sábado, 31 de agosto de 2013

Magnata chinês: só idiota não investe no Brasil

247 - O empresário chinês Yin Mingshan, dono da montadora Lifan, uma das maiores da China, falou sobre seus planos no Brasil e deu um recado que é uma mensagem aos pessimistas de plantão: "O mercado brasileiro é enorme". Confira trechos do seu depoimento à jornalista Sueli Osório, da Folha: Mercado brasileiro: O mercado brasileiro é enorme, temos potencial para logo atingir 20 mil unidades por ano. Como 2014 será o primeiro ano completo da nova fase da Lifan no país, pretendemos alcançar algo entre 12 mil e 15 mil unidades comercializadas. Haverá diversos lançamentos nesse período. Eventual fábrica no Brasil: Se o negócio apresentar boa capacidade de expansão, sim. O Brasil é o quarto mercado do mundo no setor automotivo, só idiotas não investiriam lá.

Fonte: http://www.brasil247.com/

FAO e Brasil levam experiência de alimentação escolar para a África

A experiência brasileira de fortalecimento dos programas de alimentação escolar e sua relação com a agricultura familiar será levado para a África. Essa é mais uma das ações brasileiras em parceria com a FAO para cooperação sul-sul, que envolve 17 projetos com valores que ultrapassam US$ 36 milhões. Em visita ao país nessa semana, o diretor geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), José Graziano da Silva, assinou o projeto “Fortalecimento dos Programas de Alimentação Escolar em Países Africanos”, uma parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Ministério da Educação (MEC), e Agência Brasileira de Cooperação (ABC), ligada ao Ministério das Relações Exteriores (MRE), que representa um investimento de quase US$ 2 milhões a serem aplicados no compartilhamento de experiências e cooperação técnica no que se refere à alimentação escolar, como sua vinculação à agricultura familiar como forma de desenvolvimento local. As ações serão implementadas em países africanos a serem definidos, respondendo e adaptando a ação às necessidades e realidades locais. “Eu acredito que a vinculação entre alimentação escolar e agricultura familiar pode dar uma importante contribuição à segurança alimentar e complementar outros esforços que já estão em marcha, como o PAA África”, disse Graziano. O PAA África é um projeto do Brasil com a FAO executado com outros dois parceiros – o Programa Mundial de Alimentos - PMA e o Departamento Britânico para o Desenvolvimento Internacional – DFID – que foi inspirado no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). As ações seguem as linhas estratégicas definidas na declaração dos líderes africanos no Encontro de Alto Nível “Rumo ao Renascimento Africano: Novas abordagens unificadas para erradicar a fome na África até 2025”, realizadas pela FAO em parceria com a União Africana e o Instituto Lula, em Addis Abeba, no final de junho. “Nós temos consciência de que a FAO não pode acabar com a fome na África sozinha, assim como os países africanos também não o podem. Precisamos dessas parcerias. Juntos, podemos erradicar a fome”, destacou o diretor geral. Ação similar a essa que será levada para a África já vem sendo implantada com sucesso na América Latina e Caribe. Desenvolvido atualmente em 11 países e com potencial para melhorar a segurança alimentar de mais de 19 milhões de pessoas, o projeto “Fortalecimento dos Programas de Alimentaçao Escolar no âmbito da In...”, tem como objetivo principal contribuir para o fortalecimento e sustentabilidade dos Programas de Alimentação Escolar (PAEs) e buscar sua vinculação com as políticas e programas de promoção da agricultura familiar. “Essa é uma solução triplamente ganhadora: garante alimentação de qualidade aos estudantes da rede pública, abre um novo mercado e a possibilidade de maior renda para agricultores familiares e ainda promove o desenvolvimento rural local”, explicou o diretor geral da FAO. “O mais importante dessa cooperação é saber que o Brasil é reconhecido como referência mundial na área de alimentação escolar. Conceitos como o da agricultura familiar e segurança alimentar fazem do país um modelo. Isso nos desafia a garantir essa eficiência e a buscar meios e instrumentos para fazer cada vez mais e melhor, pois acreditamos que a gente aprende ao mesmo tempo em que ensina”, disse o presidente do FNDE, José Carlos Wanderley Dias de Freitas. Cooperação Sul-Sul: Os dois projetos de fortalecimento dos Programas de Alimentação Escolar (a cooperação regional com América Latina e Caribe executada desde 2009 e o novo projeto com a África) fazem parte de um conjunto de 17 projetos implementados por meio do Programa Internacional de Cooperação Brasil-FAO,  que representa mais de US$ 36 milhões de dólares aplicados em atividades relacionadas à cooperação sul-sul. O acordo assinado entre a Agência Brasileira de Comunicação (ABC), ligada ao Ministério das Relações Exteriores (MRE), resultou em uma participação mais ativa do Brasil nas ações de combate à fome e à miséria. Além da Alimentação Escolar, os projetos do Fundo Brasil-FAO envolvem contribuições do país para a Inciativa América Latina e Caribe sem Fome 2025; fortalecimento da sociedade civil em temas de agricultura familiar e acesso a recursos naturais renováveis; consolidação da Rede de Aquicultura das Américas (RAA); apoio às Estratégias Nacionais e Subregionais de Segurança Alimentar e Nutricional; fortalecimento das políticas agroambientais na América Latina e Caribe; o Programa Purchase from Africans for Africa (PAA África); além de ações assistenciais de emergência pós-tragédias em El Salvador, Guatemala e Haiti. Tecnologias sociais: Ainda na agenda do diretor geral da FAO no Brasil, estava a assinatura de um Memorando de Entendimento entre a Organização e a Fundação Banco do Brasil. Assinado em um encontro no Palácio do Planalto que contou com a presença do Secretário Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho, o acordo tem como objetivo estreitar os laços entre as entidades para a troca de experiências e conhecimentos relacionados ao abastecimento agroalimentar no Brasil, apoiando assim a luta contra a fome. Além do desenvolvimento de programas e projetos conjuntos, o acordo também inclui a promoção do Ano Internacional da Agricultura Familiar, a ser celebrado em 2014. “A parceria FAO-Fundação Banco do Brasil vai ajudar a pagar dividas históricas com cooperação”, disse o ministro da Secretaria Geral da Presidência Gilberto Carvalho durante a cerimônia. Já o presidente da Fundação Banco do Brasil, Jorge Streit, destacou que a parceria com FAO possibilita o compartilhamento de tecnologias sociais com outros  países. “O Brasil fez uma transição social que deu certo e é referencia para outros países”, acrescentou o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva.

Dilma critica preconceito contra cubanos

A presidenta Dilma Rousseff criticou na quarta-feira (28) os que têm preconceito contra a presença dos médicos cubanos no Brasil. Em entrevista a rádios de Minas Gerais, ela ressaltou que há também médicos de outros países, além de Cuba. A presidenta reiterou que os estrangeiros estão no Brasil para desempenhar o trabalho que os médicos brasileiros não querem fazer. "É um imenso preconceito sendo externado contra os cubanos. É importante dizer que os médicos estrangeiros, não só cubanos, vêm ao Brasil para trabalhar onde médicos brasileiros formados aqui não querem trabalhar”, disse ela. Ontem (27), a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) solicitou à Procuradoria-Geral do Trabalho investigação da relação de trabalho dos profissionais que atuarão pelo Mais Médicos. A entidade alega que o fato de os médicos não revalidarem os diplomas vai causar restrição de locomoção, o que, segundo a entidade, é uma das características do trabalho escravo. Pelas regras do governo, todos os profissionais do Mais Médicos receberão uma “bolsa formação” pelo serviço nas regiões carentes. Não haverá contrato de trabalho. O Ministério da Saúde é favorável à concessão de pagamento por intermédio de bolsa porque os médicos farão uma especialização na atenção básica ao longo dos três anos de atuação no programa. No caso dos médicos cubanos, eles atuarão no Brasil em regime diferente dos que se inscreveram individualmente no Mais Médicos. O Ministério da Saúde brasileiro firmou acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para que a entidade internacional buscasse parcerias para a vinda de médicos para o país. A Opas fez acordo com Cuba, prevendo inicialmente a vinda de 4 mil médicos cubanos. Os primeiros 400 profissionais desse acordo vão atuar em parte das 701 cidades que não receberam inscrições individuais de médicos. No acordo, os repasses financeiros serão feitos do Ministério da Saúde para a Opas. A entidade repassará as quantias ao governo cubando, que pagará os médicos. Inicialmente nem a Opas nem o Ministério da Saúde souberam especificar quanto dos R$ 10 mil pagos por médico será repassado para os profissionais, porém, o secretário adjunto de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Fernando Menezes, disse depois que a remuneração ficaria entre R$ 2,5 mil e R$ 4 mil.
Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

CISTERNAS de PLÁSTICO é um Retrocesso veja a que absurdo chegamos

Até o TCU é contra e o governo insiste Tribunal de Contas suspende cisternas

O Plenário do Tribunal de Contas da União confirmou a medida cautelar determinada pelo ministro Benjamin Zymler para que a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) suspenda o pregão com vistas ao fornecimento, transporte e instalação de cisternas em polietileno para acumulação de água de chuva, visando o abastecimento de comunidades rurais nos Estados de Alagoas, Minas Gerais, Bahia, Piauí, Ceará e Goiás. A decisão do Plenário do TCU foi no dia 07 de agosto e atinge mais de 50 cidades do Piauí que receberiam ao todo 29.088 cisternas. A licitação estava sendo conduzida pela Codevasf em Brasília. Divida em três itens, o valor global foi estimado em R$ 600 milhões na compra de 187.495 cisternas. Cinco empresas disputavam o item que envolve o Piauí e o Ceará (Fortlev, Dalka, Consórcio Capricórnio, COMPECC e GL Teixeira, que foi desclassificada). Além do material das cisternas, um tipo de plástico, o valor unitário de quase R$ 5,9 mil é bastante criticado por entidades como a Cáritas Brasileira, que já tem experiência na assistência às famílias que sofrem com a seca. A Cáritas garante que as antigas cisternas de placas de concreto custam, em média, R$ 2,5 mil. O TCU também recebeu a denúncia de que o valor cobrado por cada material licitado estava 24% mais caro do que foi cobrado em outras licitações do DNOCS e da própria Codevasf. O calor do semi-árido seria o principal inimigo dessas cisternas. Elas já apresentaram defeitos em várias localidades. No Piauí mesmo, elas já deram dor de cabeça nos agricultores e foram destaques até no programa Globo Rural. Como justificativa para a escolha dessas cisternas de polietileno, a Codevasf disse que elas duram uns 20 anos, precisam de uma escavação rasa, além de pesquisa da Embrapa constatando um percentual de 44% de contaminação nas cisternas de concreto. Agora, as empresas serão chamadas a darem explicações e a Codevasf precisa convencer os ministros do TCU de que essa é maneira mais viável e econômica para os cofres públicos. Caso contrário, o edital da licitação será anulado completamente. Repórter: Aquiles Nairó; Publicado Por: Apoliana Oliveira

Fonte: AS-PTA

Luiz Couto é a favor da cassação de Natan Danadon e defende fim do voto secreto

Ao comentar sobre a absolvição do parlamentar Natan Donadon na Câmara Federal, o deputado paraibano Luiz Couto (PT) afirmou que não só votou pela cassação no plenário, na noite da quarta-feira (28/8), como já havia repetido o gesto na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), que aprovou por unânime a perda do mandato. Donadon está preso desde 28 de junho no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde cumpre pena de 13 anos devido à condenação por peculato e formação de quadrilha imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Luiz Couto disse que sempre defendeu o fim do voto secreto, "justamente para evitar que mandatário com o currículo de Natan Donadon não permaneça na impunidade e exercendo cargo público". Absolvição: O deputado Donadon teve o mandato poupado da cassação, no último dia 28, sugerida no parecer do relator Sergio Sveiter (PSD-RJ). Foram 233 votos a favor do parecer, 131 contra e 41 abstenções. Para que ele perdesse o mandato, o parecer precisaria de, no mínimo, 257 votos. Faltaram 24. (Ascom Dep. Luiz Couto)

Dilma recebe projeto de plebiscito

Decreto legislativo que trata da reforma política não segue à risca propostas encaminhadas pela presidente

Líderes do PT, PDT, PSB e PC do B na Câmara dos Deputados levaram ontem à presidenta Dilma Rousseff o projeto de decreto legislativo que propõe a realização de um plebiscito sobre reforma política. O projeto começou a tramitar ontem na Câmara, a pouco mais de um mês do fim do prazo para que modificações nas regras eleitorais sejam válidas para 2014. O líder do PT, José Guimarães (CE), disse que o projeto obteve 188 assinaturas, 17 a mais do que as 171 necessárias. Segundo ele, os quatro partidos defendem uma reforma política profunda, que mexa na estrutura do sistema eleitoral e político brasileiro. “Mas para nós há uma preliminar, que é a divergência frontal com parte da Câmara: ouvir o povo em primeira instância, delegar à população a primeira palavra”. A líder do PC do B, Manuela D’Ávila (RS), disse que a expectativa é que o projeto tramite de forma ágil e chegue ao plenário da Câmara em até 40 dias. “Vamos solicitar que ele seja votado com urgência para que possamos levar o plebiscito às ruas, que é objetivo da presidenta”, disse após o encontro com Dilma. Segundo Manuela, os parlamentares trabalham com duas hipóteses de data para a realização do plebiscito: a primeira ao final deste ano – defendida pela maioria que assinou o projeto, e a segunda com o segundo turno das eleições de 2014. O projeto propõe que a consulta popular aborde três temas: financiamento das campanhas eleitorais, possibilidade de coleta de assinaturas por meio da internet para apresentação de propostas de iniciativa popular e coincidência de eleições. “Fizemos três questões porque achamos que o plebiscito deve centrar em questões prioritárias, deve ter poucas perguntas e porque são as perguntas que maior número de parlamentares concordaram. Nós sabemos que a reforma política deve abarcar muitas questões, mas que no plebiscito não é possível fazer todas elas ao mesmo tempo”, disse a deputada. No documento, encaminhado ao Congresso no início do mês passado, Dilma sugeriu que o plebiscito abordasse cinco temas: o financiamento das campanhas, mudanças no sistema eleitoral, fim da suplência de senador, manutenção das coligações partidárias e a possibilidade do fim do voto secreto nas votações do Parlamento. O projeto é assinado pelos líderes do PT, José Guimarães (CE), do PSB, Beto Albuquerque (RS), do PDT, André Figueiredo (CE), e do PC do B, Manuela D’Ávila (RS). Além dos autores do projeto, participaram da entrega os presidentes do PC do B, Renato Rabelo, e do PT, Rui Falcão.

Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

GOVERNO PROPÕE SALÁRIO MÍNIMO DE R$ 722,90

Anúncio foi feito pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que esteve no Congresso para entregar ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), a peça orçamentária de 2014; texto deve ser votado pela Câmara e pelo Senado até o fim do ano. Brasília - O novo valor do salário mínimo deverá ser R$ 722,90. O anúncio foi feito há pouco pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Ela esteve no Congresso para entregar ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), a peça orçamentária de 2014. O texto deve ser votado pela Câmara e pelo Senado até o fim do ano. O reajuste passa a valer em 1º de janeiro de 2014. "O novo valor incorpora a regra de valorização do salário mínimo que tem sido uma política importante de alavancagem da renda das famílias no Brasil, que tem nos levados a patamares de qualidade de vida muito superiores", disse Belchior. Por, Karine Melo Repórter da Agência Brasil

PT quer votar fim das doações privadas nas campanhas

CCJ vota projetos que alteram as regras eleitorais para baratear o custo das campanhas, reduzirem a influência do poder econômico e assegurar mais transparência

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado deve votar na próxima quarta-feira (04) projetos que alteram as regras eleitorais para baratear o custo das campanhas, reduzir a influência do poder econômico e assegurar mais transparência nas informações sobre o ingresso de recursos para as candidaturas. Nesta quarta-feira (28), foi iniciado o debate do PLS 441/2012, do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que pretende reduzir os custos das campanhas. Um pedido de vistas adiou a apreciação da proposta para a próxima reunião da CCJ. O ponto mais polêmico do PLS 441 era a redução de 90 para 60 dias do período da campanha, mas este ponto foi retirado do texto pelo relator Valdir Raupp (PMDB-RO). Os senadores petistas Humberto Costa (PE), Eduardo Suplicy (SP) e Lindbergh Farias (RJ) defenderam novas alterações no projeto, para reduzir a influência do poder econômico sobre as disputas eleitorais. “A matéria não contempla todas as mudanças que precisam ser feitas no processo eleitoral brasileiro, mas são as mudanças possíveis, para valer já em 2014”, afirmou Humberto. Além do PLS 441, os senadores petistas cobraram que a CCJ também aprecie a proposta de Jorge Viana (PT-AC), o PLS 264/2013, relatado por Suplicy, que proíbe qualquer contribuição financeira de pessoas jurídicas a candidaturas e limita as contribuições de pessoas físicas a um máximo de R$ 700, e o projeto de Suplicy que estabelece a exigência de que toda contribuição recebida seja informada em tempo real nas páginas eletrônicas dos candidatos. Se as duas matérias forem votadas na próxima semana, haverá tempo para tramitarem na Câmara e, caso aprovadas, as regras valerem para 2014. Igualdade de condições. Humberto Costa defendeu que a “minirreforma eleitoral” proposta no PLS 441 garanta regras que contribuam para a igualdade de condições a os candidatos na disputa. Ele é a favor da proibição da exibição de placas e faixas de propaganda não só em espaços imóveis particulares, como está previsto na matéria, como também nos espaços públicos. O senador pernambucano também defende a limitação do número de pessoas que podem ser remuneradas pelos comitês, lembrando que esse tipo de contratação muitas vezes é uma forma disfarçada de compra de votos. “O ideal seria que as campanhas fossem feitas exclusivamente por militantes, que efetivamente acreditam nas propostas defendidas pelos candidatos. Se não conseguirmos assegurar esse ideal, é importante pelo menos dar um limite ao número de contratações”. Humberto também é contra a possibilidade de que, antes do início oficial da campanha, seja realizada cobertura jornalística de atividades ligadas à disputa eleitoral. “A idéia de uma campanha antecipada, inclusive com cobertura da imprensa, pode criar condições muito desiguais, já que a mídia tenderá a se interessar apenas pelas atividades dos candidatos mais conhecidos. O bom das regras atuais é que elas obrigam a uma divisão equânime do noticiário entre todos os postulantes”, defendeu.

Eleições do PT

Frei Anastácio registrou ainda, na Assembleia, que lideranças e filiados de 28 cidades do Litoral Sul, Vale do Mamanguape e Borborema declararam apoio à candidatura do vice-prefeito de Patos, Lenildo Morais, a presidente estadual do Partido dos Trabalhadores. A manifestação de apoio foi feita durante encontro promovido por Frei Anastácio (PT), no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lagoa Seca, durante o final de semana. Segundo o deputado, todos os representantes do PT e lideranças que participaram do encontro entenderam que Lenildo Morais representa a renovação do PT. “Lenildo irá reacender a militância do PT do Litoral ao Sertão. Os companheiros e companheiras estão entendendo isso, por onde nós estamos passando”, disse Frei Anastácio. Estavam presentes no encontro, representantes e militantes do PT das cidades de Lago Seca, Massaranduba, Casserengue, Remígio, São Sebastião de Lagoa de Roça, Esperança, Areial, Areia, Pocinhos, Nova Floresta, São Vicente do Seridó, Solânea, Arara, Mogeiro, Juarez Távora, Alagoa Grande, Queimadas, Barra de São Miguel, Aroeiras e Alagoa Nova, todos da região da Borborema. Representantes dos municípios de Capim, Sapé, Mamanguape, Jacaraú, Curral de Cima e Itapororoca – no Vale do Mamanguape –, também participaram do encontro. Frei Anastácio também conseguiu apoio para a candidatura de Lenildo e para a chapa do Movimento PT, nas cidades de Alhandra e Conde, durante o final de semana.

PM no Nordeste posa com porrete e afirma que é 'para curar gay' Uma foto incentivando o preconceito sexual e a homofobia, postada


PM no Nordeste posa com porrete e afirma que é 'para curar gay'

Uma foto incentivando o preconceito sexual e a homofobia, postada por um PM, fez com que a Polícia Militar de Pernambuco se manifestasse, na tarde desta terça-feira (27). A corporação confirmou que o autor da publicação, feita na rede social Facebook, realmente faz parte da corporação. Em nota oficial, a PM-PE informou que é contrária "a toda e qualquer forma de discriminação e preconceito". Na postagem, datada do dia 9 de agosto, o policial militar divulgou a foto de um amigo que segurava um porrete de madeira, onde se leem as palavras "cura gay". O perfil do PM continua disponível, sem fotografia que identifique o seu rosto, e a imagem em questão foi retirada da postagem. Em outro trecho da nota, PM, informa que "não coaduna com nenhuma forma de comportamento homofóbico e repudia veementemente qualquer manifestação contrária à harmonia social e às suas formas de diversidades". Por fim, a Polícia Militar esclarece que a postagem representa a opinião pessoal do policial e não os valores institucionais da corporação. "Portanto, a PM aproveita a oportunidade para esclarecer que as doutrinas de formação policiais militares priorizam o respeito e a defesa dos direitos humanos", encerra o documento.

“Olha ele ai” Apoiado por presidente da Associação dos médicos, Charlinton quer ser presidente do PT da PB sem dar uma palavra em defesa do Governo Dilma

É sob extremo fogo cruzado que o governo federal sustenta o programa Mais Médico, que permite a entrada de médicos estrangeiros para suprir a carência no interior do país, e do qual sou um defensor público pelas razões que já explicitei várias vezes aqui e que não vou repetir por ser outro o tema deste post. Quero chamar atenção para o silêncio do atual presidente do PT paraibano, Rodrigo Soares, e de seu candidato à sucessão no comando da legenda, Charlinton Machado, a respeito do tema. Diante de tanta porrada, injusta a meu ver, que o governo do PT tem levado por causa do Mais Médicos e da vinda de médicos cubanos, tanto Rodrigo Soares e Charlinton Machado se mantém calados, sem dar um pio em defesa do programa. Talvez a presença do presidente da Associação dos Médicos da Paraíba, Tarcísio Campos, que é uma das vozes mais contrárias ao programa na Paraíba, entre as lideranças que apóiam Charlinton para presidente do PT no Processo de Eleição Direta, a ser realizado no final deste ano, venha deixando-os amordaçados. Ruim para o governo federal que é obrigado a conviver com aspirantes ao comando do próprio partido deixando o PT apanhar sozinho, negando-o, no mínimo, três vezes ao dia diante da crucificação demagógica de alguns contra o programa. 

Fonte: http://www2.luistorres.com.br/noticia/

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Luiz Couto registra aumento da popularidade do Governo Dilma

O deputado Luiz Couto (PT-PB) registrou em plenário resultado da pesquisa Ibope divulgado no final de semana e que aponta a ampliação da aprovação do governo da presidenta Dilma que alcançou 38%. “Isso mostra que efetivamente a presidenta Dilma recupera a aprovação do seu governo”, disse o petista. Segundo a pesquisa, o percentual de 38% corresponde ao dos entrevistados que consideram o governo "ótimo/bom". Antes, a aprovação do governo estava em 31%, de acordo com uma pesquisa do instituto divulgada em julho. Ainda segundo os dados, a taxa dos que dizem confiar na presidente aumentou de 45% para 51%. A pesquisa entrevistou 2.002 pessoas entre os dias 15 e 19 de agosto, em 143 municípios de todas as regiões. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Gizele Benitz

Fonte: www.ptnacamara.org.br

Mais médicos, oposição e burrice

A oposição sistemática não consegue olhar para o benefício social, apenas mira o "inimigo" que precisa ser destruído, desmoralizado, morto e entregue às hienas; JEAN MENEZES DE AGUIAR

Chama-se oposição sistemática o modelo que tenta afirmar que tudo que o governo faça ou pense é ruim e podre. Pelos cálculos de opositores que agem assim só há imbecis, energúmenos e canalhas no governo. O povo, para a oposição sistemática, é o que menos importa. Ainda que jure que tudo é discutido reativamente em seu nome. O governo Dilma, com a aproximação teórica das eleições, passou a ser perseguido por um PSDB canino; e cego. Vai piorar. A importação de médicos, seja ou não medida eleitoreira de Dilma, atenderá efetivamente a bolsões imensos da sociedade brasileira sem assistência. Isto é fato. Mas não interessa. Nada há aí que pode prestar para uma oposição sistemática. Esta oposição pode nem "perder" tanto quando é considerada intensa ou radical; está previsto. Mas quando suas falas e ações passam uma ideia de burrice, aí fica pior. Admita-se que, sim, tenha sido uma medida eleitoreira e canalha de Dilma, visando à reeleição, o programa Mais Médicos. A questão da popularização do atendimento médico é tão grandiosa que aceita a suposição. Haverá benefício real para a população pobre? Inegavelmente sim. Mas nenhum opositor ao governo tem a segurança de levantar esta questão. Ela – que justifica tudo – se torna proibida e sinônimo de traição ao PSDB se for dita. A oposição sistemática não consegue olhar para o benefício social, apenas mira o "inimigo" que precisa ser destruído, desmoralizado, morto e entregue às hienas. E o povo? O povo que se lasque. Este modelo de política com a oposição venenosa e de má-fé não tem nada de ético ou saudável. O povo só precisa enxergar isso. Seja o PT ou o PSDB que manejem uma oposição assim. Num modelo de sociedade mal informada e com a imprensa restrita, esse modelo pode até convencer a incautos. Mas num Brasil da atualidade o risco de uma oposição deste tipo é imenso. Depois que a imprensa passou a ver rostos, expressões e discursos dos médicos cubanos, houve uma ligeira tendência de aumentar a aceitação. São profissionais qualificados e, como verdadeiros médicos, não recusam "missões" a necessitados e esquecidos. O fato é que o Brasil – inclua-se aí o governo Lula – não tomou atitude similar. Mas quando Dilma resolve fazer, com a previsão de uma ótima impactação, a oposição mostra os dentes. Mais do que a política ou o jogo de interesses pode estar em cena. Fica patente a burrice. E com ela não se precisa perder muito tempo. Artigo publicado no Observatório Geral

