O senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à
Presidência, passou a adotar uma estratégia de aproximação com o PMDB, em razão
da insatisfação do partido com a reforma ministerial da presidente Dilma
Rousseff. A cúpula tucana passou a priorizar a negociação de alianças com
peemedebistas descontentes.
Aécio tem mantido conversações com o governador do
Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), que não esconde a mágoa por causa do
afastamento do PT da sua base de apoio.
Na Paraíba, o senador tucano Cássio Cunha Lima,
vice-presidente do PSDB, retomou conversas com o senador Vital do Rego
(PMDB-PB), preterido por Dilma na reforma ministerial. Os dois jantaram ontem
em Brasília.
Já o ex-senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) tem
sinalizado uma aliança no Ceará com o líder do PMDB no Senado, Eunício
Oliveira, que deve concorrer ao governo do estado e não esconde a decepção com
o PT pelo fato de o partido ter decidido apoiar o grupo do ex-ministro Ciro
Gomes, atualmente no PROS. Tasso deve ser candidato ao Senado e negocia compor
uma chapa com Eunício Oliveira.
Outra prioridade de Aécio Neves é a Bahia, quarto colégio
eleitoral do país. Ele tenta intermediar um acordo entre o ex-deputado Geddel
Vieira Lima (PMDB) e o ex-governador Paulo Souto (DEM), para formar uma chapa
única de oposição ao PT.
A pretensão de Aécio é ampliar as dissidências
peemedebistas nos estados, a ponto de vislumbrar um objetivo mais ousado: obter
a neutralidade do PMDB no plano nacional. Hoje, o PMDB participa da chapa de
Dilma, com o vice-presidente Michel Temer. Por Gerson Camarotti
Fonte: http://www.folhadapb.com.br
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