O gado bovino
demanda 28 vezes mais terra e 11 vezes mais irrigação que os suínos e as aves,
e uma dieta com sua carne é dez vezes mais custosa para o meio ambiente,
segundo um
estudo publicado nesta
segunda-feira pela revista “Proceedings” da National Academy of Sciences.
A reportagem foi publicada Pela agência EFE e reproduzida por EcoDebate, 21-07-2014. O estudo foi conduzido
por Ron Milo do Instituto Weizmann de Ciência, em
Rehovot (Israel), com a colaboração de pesquisadores do Centro Canadense de
Pesquisa de Energias Alternativas, do Conselho Europeu de Pesquisa, e Charles Rotschild e Selmo Nissenbaum, do Brasil.
A equipe observou
as cinco fontes principais de proteínas na dieta dos americanos: produtos
lácteos, carne bovina, carne de aves, carne de suínos e ovos. O propósito era
calcular os custos ambientais por unidade nutritiva, isto é uma caloria ou
grama de proteína.
A composição do
índice encontrou dificuldades dada à complexidade e variações na produção
dos alimentos derivados de animais. Por exemplo, o gado pastoreado
na metade ocidental dos Estados Unidos emprega enormes superfícies de terra,
mas muita menos água de irrigação que em outras regiões, enquanto o gado em
currais e alimentado com ração consome, principalmente, milho, que requer menos
terra, mas muito mais água e adubos nitrogenados.
A informação que os pesquisadores usaram como base para
seu estudo proveio, majoritariamente, dos bancos de dados do Departamento de
Agricultura. Os insumos agropecuários levados em consideração incluíram o uso
da terra, da água de irrigação, das emissões dos gases que contribuem ao aquecimento
atmosférico, e do uso de adubos nitrogenados.
Os cálculos
mostraram que o alimento humano de origem animal com o custo ambiental mais
elevado é a carne bovina: dez vezes mais alto que todos os outros produtos alimentícios de origem animal, inclusive carne
suína e de aves.
“O gado requer, na
média, 28 vezes mais terra e 11 vezes mais água de irrigação, emite cinco vezes
mais gases e consome seis vezes mais nitrogênio que a produção de ovos ou carne
de aves”, indica o estudo. Por seu lado, a produção de carne suína ou de aves,
os ovos e os lácteos mostraram custos ambientais similares.
Os
autores se mostraram surpreendidos pelo custo ambiental da produção de lácteos,
considerada em geral menos onerosa para o ambiente.
Se for levado em
conta o preço de irrigação e os adubos que se aplicam na produção da ração que
alimenta o gado bovino para ordenha assim como a ineficiência relativa das
vacas comparadas com outros bovinos, o custo ambiental dos lácteos sobe
substancialmente.
Fonte: asaparaiba
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