Fonte: http://www.brasil247.com

RICARDO E MINISTRO ASSINA ORDEM DE SERVIÇO PARA INÍCIO DAS OBRAS DA TRANSPOSIÇÃO NA PARAÍBA

A Paraíba obteve, nesta segunda-feira (26), a garantia do início das obras da meta 3 leste da integração das bacias do Rio São Francisco. O governador Ricardo Coutinho e o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, assinaram a ordem de serviço, que prevê investimentos da ordem de R$ 705 milhões. A solenidade aconteceu no Espaço Cultural do município de Monteiro, às 16h. Até o final de novembro, 4.000 pessoas terão sido contratadas para trabalharem nas obras do Eixo Leste. Na Paraíba, serão empregadas cerca de 1.000 pessoas. Os 500 primeiros operários serão contratados dentro de poucos dias no Estado e nos Estados vizinhos. Cerca de 1.000 máquinas serão empregadas nas diversas frentes de trabalho e a prioridade será a contratação de mão-de-obra local. Um canteiro de obras será instalado em Monteiro. “Fica a minha certeza, o Cariri paraibano jamais será o mesmo depois dessa obra, depois desse processo. O Cariri não vai mais retroceder, a tendência é uma só, é avançar com água, com estradas, e com isto vem o desenvolvimento, o crescimento da economia”, declarou o governador Ricardo Coutinho, revelando que nesse processo da chegada das águas o Estado entra com sistema de ampliação do abastecimento d’água, com esgotamento sanitário, além das parcerias com o Governo federal para a construção de adutoras, a exemplo de Camalaú e do Congo, localizadas em outras áreas. “Esse é um momento muito especial”, comemorou. Ricardo Coutinho afirmou que esta segunda-feira é histórica para Monteiro e para a Paraíba e agradeceu à presidente Dilma Rousseff e ao ministro Fernando Bezerra pela decisão de avançar com as obras da transposição que a partir de agora se torna realidade no Estado. O governador disse que a Paraíba será o estado que terá maior número de municípios beneficiados com as águas do São Francisco em todas as regiões. O ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra anunciou que no Eixo Leite e no Eixo Norte, até o final de 2014, haverá água na extensão de 100 quilômetros em cada um dos eixos. Todo o empreendimento será concluído em 2015. “Esse contrato que estamos assinando e a ordem de serviço que estamos emitindo representa a última frente de serviços a ser remobilizada do Eixo Leste que tem 220 km e vamos começar a obra agora no sentido da Paraíba para Pernambuco”, destacou. Fernando Bezerra lembrou que o projeto básico da transposição de águas do São Francisco foi feito no governo Fernando Henrique Cardoso em 2011, mas foi o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que tirou a obra do papel e agora a presidente Dilma dá celeridade. “A partir de agora, a contagem é regressiva para concluir a maior obra hídrica da história do Nordeste. A partir de agora, cada dia é um dia a menos”, garantiu o ministro. O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, afirmou que o dia de hoje marcará para sempre a vida de cada um dos paraibanos. “Aqui hoje houve espírito público. Unidos, eu tenho certeza que muito mais nós podemos trazer para a Paraíba”, declarou. Para o vice-governador Rômulo Gouveia, o esforço do governador Ricardo Coutinho e da bancada federal paraibana somou forças e contribuiu para que as obras de transposição do São Francisco chegassem à Paraíba. O senador Cássio Cunha Lima destacou a importância da assinatura da ordem de serviço e afirmou que o trabalho da Comissão de Fiscalização do Senado vai ser intensificado agora com a retomada das obras. “Nós, os três senadores paraibanos participamos dessa comissão e vamos fazer a nossa parte com essa fiscalização permanente”, pontuou. A prefeita de Monteiro, Ednacé Henrique, disse que o dia é um marco histórico para o Cariri paraibano. “Essa terra de homens e mulheres fortes terá dias melhores. Hoje está se dando um passo muito importante na vida dos monteirenses, caririzeiros e paraibanos”, ressaltou. Esta é a última licitação das obras complementares do Eixo Leste - Meta 3L - do Projeto de Integração do Rio São Francisco. A proposta do Consórcio Bacia do São Francisco, no valor de R$ 705,2 milhões, foi a ganhadora do processo licitatório. O grupo vencedor é formado pelas empresas SA Paulista e FBS Construtora. O Projeto de Integração do Rio São Francisco vai atender mais de 12 milhões de pessoas e já é considerado a maior obra de infraestrutura hídrica construída no Brasil, estando inclusive entre as maiores do mundo. O Projeto de Integração do Rio São Francisco faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. Com conclusão prevista para 2015, o empreendimento vai garantir a segurança hídrica de mais de 390 municípios, localizados nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Obras complementares: Em junho deste ano, o governador Ricardo Coutinho e o ministro Fernando Bezerra autorizaram as obras da 3ª etapa do Canal Acauã-Açaragi, que tem investimentos previstos de R$ 104 milhões e vão garantir o suprimento hídrico para abastecimento e irrigação de 38 municípios paraibanos, beneficiando mais de 590 mil famílias. Esse canal é uma obra que dará ainda mais alcance às águas transpostas do Rio São Francisco, que chegarão até Acauã. A grande adutora de mais de 100 quilômetros levará abastecimento d’água à região do Cariri.

FONTE: COM SECOM

O PT sabe que participa do “blocão” ou só Luciano Cartaxo sabe disso?

O jantar já tinha sido servido quando o blog recebeu a informação de que o café da manhã realizado nesta segunda entre lideranças do tal blocão, teoricamente formando pelo PT/PP/PSC e agora do PEN e do PTB, ainda não tinha sido bem digerido por algumas lideranças petistas. É que alguns petistas passaram o dia se perguntando se Luciano Cartaxo estava ali representando os interesses do partido ou apenas de si mesmo. E principalmente: alegam que no PT, partido que costuma mais do que os outros, ressalte-se, tomar decisões respeitando as tais instâncias partidárias, não houve decisão alguma sobre as discussões em torno da aliança com o PP, o PSC, o PEN e o PTB. É bom lembrar que na mesa reunida nesta segunda apenas o PT estava representando por quem não faz parte da direção do partido. O restante contava com a presença de seus respectivos presidentes estaduais. Assim, antes de passar manteiga no PT e servi-lo de bandeja ao blocão, Cartaxo precisa ter respaldo do partido. O que vai ser dito por aí, publicamente inclusive, nas próximas horas a respeito da participação do PT no blocão, não deverá causar boa digestão no prefeito de João Pessoa.

Dirigentes do PT criticam aliança com PMDB

Debate entre os candidatos a presidente do PT: concentração de poderes no partido e surgimento de novo campo majoritário foram alvos de reclamações Cinco dos seis candidatos à presidência nacional do PT criticaram ontem a atual política de aliança do governo federal com o PMDB. Na avaliação da maioria dos postulantes, os pemebebistas têm adotado comportamento de oposição à presidente Dilma Rousseff no Congresso. No primeiro debate promovido pelo partido com os candidatos ao comando do PT, em São Paulo, postulantes reclamaram também da concentração de poderes na legenda e do surgimento de um grupo majoritário, a exemplo do que marcou o PT antes de 2005 e que se envolveu no mensalão. À frente do segundo cargo mais importante do partido, o secretário-geral e candidato, deputado Paulo Teixeira (SP), reclamou da forma como tem se dado a aliança com o PMDB e disse que o PT não pode ser submisso. "Defendo a aliança, mas não do jeito como está sendo feita. Precisa de um debate mais qualificado, de nitidez programática. Precisa ter equilíbrio na relação", disse Teixeira, depois do debate, repetindo críticas feitas no evento. O dirigente afirmou que o PT precisa se empenhar em alianças com PCdoB, PDT e PSB. Teixeira criticou a concentração de poderes do atual grupo dirigente. "Por que tivemos uma crise em 2005? Porque um grupo se assenhorou do PT e cometeu erros. Estamos voltando a esse momento de um grupo se assenhorar e tirar o aspecto colegiado do partido", disse no debate. Depois, reiterou. "Vejo o ressurgimento do Campo Majoritário. Isso para o PT é muito ruim", disse. "A formação de uma maioria que não leva em conta decisão colegiada leva a erros. Não podemos repetir isso". Secretário nacional de movimentos populares e candidato, Renato Simões disse que o PMDB precisa definir se quer participar do governo. "Hoje a atuação do vice-presidente da República, do presidente da Câmara e do presidente do Senado vem fortalecendo as estratégias de impedir as reformas que o PT defende", disse. "Se não temos acordo programático hoje, por que teríamos em 2014?" Integrante da Executiva petista, Simões disse que o PMDB vive um dilema no governo federal. "É um partido que reivindica cada vez mais espaço no governo, cria as dificuldades para vender as facilidades e não entrega a mercadoria. Nós não estamos mais inclinados a manter essa situação num segundo período de governo da presidente Dilma", afirmou depois do debate, seguindo a mesma linha crítica que usou no evento partidário. "Se o PMDB não aceita o programa que o PT defende, não deve estar junto no primeiro turno". Para o candidato Valter Pomar, o PMDB tem dado ao governo federal "maioria nominal" no Congresso, mas não tem votado de acordo com os interesses da presidente Dilma Rousseff. Integrante do Diretório Nacional, Pomar disse que o aliado derrotou o governo e o PT em votações importantes e defendeu condições para a renovação da aliança: o PMDB tem de se comprometer com a aprovação das reformas política e tributária defendidas pelos petistas. O candidato Markus Sokol classificou o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), como "sabotador" do governo. A mesma linha crítica foi adotada pelo candidato Serge Goulart, que vinculou o mensalão às alianças feitas pelo PT para eleger Luiz Inácio Lula da Silva. Tanto Sokol quanto Serge integram o Diretório Nacional. Com um discurso dissonante em relação aos demais candidatos, o presidente do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP), defendeu a atual aliança com o PMDB e disse que o acordo deve ser mantido em 2014. "Hoje a política majoritária é de aliança prioritária com o PMDB, sem excluir os outros partidos. Isso vai ser qualificado por um programa que vamos apresentar nas eleições", disse o candidato à reeleição. "Não pode haver tergiversação política". Falcão citou como exemplo da "fidelidade" do PMDB o apoio no Congresso para impedir a derrubada de vetos presidenciais. "Essa vitória do governo só foi possível porque há maioria no Congresso. Uma maioria que não é o PT". O presidente do PT defendeu a realização de uma reforma política e disse que o partido vai protocolar amanhã no Congresso requerimento para a realização de um plebiscito sobre esse tema. Segundo o dirigente, os petistas coletaram as 171 assinaturas necessárias para apresentar o pedido. Para que plebiscito seja aprovado, são necessários 257 votos favoráveis.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Lei da Mídia Democrática é lançada em Brasília e quer ser nova Ficha Limpa

