Relatório lançado no dia 26 de setembro de 2013
afirmou que a agricultura familiar é uma das principais atividades geradoras de
novas fontes de trabalho na América Latina e Caribe. Na América do Sul, a
participação da atividade nos empregos agrícolas é significativa, oscilando nos
países analisados entre 53% (Argentina) e 77% (Brasil). Os dados são do resumo
executivo do relatório "Perspectivas da Agricultura e do
Desenvolvimento Rural nas Américas 2014: uma visão para a América Latina e
Caribe". O documento foi lançado durante o Encontro de Ministros da
Agricultura das Américas em Buenos Aires, Argentina, e produzido pela Comissão
Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), pela Organização
das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e pelo Instituto
Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). Na América
Central, a agricultura familiar representa mais de 50% dos empregos no setor
agrícola em todos os países, com exceção da Costa Rica (36%). No Panamá
representa 71% e em Honduras 77%. Depois de crescer por dois anos consecutivos
(2010-2011), o valor das exportações agrícolas na América Latina e Caribe
diminuiu 1,8% em 2012, mas as importações continuaram na tendência crescente
mostrada a partir de 2009, com 10% de crescimento no ano passado. A queda do
valor em 2012 foi explicada pela redução em 20% das exportações de café --
principalmente Brasil e Colômbia -- e de oleaginosas, que produzem óleos e
gorduras -- com queda na Argentina e Paraguai. De acordo com a secretária
executiva da CEPAL, Alicia Bárcena, apesar da desaceleração agrícola da região
em 2013, em 2014 se espera condições econômicas que possam promover o
crescimento econômico e agrícola regional. "Essas tendências deverão ser
sustentadas por políticas voltadas não só para melhorar o desempenho da
agricultura comercial, mas também aumentar a inclusão exitosa da agricultura
familiar nas cadeias de valor", disse Bárcena. A partir de 2014, a
produção e as exportações agrícolas na região receberão o impulso da
recuperação da demanda global, que por sua vez será incentivada pelo
crescimento dos países em desenvolvimento e expansão de sua classe média,
sempre e quando não existam os efeitos adversos de condições meteorológicas
extremas ou por um dólar mais fraco. A CEPAL, a FAO e o IICA estimam
que na próxima década os preços agrícolas vão cair em termos reais, de modo que
devem ser tomadas medidas para aumentar o investimento, a produtividade e a
eficiência da agricultura. Dessa forma, o setor pode conseguir enfrentar da
melhor maneira os riscos climáticos e econômicos que têm efeitos mais
duradouros sobre os preços. Sobre o Brasil, o documento também observou aumento
nas exportações de milho em 2012 20 milhões de toneladas, quase o dobro em
comparação a 2011. A Argentina exportou pouco mais de 16 milhões no mesmo
período, e pela primeira vez foi superada pelo Brasil no envio desse produto. De
acordo com o relatório, o Brasil se manteve como principal exportador de carne
de ave na América Latina e Caribe em 2012, ao gerar quase 89% das transações, e
é previsto que em 2021 aumente seu domínio para quase 92%. O país também lidera
as exportações de carne de porco e bovina 71,6% e 51,7%, respectivamente. "Não
são os grandes planos que dão certo, mas os pequenos detalhes” (Padre Cícero) "Não
tenhamos pressa, mas, não percamos tempo"
Fonte: ASA PB
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