sábado, 14 de dezembro de 2013

Corrupção: STF recebe inquérito que cita tucanos


STF analisa envolvimento de tucanos de SP no caso Siemens; Autor (es): Silvia Amorim Sergio Roxo; O Globo - 13/12/2013. O Supremo Tribunal Federal recebeu inquérito que investiga cartel no metrô de SP. Três secretários de Geraldo Alckmin (PSDB) foram citados. Secretários de Alckmin são citados em inquérito remetido pela Justiça Federal. O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu ontem o inquérito aberto na Justiça Federal de São Paulo para investigar denúncia de formação de cartel em contratos firmados para a construção do metrô de São Paulo. A lista oficial de investigados remetida ao STF tem dez nomes, dos quais quatro têm prerrogativa de foro e, portanto, só podem ser investigados por decisão da Suprema Corte. Três deles integram o secretariado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Além de ex-diretores da Companhia Paulista de Transportes Metroviários (CPTM), como José Roberto Zaniboni, que presidiu a empresa, a lista remetida pela Justiça Federal ao STF inclui o secretário da Casa Civil, Edson Aparecido (PSDB), o secretário de desenvolvimento econômico, Rodrigo Garcia (DEM), e o secretário e Energia, José Aníbal (PSDB), além do deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP).  O inquérito foi autuado ontem e distribuído para a ministra Rosa Weber, que será a relatora. Agora ela pode determinar que a Polícia Federal investigue o caso ou remeter os autos para o Ministério Público Federal. O procurador-geral Rodrigo Janot deve emitir parecer recomendando diligências à PF ou até mesmo devolução para a Justiça Federal da parte da investigação de pessoas que não têm direito a foro privilegiado no STF.  Os secretários do governo paulista, que tiveram seus nomes envolvidos no escândalo, por meio de depoimentos dados pelo ex-executivo da Siemens Everton Rheinheimer à Polícia Federal, comentaram ontem a chegada ao Supremo do inquérito sobre o cartel no metrô de São Paulo. O Ministério Público de São Paulo chegou a emitir parecer contrário ao encaminhamento da denúncia para o STF, sob o argumento de que não haveria provas contra os políticos citados nos depoimentos de Rheinheimer. O ex-executivo chegou a negar, por meio de nota, que teria envolvido o nome dos políticos no esquema. Porém, foi justamente com base em seus depoimentos que os nomes dos secretários de Alckmin foram acrescentados ao inquérito. Todos negam envolvimento nas irregularidades.  O titular da pasta de Energia, José Aníbal, considerou ontem positiva a condução do inquérito pelo STF.  — Acho muito bom porque é uma instituição à altura de um tribunal superior. Agora, o PT vai ter dificuldades para vazar informações caluniosas — afirmou José Aníbal.  No caso de Aníbal, Rheinheimer teria dito que “tratava diretamente com seu assessor, o vice-prefeito de Mairiporã, Silvio Ranciaro”. Aníbal afirmou que conhece Ranciaro, que é filiado ao PSDB, mas que ele nunca foi seu assessor nem teve autorização para falar em nome dele em questões que não fossem relativas a posicionamentos políticos.  O secretário de Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Garcia (DEM), disse, por meio de nota, esperar que o caso seja apurado rapidamente.  “Espero que o caso seja avaliado rapidamente, para que se evite um dano maior à reputação de pessoas sérias como eu”, diz o texto encaminhado à reportagem. Garcia é citado na carta anônima que chegou à PF como um dos recebedores de propina das multinacionais do esquema de cartel. Ele diz que as acusações são “levianas e mentirosas”.  “Lamento que acusações levianas, mentirosas e sem provas tenham motivado o envolvimento de meu nome em uma investigação. Coloco-me, desde já, à disposição das autoridades competentes”. O secretário da Casa Civil, Edson Aparecido (PSDB), e o deputado Arnaldo Jardim (PPS), ambos apontados por Rheinheimer como recebedores de propina, não se manifestaram sobre o envio do caso ao Supremo. (Colaborou Carolina Brígido).

Fonte: http://clippingmp.planejamento.gov.br

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