O Bolsa Família é
um reconhecimento do Estado brasileiro da importância da mulher no núcleo
familiar. A afirmação é da presidenta Dilma Rousseff, que participou, nessa
quarta-feira (30), da comemoração de dez anos do Bolsa Família. Para ela, o
programa é emancipador e garante às mulheres força e autonomia para prover suas
famílias. Ao lembrar que 93% dos titulares dos cartões do Bolsa Família são
mulheres, Dilma disse que o benefício conseguiu construir o poder feminino: “É
um reconhecimento do Estado brasileiro da importância da mulher no núcleo
familiar. Uma importância que elas conquistaram. O Estado só fez reconhecer o
que as mulheres conquistaram. Esta talvez seja uma grande mudança promovida
pelo Bolsa Família no perfil da sociedade.” A presidenta se disse contente ao
receber na cerimônia mulheres beneficiárias do programa, que, para ela, “representam
perfeitamente o espirito do Bolsa Família” e sua contribuição para a promoção
do “poder feminino”. Dilma ressaltou, ainda, a capacidade de transformação
social garantida pela existência de outros programas ligados ao Bolsa Família,
como o Pronatec. De acordo com ela, 800 mil mulheres beneficiárias já se
matricularam em cursos profissionalizantes. Uma delas é Odete Terezinha Dela
Vechio. Moradora de Guaíba, no Rio Grande do Sul, ela já fez dois cursos do
Pronatec. O último, de ferreira armadora, garantiu seu atual emprego. Mãe de
três filhos, Odete diz que o Bolsa Família foi um meio de mudar de vida e
melhorar a situação de sua família. Hoje ela já não recebe o benefício e
acredita que, daqui pra frente, o auxílio não será mais necessário. “Hoje, eu
estou aqui representando as mulheres na obra. Eu, que fui beneficiária do Bolsa
Família, graças a Deus, não necessito mais. Se algum dia eu precisar, eu peço
de novo. Mas eu acredito que, daqui pra frente, ele não será necessário”
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Pesquisa mostra que 29% dos alimentos têm resíduos de agrotóxicos
O resultado do monitoramento do último Programa de Análise de Resíduos
de Agrotóxicos em Alimentos (2011/2012) revelou que 36% das amostras de 2011 e
29% das amostras de 2012 têm irregularidades na presença de agrotóxicos. Na
avaliação da agência, é preciso investir na formação dos produtores rurais e no
acompanhamento do uso do produto. Existem dois tipos de irregularidades
avaliadas, uma quando a amostra contém agrotóxico acima do limite máximo de
resíduo permitido e outra quando a amostra apresenta resíduos de agrotóxicos
não autorizados para o alimento pesquisado. O levantamento revelou ainda que
dois agrotóxicos nunca registrados no Brasil, o azaconazol e o tebufempirade,
foram encontrados nas amostras de alimentos, o que pode significar que estes
alimentos entraram nos países contrabandeados. Em 2011 o pimentão foi o produto
analisado que teve o maior número de amostras com irregularidades. Das 213
amostras analisadas, 84% tiveram uso de agrotóxico não autorizado no Brasil,
0,9% tinham índices acima do permitido e 4,7% tinham as duas irregularidades.
Em seguida vieram cenoura, com 67% de amostras irregulares; pepino, com 44%, e
a alface, com 42%. Em 2012, o morango apareceu com 59% de irregularidades nas
amostras e novamente o pepino, com 42%. A agência explica que alguns
agrotóxicos aplicados nos alimentos agrícolas e no solo têm a capacidade de
penetrar em folhas e polpas. Por isso, a lavagem dos alimentos em água corrente
e a retirada de cascas e folhas externas, apesar de contribuem para a redução
dos resíduos de agrotóxicos, são incapazes de eliminar aqueles contidos em suas
partes internas. O atual relatório traz o resultado de 3.293 amostras de treze
alimentos monitorados, incluindo arroz, feijão, morango, pimentão, tomate, dentre
outros. A escolha dos alimentos foi baseada nos dados de consumo levantados
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na disponibilidade
dos alimentos nos supermercados e no perfil de uso de agrotóxicos nos
alimentos. Para a Anvisa, o aspecto positivo do programa é a capacidade dos
órgãos locais em identificar a origem do alimento e permitir que medidas
corretivas sejam adotadas vem aumentado. Em 2012, 36% das amostras puderam ser
rastreadas até o produtor e 50% até o distribuidor do alimento. A Anvisa
coordena o programa de análise de resíduos em conjunto com as vigilâncias
sanitárias dos estados e municípios participantes, que fizeram os procedimentos
de coleta dos alimentos nos supermercados e de envio aos laboratórios para
análise. Assim, é possível verificar se os produtos comercializados estão de
acordo com o estabelecido pela agência.
