O
Governo Federal se comprometeu a, até o ano que vem levar água de beber a todos
os moradores do Semi-árido inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais
do Governo Federal que não tem acesso à água de qualidade. Desde 2003, as ações
de acesso à água na região ganharam prioridade, atendendo a uma demanda
histórica da sociedade brasileira. Naquele ano, começou a ser executada uma
política de implementação de cisternas para captação e armazenamento de água.
Uma solução simples, de baixo custo e amplamente difundida que vem mudando as
condições de vida das famílias que vivem na região. Com o
Plano Brasil Sem Miséria, o Programa Cisternas do Ministério do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome (MDS) ganharam maior visibilidade, já que garantir o
acesso à água para consumo humano no Semiárido é uma das metas para superar a
extrema pobreza. Este compromisso ganhou força com o lançamento do Programa
Água para Todos, em 2011, o que implicou aumento de parceiros, tecnologias
sociais e recursos disponíveis, no qual o Programa Cisternas está inserido. O
secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Arnoldo de
Campos, fala sobre o verdadeiro significado de levar água às pessoas que mais
necessitam. (O que significa universalizar o acesso
à água para consumo humano no Semiárido?) Arnoldo de Campos: Significa
levar dignidade aos brasileiros que lá vivem e possuem acesso precário ou não
têm acesso à água de qualidade. A demanda por água é histórica no Semi-árido,
região que vive períodos longos de estiagem como o de agora. No caso do
Ministério do MDS, que participa do esforço da Água para Todos, programa criado
em 2011 no âmbito do Plano Brasil Sem Miséria com o compromisso da
universalização, a tecnologia empregada é a cisterna de placa, que vem se mostrando
uma experiência extremamente bem-sucedida. (O
que representa para uma família do Semi-árido ter uma cisterna?) AC: Significa
mais autonomia, menor dependência. Significa a possibilidade de convivência com
o Semi-árido. Significa ter mais chances de não precisar migrar. Uma cisterna
pode abastecer uma família de cinco pessoas durante sete, oito meses, com água
para beber, preparar e cozinhar alimentos e fazer a higiene básica durante o
período de estiagem, garantindo pelo menos a segurança alimentar e nutricional
no domicílio. (Quantas cisternas serão construídas no
Semi-árido?) AC: O compromisso do governo federal é levar água para
beber, até 2014, a todas as famílias da área rural do Semi-árido que constam do
Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. No lançamento do
Plano Brasil Sem Miséria, estimamos que precisaríamos implementar cerca de 750
mil cisternas para a universalização. Nosso compromisso é atender a todos. Por
isso, são tão importantes as ações complementares como a busca ativa, para
incluir no Cadastro Único aquelas famílias que ainda estão. (Quais as perspectivas para outras
regiões?) AC: Já iniciamos a expansão das nossas ações de água para
outras regiões como o Sul e o Norte, que não necessariamente programarão
cisternas de placas. Outras tecnologias poderão ser adotadas, mais adaptadas às
localidades. O Programa Cisternas também construiu mais de 19 mil tecnologias
de captação e armazenamento de água para a produção que beneficiaram cerca de
26 mil famílias de agricultores. São micro barragens, barragens subterrâneas,
bombas populares, tanque de pedras, cisternas-calçadão, entre outras, que
permitem às famílias manter suas atividades produtivas mesmo no período de
estiagem. Ao longo de 2011 e 2012, foram contratadas mais de 90 mil tecnologias,
das quais mais de 85 mil no Semi-árido. Somente em 2012 foram investido nessa
ação R$ 440 milhões.
Fonte: Blog Diálogos Federativos – com
informações do MDS.