Os
nossos governos já fizeram muito para melhorar a educação e a saúde públicas em
nosso país, com a oferta plena de vagas na escola, o Prouni e a expansão da
rede de assistência à saúde. Mas, em sintonia com as manifestações de milhões
de brasileiras e brasileiros, temos que enfrentar um segundo desafio
fundamental que é a qualidade desses serviços públicos. É
preciso melhorar a qualidade e a composição dos gastos com educação,
priorizando o ensino básico, sem abrir mão do compromisso com o ensino
superior, com a inovação tecnológica e científica para que o Brasil avance na
eficiência econômica com desenvolvimento social e sustentabilidade. Igualmente,
este é o desafio para as políticas de saúde, onde diversos obstáculos ainda se
antepõem à universalização, de fato, do Sistema Único de Saúde (SUS), de que
são exemplos resistências corporativistas de profissionais e setores econômicos
e políticos interessados em manter a exclusão de milhões de brasileiros do
acesso gratuito e de qualidade à saúde. Não
menos importante é que os governos reorientem as políticas públicas de
planejamento e de mobilidade urbana, para que as cidades sejam acolhedoras
prioritariamente para as pessoas e não para o carro e a moto. Que o Ministério
das Cidades seja resgatado no seu papel original de pensar e agir sobre as
cidades para melhorar a qualidade de vida das populações e a democratização do
acesso e do desfrute dos espaços urbanos.
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