Jornalistas, intelectuais, parlamentares e representantes dos movimentos sociais participaram na última quinta (22/08), no Congresso, do lançamento da proposta de projeto de lei (PL) que regulamenta o funcionamento de meios de comunicação, a chamada Lei da Mídia Democrática. Até o momento, cerca de 50 mil pessoas já subscreveram o texto. Mas o desafio é bem maior: colher 1,3 milhão de assinaturas para que a proposta seja aceita pelo Congresso como projeto de lei de iniciativa popular, a exemplo do que ocorreu com a Lei da Ficha Limpa. Articulada pelo Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC), a proposta foi construída a partir de ampla participação popular. Conta com o apoio do movimento sindical e popular para regulamentar artigos da Constituição de 1988 que permanecem letra morta, como a proibição de concessões de rádio e TV para políticos em exercício de mandato e grupos ligados às igrejas, além da limitação de no máximo cinco canais por empresa. A proposta também prevê o direito de resposta, a criação do Conselho de Comunicação, o fim do aluguel de espaço na grade de programação e a proibição da transferência de licenças. De acordo com a presidente do FNDC, Rosane Berttodi, o modelo de mídia brasileiro é um dos mais concentrados do mundo. Menos de 10 famílias controlam 70% dos veículos. Só a família Marinho, da Rede Globo, detém 38,7% do mercado, seguida pelo bispo Edir Macedo, maior acionista da TV Record, que possui 16,2%. Pesquisas apontam que, a cada um R$1 gasto em comunicação, R$ 0,45 vai apenas para uma emissora de comunicação. “É uma concentração de poder, de fala e de recursos”. O problema, ainda segundo Rosane, também é geográfico. “Há 33 redes de TV identificadas no país, sendo que 24 delas estão sediadas em São Paulo. O mundo de São Paulo é importante, mas este Brasil é imenso, sua cultura é imensa, e ele precisa se desenvolver como um todo”. Ela criticou também a alta concentração de emissoras em mãos de políticos, citando pesquisas que apontam que 271 concessões de TV estão nas mãos deles. Para a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que presidenta Frente Parlamentar em Defesa da liberdade de Expressão, a proposta de iniciativa popular é o resultado de um amplo debate ao longo dos anos, que teve seu ápice há três anos, durante a Conferência Nacional de Comunicação. "Esse PL vêm de encontro à legitimidade e à representatividade das forças mais comprometidas com uma reforma estrutural importante, que é a reforma dos meios de comunicação". O deputado Nilmário Miranda (PT-MG) lembrou que os avanços, nesses 25 anos de Constituição, foram muitos pequenos, já que a sociedade ainda convive com a propriedade cruzada e a não regionalização da produção cultural, artística e jornalística. “Hoje, os movimentos do campo e da cidade estão ciente que, sem a reforma da mídia, não haverá outras reformas no Brasil”, afirmou o deputado Nilmário Miranda (PT-MG). A deputada Luciana Santos (PCdoB-PE) ressaltou que iniciativas populares, como a lei da da Ficha Limpa, demonstram o vigor da luta dos movimentos sociais para enfrentar temas que esbarram em grandes interesses econômicos e políticos. “São poucas famílias que dominam esse negócio, porque, infelizmente, a comunicação ainda é um negócio. (...) A constituição é clara: não pode haver monopólio”. O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) acrescentou que o país, que tem um das mídias mais concentradas do mundo, agora começa também a discutir limitações para a internet. “A democratização da comunicação brasileira talvez seja a maior alavanca de consciência popular. (...) Criar o instrumental necessário para democratizar a comunicação é vital”, afirmou. De acordo com o FNDC, a primeira contagem de assinaturas da lei ocorrerá em 22 de setembro. Conheça o texto da proposta

Fonte: www.cartamaior.com.br

20 milhões de famílias do Cadastro Único do Governo Federal podem contratar telefone popular

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) antecipou o cronograma de atendimento do telefone popular, também conhecido como Acesso Individual Classe Especial – ou Aice. A partir de agora, todas as famílias incluídas no Cadastro Único do Governo Federal poderão contratar o serviço, que tem assinatura básica mensal de R$ 9,50 (sem impostos). No total, 20 milhões de famílias brasileiras podem ser atendidas. O Acesso Individual Classe Especial (Aice) já está disponível, desde junho de 2012, para famílias com renda de até um salário mínimo, e desde junho de 2013, para aquelas com renda de até dois salários mínimos. Inicialmente, o cronograma previa o atendimento a todas as famílias, independentemente da renda, a partir de junho de 2014. Quem quiser contratar o serviço precisa ter as informações no Cadastro Único atualizadas há no máximo dois anos, especialmente a renda familiar e o endereço. Assinatura reduzida e habilitação facilitada Esse telefone possui as mesmas características técnicas do telefone fixo convencional, porém com assinatura reduzida e facilidades de pagamento do valor da habilitação (com possibilidades de parcelamento). Além disso, permite um maior controle de gastos, uma vez que o consumo além da franquia será efetuado mediante a compra de créditos. Como adquirir o telefone popular: Para solicitar o telefone popular, o responsável familiar deve entrar em contato com a concessionária de telefonia de sua região, tendo em mãos CPF e Número de Identificação Social (NIS). Caso o CPF não tenha sido informado no Cadastro Único, é preciso informar o número do título de eleitor ou o Registro Administrativo de Nascimento Indígena (RANI), para o atendimento da concessionária. Prazo: O prazo máximo para a concessionária instalar a linha do telefone popular é de 7 dias, após a contratação.

