Uma pesquisa
coordenada pelo Ministério de Minas e Energia mostra que 81% das famílias que
receberam a energia do Programa Luz para Todos compraram aparelhos de
televisão; 78% adquiriram geladeiras; e 62% compraram aparelhos telefônicos e
celulares. A maioria das pessoas (93%) disse que a qualidade de vida melhorou
com a chegada do programa. Os números foram apresentados nessa
quarta-feira (18) pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, durante a
comemoração dos dez anos do Luz para Todos. A pesquisa foi feita de julho a
setembro deste ano com cerca de 3 mil beneficiários do programa. Até este
ano, foram atendidas mais de 3 milhões de famílias o que corresponde a cerca de
15 milhões de pessoas, especialmente indígenas, quilombolas, lavradores,
assentados da reforma agrária, moradores do campo e da floresta. Segundo o
Ministério de Minas e Energia, o programa já criou mais de 460 mil postos de
trabalhos diretos e indiretos. O Luz para Todos foi lançado em 2003, com a meta
inicial de fornecer energia para 10 milhões de pessoas de áreas rurais e
isoladas em cinco anos. Desde então, a meta foi sendo revista e o programa foi
sendo prorrogado. O produtor de cupuaçu, de uma comunidade da área rural de
Manaus, João Carlos Soares Freires é um dos beneficiados pelo programa. Ele
disse que, desde 2004, quando a luz elétrica chegou à sua comunidade,
localizada às margens do Rio Negro, cerca de 300 famílias se uniram em uma
cooperativa para formar uma agroindústria a fim de produzir polpas de frutas.
“Não seria viável instalar uma agroindústria naquela região sem a energia
elétrica, nem se chegaria a sonhar com essa possibilidade”, declarou.
O cacique Aruã, da Aldeia Pataxó, do município de Coroa
Vermelha, na Bahia, também relatou que a vida da comunidade mudou depois que a
Luz para Todos foi implantada, em 2005. “A qualidade de vida dos índios
melhorou, pudemos adquirir produtos como geladeira, televisão e trazer
oportunidade de geração de renda”, disse. Segundo ele, a energia ajudou a
desenvolver o artesanato indígena e também o beneficiamento de frutas. Até fim
do próximo ano, a meta do governo é atender mais 280 mil famílias,
principalmente em áreas isoladas da Amazônia, locais de difícil acesso no Norte
e Nordeste, contemplados pelo plano Brasil sem Miséria e no Programa
Territórios da Cidadania ou estabelecidos em antigos quilombos, áreas indígenas
ou assentamentos de reforma agrária. “Falta muito pouco para o que o Brasil
possa orgulhar-se de ter atingido a plenitude do atendimento de sua população
com o serviço de eletricidade, que hoje chega a 99% da população”, disse Lobão.
Edição: Aécio Amado
Fonte: Agência
Brasil
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