Fonte: Agência Brasil
Veneziano nega imposição de aliança com PT e garante: ‘se não for possível vamos respeitar’
O ex-prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rego (PMDB), negou
que uma sinalizar da Executiva Nacional para uma aliança entre PT e PMDB,
significasse algum tipo de imposição ao partido de Luciano Cartaxo (PT). A
insinuação que o PMDB nacional poderia intervir junto ao Palácio do Planalto
para uma aliança na Paraíba partiu do ex-governador José Maranhão (PMDB),
presidente estadual da legenda. “O governador Maranhão não falou em termos
impositivos. Nossa relação com o PT não é impositiva, é natural. Existe uma
relação natural, em nível nacional e estadual”, lembrou o ex-prefeito. Veneziano nega que candidatura perdeu fôlego e garante
estar consolidado após 5 meses 'na rua'Veneziano insinua que candidatura do Blocão não é para
valer; ‘Temos um nome, não de brincadeira’ Veneziano garantiu que o
PMDB pretende mesmo buscar o PT para compor, já que o partido sempre foi
parceiro do partido. “Nós votamos várias vezes no PT. Nós vamos fazer isso em
2014 com Dilma”, pontua. Apesar da menção a lógica nacional de apoio a
reeleição a Dilma Rousseff, o ex-prefeito minimiza garantido que se não for
possível a aliança, será uma decisão exclusiva do PT e será respeitada pelo
PMDB. “Se o PT não desejar compor conosco, em nome do projeto nacional, já no
primeiro turno, sem problema, nos segundo turno fatalmente vamos estar juntos”,
avalia. Segundo o peemedebista há uma relação “muito tranqüila, franca e
amistosa entre os dois partidos” e assevera: “Não vai ser nada por imposição ou
exigência, porque uma relação assim não pode crescer”, finaliza. (Paulo Dantas)
Fonte: http://www.paraiba.com.br/
Lula diz que ascensão dos pobres incomoda elite brasileira
Ex-presidente chamou de hipócritas os críticos do programa que o
taxaram de 'bolsa esmola', quando lançado, em 2003
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nessa quarta-feira
(30), durante solenidade em comemoração aos dez anos do Bolsa Família, em
Brasília, que a ascensão econômica e social dos mais pobres incomoda a elite
brasileira. “Sei que incomoda muita gente este programa, porque os pobres estão
evoluindo em Pernambuco, na Bahia, em Sergipe. estão usando uns maiôs que só
parte da sociedade usava. Agora a empregada chega para trabalhar usando o mesmo
perfume que a patroa, o jardineiro usa o mesmo carro que o patrão, quando chega
ao aeroporto está tudo abarrotado de gente. É duro...”, ironizou Lula. A
cerimônia contou com a presença da presidenta Dilma Rousseff e e diversos
ministros, além de parlamentares, outras autoridades e grupos de beneficiados
do Bolsa Família vindos de várias regiões do país. Segundo Lula, em um
país com um histórico marcado pela exclusão social era de se esperar “dúvidas e
prejulgamentos” em relação a programas sociais. O ex-presidente começou seu
discurso relembrando das muitas críticas que jornalistas, especialistas e
parlamentares fizeram e ainda fazem ao programa. “Um programa que já
atende a quase 14 milhões de famílias é tratado por alguns hipócritas como se
fosse uma corrupção ou fraude sem o menor respeito. Chegaram a dizer que era
bolsa-esmola, que formava mendigos, que era uma tragédia social, fácil de
entrar, mas difícil de sair. Gostaria que hoje estes críticos assistissem a
apresentação feita pela ministra Tereza Campello”, afirmou. Para ele, nenhum
outro programa na história do país teve o impacto do Bolsa Família. “Vivíamos
em um país para ricos e para a classe média, enquanto o resto vivia em uma
não-pátria, desconhecia seus direitos e sua humanidade. O programa integrou ao
Brasil as pessoas marginalizadas do processo econômico, mas apartadas
principalmente dos processos sociais.” Lula voltou a comparar os investimentos
sociais aos gastos com as guerras promovidas pelos Estados Unidos no mundo. “Hoje
sabemos que, além das perdas humanas, a guerra do Iraque consumiu US$ 3
trilhões. Com esse dinheiro seria possível a implantação de programas de
transferência de renda para 1,5 bilhões de pessoas em todo o mundo”, assegurou.
