São
Paulo – O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO), o brasileiro José Graziano da Silva, disse que os países
precisam mudar para sistemas alimentares mais sustentáveis e se adaptar aos
efeitos das mudanças climáticas, alertando que o fenômeno tem o potencial para
remodelar o cenário de produção de alimentos do planeta.
O
discurso foi feito no 7° Fórum de Agricultura em Menkes, Marrocos, nesta
quinta-feira (24). Segundo o diretor-geral, os mais pobres do mundo são
particularmente os mais vulneráveis. “Não só eles têm menos meios para reagir,
mas também tendem a viver em áreas de produção já marginais, onde o impacto das
mudanças climáticas na produção agrícola é sentida como uma extensão ainda
maior”, acrescentou.
Lembrando
que a ONU declarou 2014 como o Ano Internacional da Agricultura Familiar, José
Graziano da Silva também destacou a agricultura familiar como uma ferramenta
para o desenvolvimento e estabilidade rural.
“Ao
fornecer apoio adequado para a agricultura familiar, nós podemos combater a
insegurança alimentar, chegando a um grupo que é em si mesmo vulnerável”, disse
ele.
Estima-se
que 500 milhões de propriedades de agricultura familiar são responsáveis por
cerca de 80% das participações do mundo, incluindo as famílias mais vulneráveis
globalmente. Cerca de 70% de todos as famílias com insegurança alimentar em
áreas rurais de países em desenvolvimento são de agricultura familiar.
Para o
diretor-geral existe uma ampla gama de prioridades para o desenvolvimento,
incluindo acabar com a fome, apoio à produção sustentável, redução da pobreza
rural, melhoria dos mercados de alimentos e a construção de resiliência.
O
diretor-geral da FAO e os ministros marroquinos da Agricultura e da Pesca
Marinha e da Economia e das Finanças assinaram um acordo para apoiar projetos
de segurança alimentar em outros lugares na África, através do programa
Cooperação Sul-Sul da FAO, que combina fundos
do governo e do setor privado.

Fonte: http://www.redebrasilatual.com.br/
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