Páginas: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Anacleto quer implantar quintais produtivos e esforço permanente para reflorestar áreas degradadas

Proposta é fortalecer a agricultura familiar em bases agroecológicas e combater desertificação.

Um dos fundadores da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) da Paraíba e do Polo da Borborema, importantes entidades do mundo rural paraibano, o sindicalista Nelson Anacleto afirma que a agricultura familiar deve adotar práticas agroecológicas para sobreviver. Ele propõe a implantação de quintais produtivos, o uso de alternativas de manejo ecológico de pragas e ações que facilitem o acesso do agricultor aos mercados.

Além do combate ao uso de agrotóxicos, Anacleto defende a realização de uma campanha permanente de rearborização para reverter o quadro de degradação ambiental e desertificação que vem comprometendo a fertilidade dos solos paraibanos.

 “É fundamental que a agricultura familiar produza alimentos saudáveis e não contamine o agricultor que os produz, nem o meio ambiente”, diz Anacleto, que é vereador de Lagoa Seca (PB) e integra a direção do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) do município.

Uma das estratégias de Anacleto para fortalecer a agricultura familiar é a disseminação dos quintais produtivos associada ao uso sustentável dos recursos hídricos implementado pelos Programas Um Milhão de Cisternas (P1MC) e Uma Terra e Duas Águas (P1+2), desenvolvidos pela ASA. A ideia é aproveitar os arredores das casas, em geral sob a gerência das mulheres, para a criação de pequenos animais e o cultivo de hortaliças, plantas medicinais e espécies frutíferas.

“Os quintais promovem a inserção produtiva e econômica da mulher agricultora e garantem segurança alimentar e renda às famílias”, disse o sindicalista, acrescentando que a produção, inicialmente voltada para o consumo da família, aumenta e, em pouco tempo, pode ser comercializada em feiras agroecológicas.

Para Anacleto, candidato à presidência da Federação dos Trabalhadores na Agricultura da Paraíba (Fetag-PB) nas eleições do próximo dia 29, a entidade precisa fortalecer a agricultura em bases agroecológicas com a adoção de políticas capazes de provocar mudanças reais no cenário rural paraibano, inclusive com a implementação, em conjunto com os cerca de 220 sindicatos filiados à federação, do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) – política pública do Governo Federal para ampliar e efetivar ações para orientar o desenvolvimento rural sustentável.

É necessário, segundo Anacleto, que a federação participe efetivamente das lutas dos STRs pelo acesso a agua, com quantidade e regularidade, e a sementes de qualidade, com uma política de valorização das sementes crioulas (variedades locais). Outras propostas da Carta Programa da chapa de Anacleto envolvem ações para a recomposição dos rebanhos e o fortalecimento dos sistemas de criação animal, com a adoção de estratégias de estocagem de forragem. Políticas públicas:
   
Ampliar o acesso aos mercados também deve ser uma preocupação da Fetag-PB, de acordo com Anacleto. Sua proposta é estimular a estruturação de feiras agroecológicas e da agricultura familiar, e fortalecer políticas públicas do Governo Federal, a exemplo do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

“Para construirmos políticas públicas eficientes e eficazes para a agricultura familiar paraibana é preciso considerar o contexto do semiárido, estabelecer parcerias com redes de organizações da sociedade civil que defendem o meio ambiente e a sustentabilidade, além de dialogar com os aprendizados acumulados e apropriados pelas famílias agricultoras”, afirma Anacleto.

Fonte: CPT

Nenhum comentário:

Postar um comentário