A ministra Maria Thereza
de Assis Moura, relatora do processo que analisa as contas da campanha do
senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República, solicitou
esclarecimentos sobre 15 suspeitas de irregularidades encontradas nos
documentos entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com o Tribunal,
três das 15 são consideradas infrações graves, pois referem-se a doações
recebidas antes das prestações de contas parciais, mas só foram apresentadas ao
final. Somadas, representam R$ 6 milhões do total arrecadado para a campanha.
O documento assinado pela
ministra informa ainda que o tucano deixou de declarar R$ 3,96 milhões em
“doações estimáveis”. Os valores foram declarados somente na prestação de
contas final retificadora.
Outras inconsistências –
Entre as doações com informações irregulares, estão as doações feitas pelas
empreiteiras Construbase e Odebrecht, que somam R$ 3,75 milhões.
Segundo a assessoria
técnica do TSE, o candidato tucano repassou para o partido R$ 2 milhões doados
pela Odebrecht, mas o valor não foi registrado na prestação de contas. A
empresa é uma das investigadas pela Operação Lava Jato.
A campanha declarou ao
Tribunal a doação de R$ 500 mil pela Construbase, mas o valor real, segundo o
TSE, é de R$ 1,75 milhão. O nome da empreiteira também aparece nas
investigações da Lava Jato.
De acordo com o jornal o
“Estado de S. Paulo”, o PSDB declarou que as falhas são contábeis e de
digitação. A assessoria do TSE informou que o partido respondeu à solicitação
da relatora em 26 de agosto. Dilma – O procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, arquivou o pedido do TSE de reabrir o processo sobre as contas de
campanha da presidenta Dilma Rousseff.
Em seu parecer, o
procurador-geral declarou que o prazo para recursos já acabou. O pedido de
reabertura partiu do ministro e vice-presidente do TSE, Gilmar Mendes, que
argumentou a suspeita de irregularidades na contratação uma gráfica. Segundo
Janot, os fatos apresentados por Gilmar Mendes não são consistentes o
suficiente para justificar uma investigação.
O procurador-geral chamou
a atenção para a “inconveniência”, de o Ministério Público Eleitoral e a
Justiça assumirem o papel de “protagonistas no espetáculo da democracia”. Ele
ressaltou ainda que “não interessa à sociedade que as controvérsias sobre a eleição
se perpetuem”.
Fonte: Por Cristina Sena,
da Agência PT de Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário