: Fundação Perseu Abramo
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