A fuga
do detento Leônio Barbosa de Arruda, conhecido como o “tarado de
Queimadas", pulando o muro da frente da Penitenciária de Segurança Máxima
de Campina Grande, gerou revolta e protesto na cidade de Queimadas, nesta
sexta-feira. Ele é condenado por estuprar e assassinar a estudante Ana Alice de
Macedo Valentim, de 16 anos, em Queimadas, em 2012 e outras três mulheres.
A
informação é do deputado estadual Frei
Anastácio (PT), que foi convidado para a manifestação. “Não dar para entender
como um preso condenado por quatro estupros, assassinato e porte ilegal de
arma, estivesse como apenado de confiança na penitenciária. Isso, com certeza,
facilitou a fuga dele”, disse o deputado.
Frei
Anastácio informou que a fuga do detento repercutiu, em forma de protesto,
também, durante a posse da nova direção do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Queimadas, que tem como
presidente Maria Anunciada Flor Barbosa Morais.
“Durante a solenidade de posse, com participação de trabalhadores e sindicalistas de toda região da Borborema, o Comitê de Solidariedade Ana Alice – criado em homenagem a adolescente assassinada – fez uma moção de protesto, que teve apoio de todos os presentes”, informou o deputado.
“Durante a solenidade de posse, com participação de trabalhadores e sindicalistas de toda região da Borborema, o Comitê de Solidariedade Ana Alice – criado em homenagem a adolescente assassinada – fez uma moção de protesto, que teve apoio de todos os presentes”, informou o deputado.
O
deputado lembrou que Ana Alice foi raptada quando chegava em casa depois da
aula. A menina foi estuprada e violentamente assassinada pelo vaqueiro Leônio
Barbosa de Arruda. O corpo dela só foi encontrado 50 dias depois, porque outra
vítima reconheceu o criminoso. O acusado já tinha feito mais duas vítimas.
O
parlamentar lembrou ainda que Queimadas também amarga as tristes lembranças do
caso do estupro coletivo ocorrido em 2012, quando Isabelle Monteiro e Michele
Domingos foram estupradas e assassinadas. “Tem ainda as lembranças revoltantes
do caso de Elaine de Souza Nascimento, assassinada pelo próprio pai na mesma
cidade em 2013”, destacou o deputado.
Segundo
Frei Anastácio, essa mobilização é um grito de desespero das mulheres do
município, querendo uma ação efetiva para acabar com a violência contra a mulher
e a impunidade. “Na Paraíba, a violência contra a mulher é assustadora. Em seis
meses, um total de 1.236 processos já foram julgados e outras 3.067 ações estão
aguardando julgamento, passando pelas fases de audiência e coletas de provas,
segundo o Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher na
Paraíba”, disse.
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