O
deputado estadual Frei Anastácio (PT) proferiu palestra hoje (25), durante a
reunião dos representantes das áreas de conflitos de terras na Paraíba, no
Mosteiro de São Bento, em João Pessoa. Estavam presentes 52 representantes de
24 assentamentos e acampamentos do estado.
Na
reunião, promovida pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), toda última
terça-feira de cada mês, o deputado falou sobre a conjuntura da reforma agrária
no Brasil. Ele citou na palestra, os resultados do 6º Congresso do Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), realizado no início do mês, em
Brasília.
O
deputado enfatizou que é preciso lutar e construir reforma agrária popular no
Brasil. “Esse foi o lema do congresso, que fez os 18 mil participantes verem
que o país necessita de uma reforma agrária que parta da aspiração dos 100 mil
trabalhadores que ainda vivem em acampamentos, em todo país, a espera de terra
para trabalhar”, disse o deputado.
O
parlamentar deixou claro que defende o governo do PT, mas reconhece que é
preciso avançar no programa de reforma agrária. “Estou ao lado dos
trabalhadores, como sempre estive, e estarei com eles na luta pelas
transformações sociais. Dessa forma, reconheço que o governo tem que agilizar a
entrega de 80 mil lotes que estão prontos para serem cultivados, em todo o
Brasil”, disse Frei Anastácio. Ampliação de programas:
O
deputado disse ainda que é preciso avançar mais com os programas do governo
federal de Compra Direta (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar
(Pnae), junto à agricultura familiar. “Hoje, apenas 5% das famílias estão
integradas aos dois programas”, informou.
Frei
Anastácio disse que também é preciso agilidade na implantação de programas que
desenvolvam a agroecologia, legalização das terras indígenas e de áreas
quilombolas. “Os assentamentos também necessitam de 120 mil casas. Defendemos a
desburocratização das regras para que os agricultores familiares possam ter
acesso ao programa Minha Casa Minha Vida. Defendemos que os recursos
financeiros para a construção sejam direcionados diretamente às associações dos
assentamentos. Dessa forma, haverá mais agilidade na construção e a geração de
mão de obra nos próprios assentamentos”, disse o petista.
O
deputado disse ainda que é necessária a adoção de um programa de
reflorestamento nos assentamentos, a adoção de um mutirão de alfabetização de
adultos no país, para os 14 milhões de analfabetos; mais recursos para o
Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) e entre outras
coisas, mais rigor na legislação para impedir a venda e negociação de lotes da
reforma agrária.
Fonte: http://www.freianastacio.com.br
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