Fonte: Portal Planalto com informações do Ministério das Comunicações

Conceito Base Zero promete acabar com escassez de água no Semiárido


O assunto foi discutido recentemente em Recife na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC

Afogados da Ingazeira (PE) Há mais de quase quatro décadas, o engenheiro mecânico José Artur Padilha desenvolve um projeto chamado Conceito Base Zero (CBZ), que promete, dentre outras coisas, resolver o problema da escassez de água na região do Semiárido. Através da construção de barragens subterrâneas em forma de arco romano deitado. Com custo baixíssimo, a água é armazenada debaixo do chão, praticamente livre da salinização e da evaporação que há mais de um século tornam os mananciais de superfícies, como os açudes, fragilizados diante do nosso clima. As barragens são construídas de forma simples, sem argamassa ou escavações;FOTO: CID BARBOSA; A experiência de Zé Artur Padilha, 70 anos, vem sendo realizada nos 600 hectares da Fazenda Caroá, de sua propriedade, em Afogados da Ingazeira, cidade distante 380 quilômetros de Recife e foi adotada pela Agenda 21 na Área de Agricultura Sustentável do Governo Federal. No último mês de julho, o assunto foi discutido no âmbito da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Por ocasião da sua explanação, Padilha apresentou a reportagem sobre o CBZ publicada pelo Diário do Nordeste, no dia sete de abril passado, bem como uma matéria realizada pela TV Diário, através do repórter Flávio Rovere e do cinegrafista José Melo. Conceito: De acordo com Padilha, o CBZ preceitua que "para obter-se o aproveitamento máximo permanente da energia incidente numa dada área agrícola, é necessário ajustar as condições do terreno aos fluxos naturais da água, favorecer sua retenção sem que se provoque salinização e otimizando o uso da biomassa e dos elementos do solo". O engenheiro lembra que "as chuvas quando caem geram enxurradas destrutivas que saem das bacias hidrográficas muito rapidamente e não conseguem recarregar os aquíferos. Para enfrentar essa situação, são construídos açudes, os quais, no entanto, não resolvem a situação e, em certos lugares, até agravam os problemas, devido ao fenômeno da salinização das águas represadas". Em relação às barragens, Padilha explica que "têm o formato de arco romano deitado e rampado. São feitas exclusivamente com pedras do próprio local, sem argamassa, arrumadas de modo inteligente, de forma que trabalhem estruturalmente quase a uma compressão pura. Os barramentos, acoplados em série, acabam formando platôs por conta da erosão natural provocada pelas chuvas nas encostas adjacentes", frisa Padilha. Segundo ainda o engenheiro, "esses platôs são férteis, possibilitando a produção agropecuária normal, pois a água que escoa rapidamente, fica armazenada muito mais tempo neles, devido à lenta percolação através do solo e dos estragos geológicos imediatamente abaixo e pode ser utilizada durante todo o ano, incluindo o período de estiagem". Questionado pela reportagem sobre quantas barragens seriam necessárias para cobrir toda a área de 1.633.200 km² do Semiárido. Zé Artur Padilha diz que, "considerando-se uma topografia com movimentação/variabilidade de altitudes, em média, em toda a região, julgo que seriam necessários de três a quatro barramentos de tamanhos variáveis por hectare. Isso resultaria em 360 milhões de diques-barramentos, entre micro, médias e grandes. Esse número parece assustador. Mas, se mobilizarmos 12 milhões de pessoas para construir em média 30 barramentos/pessoa, seriam necessários apenas seis anos para revolucionar todo o Semiárido". Custo mínimo: No que diz respeito aos custos, Padilha enfatiza que é uma estimativa difícil "dada a total variabilidade de situações. O custo pode variar desde valores mínimos, por exemplo, R$ 50,00 a R$ 1 milhão, se for no Rio Jaguaribe, por exemplo. O investimento pode parecer alto, mas é mínimo, se levarmos em consideração os benefícios que corrigirão os desperdícios que foram cometidos historicamente com a construção de gigantescos açudes sujeitos à evaporação". Tecnologia social: O Conceito Base Zero se enquadra entre as tecnologias sociais, que são ações de pequeno porte com grandes resultados, de baixo custo e que envolvem a mão de obra da própria comunidade. Zé Artur faz questão de ressaltar que o CBZ deve ser aproveitado juntamente com outras tecnologias que já ajudam o sertanejo a conviver com as adversidades da região. É o caso das cisternas idealizados pela Articulação do Semiárido (ASA) e que foram adotadas pelo governo federal com grande êxito. "Todas essas ações conjuntamente podem mudar o perfil da região". Em plena estiagem, constatamos na Fazenda Caroá os efeitos das barragens implantadas por Zé Artur Padilha. Ali, os animais têm água à disposição durante os 365 dias do ano graças a um simples sistema de abastecimento d água. No ponto alto da propriedade, foi construída uma cacimba entre duas barragens. É dali que, por meio da força de gravidade, e de 20 quilômetros de encanamento, a água é levada para 50 bebedouros espalhados pela propriedade. “Os barramentos viabilizaram a acumulação de água no subsolo e a construção do sistema gravitacional de condução, armazenamento e distribuição de água subterrânea rasa. Essa água mostra uma diminuição da salinização natural, devido às lavagens por escoamentos superficiais ou lixiviações (separação do sal) subterrâneas, que a chuva e a topografia favorecem", conta Padilha. Microbacia: Sobre os barramentos, o engenheiro diz que é necessário destacar dois pontos. "Eles só devem ser construídos tendo em vista a microbacia como um todo, o que exige um cuidadoso estudo completo de toda a área por parte de construtores treinados. Além disso, exige um compromisso social muito grande. O conhecimento pode ser adquirido em treinamento de um único dia". “Nas primeiras enxurradas, será necessário nivelar repetidas vezes a crista afetada pela acomodação das pedras. A manutenção pode ser necessária depois do período inicial caso ocorram chuvas muitos fortes no período", conclui Padilha. Condições necessárias: 1) Apenas uma pequena área da bacia pode ser explorada para fins agrícolas enfatizando-se uma exploração de culturas permanentes como as de fruticulturas e respeitando as características da microbacia hidrográfica onde está inserida; lembrando que essa microbacia faz parte de uma bacia hidrográfica maior; 2) O tamanho da área agrícola deve ser calculado em função da precipitação e da evapotranspiração anual; 3) A área agrícola deve situar-se a jusante da área preservada; 4) O restante da microbacia deve ser explorado indiretamente mediante a preservação de sua flora original submetida a um extrativismo em proporções racionais da lenha naturalmente morta ou de estacas e mourões para cercas divisórias. Porém a região preservada é explorada indiretamente pelo homem por meio da pecuária extensiva, que exige um manejo adequado para não degradar o ecossistema. REPÓRTER (FERNANDO MAIA)

Fonte: 
http://diariodonordeste.globo.com

Parlamentar aposta que PMDB e PT estarão juntos na PB

Parlamentar aposta que PMDB e PT estarão juntos na PB e sugere uma composição entre Vené e Lucélio: “É a chapa perfeita para vencer” Vereador peemedebista minimizou a possibilidade de aliança com o PSDB

ntegrante da base aliada do prefeito Luciano Cartaxo (PT), o vereador Fernando Milanez (PMDB) defendeu que PMDB e PT repitam na Paraíba a aliança nacional que deve ser mantida no plano nacional para o projeto de reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT). “Como todos sabem, o PMDB tem em Veneziano um candidato forte e viável. Uma aliança com o PT seria imprescindível para a nossa vitória. Apoiaremos Dilma e acreditamos que ela também nos apoiará na Paraíba”, declarou ‘Mila’, como é carinhosamente conhecido na Câmara Municipal. Ele ainda sugeriu o nome de Lucélio Cartaxo para indicação na chapa majoritária encabeçada pelo PMDB. “O PT tem um nome perfeito para compor a chapa de Veneziano, seja como senador ou como vice, é o superintendente da CBTU, Lucélio Cartaxo, que é jovem, de boa índole e já está habituado com a vida pública por estar sempre presente nas atividades do irmão. Ninguém mais do que Lucélio será capaz de associar esse êxito da gestão Cartaxo à chapa de oposição. Além disso ainda tem a semelhança física de Luciano, que ajuda muito. É a chapa perfeita para vencer”, sustentou Milanez. O vereador peemedebista também minimizou a possibilidade de aliança com o PSDB na Paraíba em 2014. “Se o PSDB não apresentar a candidatura do senador Cássio Cunha Lima, acredito que eles devem apoiar a reeleição do governador. O PMDB só trabalha com a tese de candidatura própria e acreditamos na aceitação do nosso projeto pelos paraibanos. Veneziano vai chegar lá declarou o 'confiante' parlamentar pessoense.

