O agronegócio é uma
agricultura sem agricultores. Praticamente as únicas pessoas que vivem nas
terras no Brasil nos dias de hoje são os guardas de segurança que são
responsáveis pela propriedade – os trabalhadores vivem nos subúrbios e
marginalizados da propriedade.
Investidores do
agronegócio veem a terra como uma máquina que produz lucros, não importando o
que se produza, e para ser usada até ao seu esgotamento. As suas decisões não
levam em conta as pessoas que precisam e que vivem da terra.
A agricultura industrial,
liderada pelo agronegócio, é um pacote tecnológico. O mesmo conjunto de
tecnologias é utilizado da mesma forma em todas as regiões, independentemente
das diferenças locais ou as habilidades e conhecimentos dos povos.
Não cria uma relação
harmoniosa entre a Terra e os seres humanos, porém para nós, os camponeses,
obtemos tudo o que precisamos da terra. Por outro lado, temos a agroecologia:
onde a propriedade e a
posse da terra pode ser individual ou coletiva, mas sempre tendo em conta as
decisões participativa e locais sobre o que, como e quando produzir alimentos.
Cada lugar no mundo deve
criar a sua própria agroecologia. Ele não pode ser implementado a partir do
exterior ou desde cima.
Agroecologia é uma forma
de melhorar as relações entre mulheres, homens, jovens e idosos. Agroecologia
deve ser uma aliança entre a cidade e o campo, e deve fazer parte dos
movimentos sociais por mudanças estruturais contra o racismo e para eliminar a
violência contra as mulheres.
Junto com a soberania
alimentar, a agroecologia é parte da nova sociedade que queremos construir. Não
há co-existência entre o agronegócio e a agroecologia. Esta é uma luta entre
dois modelos diferentes e o agronegócio tem sido favorecido até agora.
Os modelos são tão
diferentes que não há nenhuma maneira que eles possam coexistir. O agronegócio
apenas aceita a agroecologia como uma "agricultura sustentável”.
Que não ameaça a estrutura
de suporte do agronegócio e usa a agroecologia para se legitimar como
"verde". Estes são dois pólos antagônicos da agricultura. Por Janaina
Strozake; Da Why Hunger
Fonte: www.mst.org.br
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