Liderada
pelos tucanos José Serra (SP), Aécio Neves (MG) e Aloysio Nunes (SP), a bancada
do PSDB no Senado votou em peso contra o fim do financiamento de empresas
privadas a campanhas eleitorais nesta quarta-feira (3).
A
proposta constava em uma emenda apresentada ao projeto de lei da reforma
política e acabou sendo aprovada por 36 votos a 31. O texto agora segue de
volta para a Câmara.
No
discurso em que orientou a bancada a votar contra o fim das doações privadas e
justificava seu posicionamento, Serra cometeu ato falho sobre o financiamento
empresarial: “ruim sem ele, pior com ele”. Aloysio definiu como “história da
carochinha” a tese de que a corrupção vem do financiamento de empresas
privadas.
O
líder dos tucanos, senador Cássio Cunha Lima (PB), atacou o PT em seu discurso
contra a proposta ao afirmar que o objetivo era criminalizar a “doação” de
pessoas jurídicas. Segundo ele, sem doação de empresas, recursos podem ser
repassados por pessoas físicas a sindicatos e movimentos sociais aparelhados
“por baixo do pano”.
O
discurso de Cunha Lima foi rebatido pelos petistas, que acusaram os tucanos de
terem iniciado o esquema de uso de desvios de recursos empresariais, no chamado
mensalão tucano. Segundo Jorge Viana (PT-AC), defensor do fim das doações
empresariais.
Hoje,
financiamento privado de campanhas virou sinônimo de escândalo de corrupção.
“Querem botar na conta do PT os escândalos da relação de empresários com
campanhas. Quem criou o mensalão mineiro para financiar partido em 2005 foi o
PSDB”, disse.
Irritado
com os resultados das votações dos destaques, o presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), vai tentar reverter às decisões e retomar o texto original que
havia sido aprovado pelos deputados.
“Se
a Câmara, em dois turnos, manteve [doação empresarial] na Constituição, com
quórum de 330 votos, e tinha aprovado no projeto infraconstitucional.
Não tenho a menor dúvida de que a Câmara vai restabelecer o texto que mandou, com relação a esse ponto. Com relação a esse ponto, a maioria na Casa está consolidada”, disse Eduardo Cunha nesta quinta (3).
Não tenho a menor dúvida de que a Câmara vai restabelecer o texto que mandou, com relação a esse ponto. Com relação a esse ponto, a maioria na Casa está consolidada”, disse Eduardo Cunha nesta quinta (3).
Fonte:
Brasil 247
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