Somente
nos quatro dias do Carnaval, a Igreja Católica recebeu cinco novas denúncias de
pessoas traficadas na Paraíba, feitas em confissões ao arcebispo dom Aldo
Pagotto.
O
tráfico humano é tema da Campanha da Fraternidade, lançada ontem em todas as
paróquias do país. Na Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, o arcebispo
celebrou a Missa das Cinzas, que também marcou a abertura da Quaresma e o
lançamento oficial da campanha no Estado. Na edição de ontem, o Jornal Correio
trouxe a informação de que sete mil paraibanos foram traficados, nos últimos
dez anos e que a Paraíba está entre os estados onde o crime ocorre com maior
frequência no país.
Dom
Aldo Pagotto não detalhou as novas denúncias recebidas, para não romper o
sigilo ético da confissão, mas disse que são casos típicos de tráfico humano,
alguns deles ligados ao tráfico de drogas. Segundo ele, as pessoas continuam
com medo de denunciar os casos à polícia ou ao Ministério Público, temendo
algum tipo de represália.
“Essas
pessoas são levadas para executar trabalhos escravos, serem exploradas
sexualmente ou para a extração de órgãos, que são vendidos por valores
altíssimos, pelos traficantes”, disse. O arcebispo lembrou o serviço Disque
123, lançado esse ano pelo Governo do Estado para receber denúncia de
exploração sexual contra crianças e adolescentes e disse a igreja vai orientar
os fiéis a utilizar o serviço e denunciar os casos de tráfico humano.
Sobre
as denúncias de pedofilia contra padres, dom Aldo Pagotto disse que a igreja
está cortando na própria carne, afastando os sacerdotes denunciados e
encaminhando os casos ao Ministério Público, para investigação. (Ainoã
Geminiano)
Fonte: Portal Correio da Paraíba
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