Prefeituras não atingem mínimo de 60% em
remuneração e valorização do magistério. Por, Michelle Farias
Vinte e nove municípios paraibanos não atingiram o mínimo de 60% em remuneração e valorização do magistério, através do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Outros 12
deixaram de atender às exigências legais, tanto em Manutenção e Desenvolvimento
do Ensino (MDE) quanto na aplicação dos recursos do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb).
Esse é o
resultado de um levantamento realizado pela assessoria técnica do Tribunal de
Contas da Paraíba. O estudo foi feito com base nos 223 processos de prestação
de contas das prefeituras municipais, examinados durante o ano de 2013, com o
intuito de obter um panorama geral dos investimentos em educação, que servem de
subsídio para os Indicadores do Desempenho dos Gastos em Educação (IDGPB).
O IDGPB é
uma ferramenta desenvolvida pelo TCE-PB em parceria com a Universidade Federal
da Paraíba (UFPB), para aferir a situação das escolas públicas; gasto por aluno
de quatro a 17 anos de idade; qualificação de professores; índices de aprovação
e reprovação; êxodo escolar e transporte estudantil.
Os recursos
do Fundeb devem alcançar o percentual mínimo de 60%, na remuneração dos profissionais
do magistério em efetivo exercício e, no máximo 40%, nas demais ações de
manutenção e desenvolvimento; ambos na educação básica pública. Quando não
atingidos os percentuais, tanto no caso do MDE (25%), quanto no Fundeb (60%),
há motivação para a emissão de parecer prévio contrária à aprovação das contas,
além de ensejar a aplicação de multa e representação junto ao Ministério
Público para a propositura de ação de improbidade administrativa.
FAMUP RECOMENDA PLANEJAMENTO: da Paraíba
(Famup), Buba Germano, lembra que é obrigação de todo prefeito aplicar em
educação de acordo com o previsto na legislação federal. “Todo gestor sabe que
se não gastar, isso é motivo de reprovação de contas pelo Tribunal de Contas”,
afirmou.
O presidente
da Federação das Associações de Municípios Ele destacou que em 2012 a maioria
dos municípios paraibanos atingiu acima de 70% de gastos com remuneração do
magistério.
Buba
explicou que o maior problema de todos os municípios é com o custeio da máquina
administrativa. “O governo transfere a responsabilidade desses programas, ele
municipaliza a saúde e a educação, mas a transferência de receitas é
incompatível com a responsabilidade que os gestores têm que cumprir. A nossa
orientação é de planejamento, de equilibrar esses indicadores, porque não se
pode mudar a legislação”, disse o presidente da Famup.
O estudo
constatou, nas 223 prestações de contas analisadas, aplicação abaixo dos 60%
recomendado na remuneração dos profissionais do magistério, relativo ao
exercício de 2011, nos seguintes municípios: Amparo (29,64%), Joca Claudino
(42,54%), Santa Inês (43,43%), Catingueira (45%), Serra Grande (46,94%),
Imaculada (47,76%), Sapé (49,44%), Curral de Cima (49,82%), Pitimbu (51,47%),
Riachão do Bacamarte (52,16%), São Bentinho (53,16%), Massaranduba (53,66%),
Serra Branca (54,06%), Puxinanã (54,83%), Livramento (55,08%), Caaporã
(55,11%), Cruz do Espírito Santo (55,27%), Riachão do Poço (55,68%), São José
do Brejo do Cruz (56,71%), Pedra Lavrada (56,75%), Gurjão (57,25%), Água Branca
(58,44%), Lastro (58,70%), Alcantil (58,95%), Ingá (59,02%), Catolé do Rocha
(59,13%), Matinhas (59,56%) e no exercício de 2012 o município de São Bentinho
(59,30%).
O levantamento conclui, ainda, que 12 municípios apresentaram
percentuais abaixo do mínimo legal tanto em MDE (25%) quanto no Fundeb (60%):
Catingueira, MDE 23,09% e Fundeb 45,00%; Serra Grande, MDE 19,30% e Fundeb
46,94%; Imaculada, MDE 20,08% e Fundeb 47,76%%; Sapé, MDE 22,56% e Fundeb
49,44%; Curral de Cima, MDE 19,83% e Fundeb 49,82%; Pitimbu, MDE 22,87 e Fundeb
51,47% Serra Branca, MDE 24,33 e Fundeb 54,06%; Livramento, MDE 24,13% e Fundeb
55,08%; Cruz do Espírito Santo, MDE 24,87% e Fundeb 55,27%; Pedra Lavrada, MDE
23,90% e Fundeb 56,75%; Ingá, MDE 24,14% e Fundeb 59,02 %; e Catolé do Rocha, MDE
22,42% e Fundeb 59,13%. (Colaborou Lenilson Guedes)
Fonte: www.jornaldaparaíba.com.
br
Nenhum comentário:
Postar um comentário