Programa contribui para a queda da mortalidade infantil, principalmente por doenças ligadas diretamente à pobreza
Programa contribui para a queda da mortalidade
infantil, principalmente por doenças ligadas diretamente à pobreza
O programa Bolsa Família atende hoje a 50 milhões de pessoas, ou seja,
25% da população brasileira. O número foi divulgado durante a comemoração de 10
anos do programa, nessa quarta-feira (30), em Brasília, em solenidade com a
presença da presidenta da República, Dilma Rousseff, do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e da Ministra do
Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Tereza Campello. O Bolsa Família é
mais que a transferência de renda, pois reforça o acesso a direitos sociais
básicos nas áreas de educação, saúde e assistência social. Mais de 5 milhões de
crianças menores de sete anos estão com a vacinação em dia – este é um dos
compromissos assumidos pelas famílias atendidas. Além disso, estudo publicado
em maio na revista científica The Lancet, afirma que o Bolsa
Família contribuiu para reduzir a mortalidade infantil das crianças até 5 anos
em 19,4%, entre 2004 e 2009. O mesmo estudo aponta que, nas doenças ligadas
diretamente à pobreza, a queda da mortalidade infantil foi mais acentuada:
46,3% nos casos de diarréia e 58,2% por desnutrição nos municípios com alta
cobertura do programa. Os compromissos de saúde do Bolsa Família fazem com que
as gestantes se alimentem melhor e façam o acompanhamento pré-natal. “Onde
existiu Bolsa Família, com o apoio das equipes da Saúde da Família no
cadastramento, na busca ativa, no acompanhamento do pré-natal e no
desenvolvimento da criança houve impacto na redução de indicadores na área da
saúde. Um exemplo é a redução da mortalidade infantil em relação a mortes por diarréia.
Onde tem rede de proteção social junto com a saúde às crianças tiveram uma
melhor evolução”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Já a ministra
do MDS, Tereza Campello, rechaçou os mitos que rondaram o programa nesses
últimos 10 anos e disse que o momento atual é uma oportunidade para fazer um
balanço dos resultados, divulgar os êxitos e aprimorar ainda mais o Bolsa
Família. “Atualmente é fácil defender o Bolsa Família, mas nem sempre foi
assim”, disse. “Basta de achemos e de suposições. Temos dadas, estatísticas,
evidências científicas robustas, nacionais e internacionais, que sepultam os
mitos, os preconceitos e comprovam os efeitos do Programa Bolsas Família na
vida dos mais pobres.” Com investimento anual de R$ 24 bilhões, o Bolsa Família
retirou 36 milhões de pessoas da extrema pobreza do ponto de vista da renda –
destas, 22 milhões saíram com o apoio do Plano Brasil Sem Miséria. “Estudo do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), lançado neste mês, aponta que
cada R$ 1 investido no programa estimula o crescimento de R$ 1,78 no Produto
Interno Bruto (PIB).
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