Foto: Arquivo FAEPA/SENAR-PB
A caprinocultura é a alternativa economicamente mais indicada para o NE
Criação que não exige grandes extensões de terra ou grandes recursos para sua aquisição e instalação, a caprinocultura, hoje, é a alternativa agropecuária economicamente mais indicada para o Nordeste, uma região de terras mal distribuídas, de maioria minifundiária e de clima severo. A cabra se adapta bem a essas condições e tem prosperado na Paraíba.
Essa carne já é o principal alimento infantil e de idosos das classes sociais mais pobres, nas regiões do Semi árido. O caprino vem encontrando, nos últimos tempos, um mercado em que a demanda é bem maior do que a oferta regional, como é o caso do leite, que nos grandes centros não supre a procura. A busca pela carne nas feiras livres e mercados é quase igual à da carne bovina.
Esse cenário faz com que a caprinocultura atraia interesses de grandes e médios produtores e também de agricultores familiares, abrindo mercados e despertando a atenção de investidores. O Governo do Estado percebe nessa atividade uma alternativa econômica que pode ser um investimento social, sustentável e altamente produtivo, já que pode gerar emprego, melhorar renda e levar qualidade de vida às comunidades do interior.
Com uma produção diária de aproximadamente 18 mil litros, a Paraíba é o maior produtor de leite de cabra do Brasil. Por dia, são injetados nesse setor cerca de R$ 25 mil, sendo que mais de 90% vêm de recursos do governo, que absorve a produção por meio dos programas Fome Zero e Leite da Paraíba.
"Considerando a produção diária, essa atividade gera anualmente cerca de R$ 9 milhões só com o leite", calcula Everaldo Cadena, médico veterinário da Emater e especialista em caprinovinocultura. Na opinião dele, os números fazem mais do que colocar o Estado no ranking de produção de leite de cabra. "Essa atividade ameniza a situação de pobreza de uma região sofrida e castigada por longos períodos de estiagens. É no Cariri, no Sertão e no Curimataú que a caprinocultura se tornou a principal atividade agropecuária e econômica", arrematou.
Rebanho
Nessas regiões, circula um rebanho de 624 mil cabeças de caprinos, dos quais 25% são cabras leiteiras. Nas três regiões, 1.133 famílias agricultoras dependem da atividade e estão distribuídas em 37 associações, que possuem 11 pequenas usinas de beneficiamento.
A experiência da Emater Paraíba com a caprinovinocultura tem a idade da fundação da empresa. Começou como uma atividade de extensão rural, de caráter eminentemente educativo, atraindo adolescentes de origem pobre, principalmente das regiões do Agreste e do Cariri, para incrementar o antigo Projeto Cabra de Corda.
A iniciativa foi bem aceita pelo pequeno número de criadores, mas não teve a difusão e a amplitude que se esperava. O entusiasmo da Emater não era bem dimensionado pelo Governo, dividido entre outros projetos, nem sempre com o mesmo alcance social.
Foi a partir de 1978, com a criação do Centro Nacional de Pesquisa de Caprino, em Sobral, por meio da Embrapa, que surgiram as empresas estaduais de pesquisas na área de caprinos. A partir de então, a cabra passou a ser vista com cuidados técnicos.
Na Paraíba, coube à Empresa Paraibana de Pesquisa Agropecuária (Emepa) o direcionamento das pesquisas. Hoje, os excelentes resultados com a caprinovinocultura alcançam repercussão internacional, resultado do melhoramento genético, sanidade animal e difusão dessas informações pela Emater Paraíba.
Fonte: Capril Virtual
Permita-me, fazer uma pergunta:
Porque não trazermos este projeto aqui para o nosso município de Aroeiras?
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