Presidente
em exercício da legenda, senador Valdir Raupp diz que vai atuar como bombeiro;
"Neste momento, temos que trabalhar como bombeiros e entrar em campo.
Os
dois lados têm que ceder. [...] Vamos tentar apagar esses incêndios",
disse ele; jogo é complexo; pela manhã, em plena ressaca de carnaval, líder na
Câmara, Eduardo Cunha (RJ), ateou fogo com críticas no Twitter contra o
presidente do PT, Rui Falcão, pedindo para se "repensar" a aliança e
convocando bancada para reunião decisiva; labaredas apenas começam a subir.
O
presidente em exercício do PMDB, senador Valdir Raupp (PR), comentou nesta
quarta-feira 5 o clima tenso entre seu partido e o PT. Segundo ele, é preciso
agir "como bombeiro" e entrar em campo para "apagar esses
incêndios" entre as legendas. O problema maior é com a bancada
peemedebista na Câmara. Depois de decidir que não indicaria nenhum nome para
ocupar o cargo de ministro na reforma do governo, os parlamentares lideraram a
criação de um bloco de insatisfeitos na Casa.
"Neste
momento, temos que trabalhar como bombeiros e entrar em campo. Os dois lados
têm que ceder. [...] Vamos tentar apagar esses incêndios", afirmou Raupp.
Ele diz que o partido está dividido entre os que apoiam a presidente Dilma
Rousseff e os que querem o rompimento – ou a rediscussão da aliança, como
defende com veemência o líder na Câmara, Eduardo Cunha (RJ). "Presidir um
partido dividido, rachado, não é boa coisa. A ideia é unificar de um lado e do
outro", disse. Raupp acrescentou preferir "ficar com o governo".
O
senador deve se reunir com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para
discutir a insatisfação de parlamentares do PMDB com o tratamento que têm
recebido da presidente Dilma Rousseff e as alianças estaduais para as eleições
de outubro. Ele afirmou não ter conversado com Cunha antes das críticas feitas
pelo deputado via Twitter nesta terça e quarta-feira, mas disse acreditar que o
principal motivo para os conflitos seja, sim, a reforma ministerial.
Ontem,
Cunha ressaltou a necessidade de se "repensar" a aliança entre PMDB e
PT por meio de sua conta no Twitter. "Não somos respeitados pelo PT",
justificou o deputado. As declarações foram feitas em resposta ao comentário do
presidente do PT, Rui Falcão, feito durante o carnaval. Segundo Falcão, os
peemedebistas estariam insatisfeitos porque não conseguiram um novo ministério
na reforma de Dilma. Hoje, Cunha voltou ao assunto, dizendo que não sugeriu
rompimento - "não falei ainda em romper, e sim em rediscutir". No
entanto, voltou a fazer críticas a Falcão.
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