sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

17 parlamentares podem ser barrados



Um levantamento da ONG Transparência Brasil mostra que dezessete dos 594 atuais parlamentares federais podem ficar de fora das eleições de 2014 por força da Lei da Ficha Limpa.Pelo menos 16 deputados e um senador correm o risco de ter suas possíveis candidaturas à reeleição barradas pela Justiça Eleitoral por terem sido condenados em segunda instância (colegiado de juízes) por improbidade administrativa (12 condenações), compra de votos (2), abuso de poder econômico e político (3).

Segundo o levantamento apresentado, todos são delitos previstos como passíveis de se encaixar na Lei da Ficha Limpa, aprovada em 2010 e já aplicada nas eleições municipais de 2012. Os dados mostram ainda que, na lista dos enquadrados, estão quatro parlamentares do PSD; três do PMDB, dois do PSDB, PP e Pros; e PT, PSB, PSC e PRP têm um cada.

Os nomes: Os nomes que constam no levantamento são dos deputados Abelardo Camarinha (PSB-SP), Antônia Lúcia (PSC-AC), Chico das Verduras (PRP-RR), Edinho Araújo (PMDB-SP), Emanuel Fernandes (PSDB-SP), Fernando Jordão (PMDB-RJ), João Pizzolatti (PP-SC), João Pizzolatti (PP-SC), Marcio Junqueira (PROS-RR), Marcos Montes (PSD-MG), Moreira Mendes (PSD-RO), Newton Lima (PT-SP), Paulo Maluf (PP-SP), Silas Brasileiro (PMDB-MG), Silas Câmara (PSD-AM), Zé Vieira (PROS-MA) e o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).

A decisão final acerca da inelegibilidade de cada um dos possíveis candidatos ainda dependerá da interpretação de um juiz, pois os delitos cometidos têm de se encaixar em determinados parâmetros e incorrer em certas penas. Por exemplo: a lei prevê que se torne inelegível quem for condenado por ato de improbidade administrativa à suspensão dos direitos políticos.
A lei também exige que seja comprovada a lesão ao patrimônio público e o enriquecimento ilícito–e é nessas brechas que os advogados dos parlamentares deverão construir a defesa de seus clientes.

No levantamento realizado pela ONG Transparência não consta parlamentares com processos no STF que ainda não tenham sido julgados, uma vez que a Lei da Ficha Limpa exige condenação para barrar candidaturas. Também não foi incluído parlamentares que tiveram contas reprovadas em Tribunais de Contas. Para caírem na Ficha Limpa, legislação exige que condenações por contas irregulares sejam irrecorríveis.

Fonte: Transparência Brasil

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