Política paraibana ta pegando fogo!

Encaminhado o rompimento entre o senador Cássio Cunha Lima e o governador Ricardo Coutinho, os tucanos correrão em breve para definir o candidato da sua chapa ao Senado. O candidato ao governo deverá ser Cássio. Se der zebra no TSE, Ronaldinho, já no aquecimento, entra em campo.

O pré-candidato do PMDB ao Governo da Paraíba, Veneziano Vital do Rêgo, vive desde a última semana um dilema em relação ao seu futuro. Ele não acreditava no rompimento. Soube por fontes seguras que o senador Cícero Lucena já teria se prontificado a ceder a vaga ao Senado para Vené, caso o PMDB aceite apoiar o PSDB. Cícero, assim como Cássio, acha que uma aliança com os peemedebistas garantiria aos tucanos uma vitória tranquila no 1º turno.

Se Vené não quiser o Senado, os tucanos já cogitam conversar com Wilson Santiago, do PTB. O uiraúnense, no momento, não é de ninguém e todo mundo lhe quer bem. Ofuscado pelo noticiário intenso que cobre a troca de tiros entre o PSB e o PSDB, Veneziano estuda com muita cautela os últimos acontecimentos e aproveita para massificar o seu nome nos rincões mais esquecidos do Estado.

O 'cabeludo' está obstinado, a preço de hoje, não abre nem pra um trem. Ele aguarda a definição do PT e de Luciano Agra para avançar na formação da chapa.   O PMDB, por enquanto, prioriza o projeto de candidatura própria ao governo, encabeçado pelo ex-prefeito de Campina Grande. Mas é cada vez mais crescente dentro do partido o sentimento de aproximação com Cássio.

O caçula de Vital do Rêgo e Nilda Gondim sonha em ter o blocão (PT-PP-PSC) unido com o PMDB. Vitalzinho, mais flexível que o irmão, aguarda os desdobramentos da conjuntura nacional para bater o martelo. A aliança Cássio/Vené não é fácil de ser feita, mas também não é impossível. Campina resiste, mas a definição passa por Brasília.  Se o PT não topar a aproximação com Vené no 1º turno, a situação se complica para o ‘cabeludo’ disputar o governo. Mas o cenário abre uma chancela para compor a chapa do PSDB.

O sol que amolece a cera é o mesmo que endurece o barro. O PMDB sonha em ter o PT na sua chapa, seja com Nadja Palitot ou com Lucélio Cartaxo. Se der Nadja, o PT fica com a vice. Se der Lucélio, fica com a vaga de senador. Formariam o palanque de Dilma Rousseff na Paraíba.

O maior partido a apoiar Vené até agora foi o PR do deputado Wellington Roberto, que também está de olho na vaga ao Senado. Mas se o PT quiser essa vaga, Wellington Roberto vai ter que ficar com a vice de Vené. O intrépido Leonardo Gadelha, do PSC, também é cotado para a vice do PMDB.

O PT tem o maior tempo de TV, são mais de três minutos. O PMDB tem o segundo maior tempo, são mais de dois minutos e meio. A aliança entre os dois já daria mais de cinco minutos e meio de ‘palanque eletrônico’. Já dá um baita tempo pra largada. O 'cabeludo' é craque no vídeo, com um bom tempo de TV fica na cara do gol.

Já Luciano Cartaxo ainda sonha com a candidatura de Nadja Palitot ao Palácio, mas não fecha a porta para o PMDB. O prefeito também aguarda o desfecho da novela nacional envolvendo os dois partidos. Enquanto isso vai vitaminando Nadja, que tem um bom discurso.

Nas hostes palacianas, Ricardo Coutinho já garantiu a vaga de senador para Rômulo Gouveia. Resta apenas definir a vice, que deve ser oferecida para Wilson Santiago ou para a família Ribeiro. O governador anda atentas as movimentações dos ex-aliados e está fechando o cerco para descobrir quem é amigo e quem é inimigo. Com um olho no peixe e outro no gato. A caneta do palácio é pesada. A grife Cunha Lima não saiu de moda. Vené e o PT estão atentos. A política paraibana tá pegando fogo!

Fonte: http://www.maispb.com.br