Foto: Gustavo Bezerra
O deputado Luiz Couto
(PT-PB) subiu à tribuna esta semana para novamente
prestar solidariedade à Comunidade Bahái do Brasil e à Comunidade Internacional
Baháí, diante de mais uma violência praticada contra seus fiéis no país de
origem de sua religião – o Irã.
Couto se referiu a um episódio ocorrido no início de maio, que se
tornou público por meio de agências de notícias internacionais, que divulgaram
a ação da Guarda Revolucionária de usar entre 40 e 50 caminhões para destruir o
cemitério baháí, na cidade de Shiráz, sem as devidas autorizações das
autoridades municipais.
O petista também fez menção à postura do conselheiro do presidente
do Irã para minorias religiosas e étnicas, Ali Younesi, que falou numa
sinagoga, também em Shiráz, chamando os iranianos a respeitarem os direitos das
minorias religiosas.
“Aqui temos um exemplo claro de um conselheiro de prestígio do
presidente, em solo sagrado judeu, dizer que a nação iraniana pertence a todos
os iranianos, e que todos os grupos minoritários possuem o direito de viverem
em paz e que ninguém tem o direito de violar os direitos de nenhuma minoria,
enquanto a Guarda Revolucionária faz o que deseja”.
Luiz Couto disse ainda que, para piorar, há relatos de que ao
concluir a destruição do cemitério já há planos para construir um novo centro
cultural e esportivo no local. “Além dos assassinatos e das tentativas de
assassinato, dos presos entre os quais as sete lideranças nacionais, a
crueldade chegou ao local final de descanso dos baháís, à destruição de seus
cemitérios”, completou.
O deputado recordou também o caráter especial do cemitério, no
qual 950 baháís estão enterrados, incluíndo as dez mulheres enforcadas em 1983
por recusarem-se a negar a sua fé. “Assim, reitero minha preocupação e, uma vez
mais, solicito ao presidente iraniano uma posição imediata perante essas
injustiças cometidas contra a Comunidade Baháí”, finalizou.
Fonte: PT na Câmara
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