Fonte: http://www.pbagora.com.br

Dois ministros estarão hoje na PB para assinar ordem de serviço e inaugurar obra

Os ministros da Integração, Fernando Bezerra, e das Cidades, Aguinaldo Ribeiro estarão hoje na Paraíba. O ministro da Integração Nacional assinará, ao lado do governador Ricardo Coutinho, a ordem de serviço para início das obras da meta 3 leste da transposição do Rio São Francisco, cujo trecho está situado entre o reservatório Barro Branco, em Custódia (PE), e o reservatório Poções. A solenidade acontecerá às 15h30, no Espaço Cultural, localizado na Rua Alcindo Bezerra de Menezes, no centro de Monteiro. O Projeto de Integração do Rio São Francisco faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. Com conclusão prevista para 2015, o empreendimento vai garantir a segurança hídrica de mais de 390 municípios, localizados nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Já o ministro Aguinaldo Ribeiro inaugura a obra de macrodrenagem urbana da bacia do Canal do Frango, em Patos. O investimento é de R$ 27,6 milhões e beneficia 5.445 famílias. A construção contempla os bairros do Morro, Liberdade, Jardim Queiroz, Novo Horizonte, Belo Horizonte, Noé Trajano e Jardim Europa até desaguar no Rio Espinharam. As obras são para controlar as cheias e evitar inundações, além de minimizar riscos e prejuízos em áreas de extensão significativa. A macrodrenagem da bacia teve inicio em dezembro de 2011 e inclui os serviços: canal em concreto, pontilhões, pavimentação, calçadas laterais, iluminação e arborização.

Fonte: http://www2.luistorres.com.br

domingo, 25 de agosto de 2013

Programa Mais Médicos oferece vaga e infra-instrutora, diz Padilha

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, é médico infectologista formado pela Universidade de Campinas (Unicamp), com pós-graduação pela Universidade de São Paulo (USP). Atuou como coordenador do Núcleo de Extensão em Medicina Tropical da USP em Santarém, no Pará. Carrega na bagagem a experiência de atuar, durante muitos anos, junto à população mais carente do País. Essa vivência motivou o ministro a implantar o Programa Mais Médicos, lançado no mês passado pela presidenta Dilma Rousseff. Nesta entrevista exclusiva ao PT na Câmara, Padilha pontua o alcance e a importância das medidas estruturantes que serão implementadas a partir da instituição do programa. PT na Câmara: O programa tem como objetivo equacionar um dos gargalos da saúde pública do País que é a presença do médico em todos os municípios do Brasil. O senhor acredita que o programa vai alcançar esse objetivo? Alexandre Padilha: O esforço do Programa Mais Médico é estimular médicos brasileiros que queiram ir para a periferia das grandes cidades e municípios do interior. Eles vão receber R$10 mil líquidos mensais do Ministério da Saúde. Além disso, terão apoio para deslocamento e acompanhamento pela universidade. Nos primeiros 15 dias de inscrições, tivemos mais de 1600 médicos que aceitaram esse desafio. Em setembro, os novos contratados devem atender mais de seis milhões de brasileiros que não tinham médicos perto da sua casa. PT na Câmara: O programa, além de suprir a deficiência de médico, pretende dar mais qualidade ao Sistema Único de Saúde? AP: Juntamente com os médicos, está indo recurso que amplia custeio para manutenção das unidades de saúde. Cem por cento dos municípios que recebem os médicos nessa primeira etapa também já estão no Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), que tem monitoramento do atendimento pelas universidades; e 100% dos municípios também já executam obras para melhorar a infraestrutura. Ou seja, as medidas em relação à infraestrutura e aumento do custeio já estão indo com os médicos. PT na Câmara: A deficiência no número de médicos em relação ao número de habitantes não tem a ver com o currículo dos cursos de medicina? AP: Além da urgência de termos mais médicos no Brasil, é muito importante uma mudança na formação do profissional médico hoje. Esse profissional, atualmente, passa por uma especialização precoce e, muitas vezes, passa o curso inteiro sem um contato mais permanente com a realidade do povo brasileiro. PT na Câmara: O senhor pode detalhar melhor essa questão? AP: Vou citar um exemplo concreto: um estudante de medicina, hoje, durante os seis anos, não tem a oportunidade de acompanhar a mesma gestante do pré-natal aos nove meses de gravidez; não acompanha o parto dessa gestante e nem faz o acompanhamento da criança dessa gestante nos primeiros seis meses de vida. Isso demonstra que precisamos fazer uma mudança na formação do profissional médico. O Programa Mais Médicos também prevê o aumento desse contato, e, com isso, formaremos médicos cada vez mais qualificado, conhecendo mais a realidade do nosso povo. PT na Câmara: Houve por parte de algumas entidades médicas a tentativa de boicotar o programa. Porque aquele que jurou salvar vidas se recusa a participar ou defender um programa que tem esse objetivo? AP: Eu respeito qualquer tipo de crítica ou manifestação que vise ao aprimoramento. O Congresso Nacional vai aprimorar a proposta. Estamos debatendo, acompanhando, e todas as sugestões são bem-vindas. O que lamento são as atitudes que tentam prejudicar a população. Lamento, por exemplo, que se cancele cirurgias ou exames, prejudicando, exatamente, a população que usa os serviços do SUS e que necessita desse atendimento. Como também lamento qualquer postura que tenha servido para postergar a chegada dos médicos à população. PT na Câmara: Pesquisa recente aponta que a população começou a perceber a importância do programa. E, que, a maioria aprova a criação do Mais Médicos. Qual a avaliação o senhor faz dessa pesquisa? AP: A população começa a perceber que o governo federal está usando todas as estratégias possíveis para atacar um problema emergencial. Temos municípios e unidades de saúde que não têm médico na atenção básica que atue nos primeiros cuidados e que resolveria 80% dos problemas de saúde. Através do Programa Mais Médicos estamos oferecendo infraestrutura, ampliando vagas, dando oportunidade para jovens que querem fazer medicina. Além disso, estamos dando oportunidade aos médicos que se formam de poderem fazer especialização através da residência médica. Acredito que, aos poucos, estamos mostrando à população que esse programa não tira emprego de nenhum médico brasileiro e, sim, dá mais oportunidade a esses profissionais de poderem trabalhar. São 35 mil postos de trabalho criados com os investimentos de infraestrutura. Todas essas ações estão sendo avaliadas positivamente pela maioria da população. PT na Câmara: E sobre a polêmica em torno da vinda dos médicos estrangeiros? AP: Os médicos formados em outros países só virão trabalhar nas vagas não ocupadas por médicos brasileiros. É um programa que vai fazer uma avaliação da qualidade dos médicos que venham a trabalhar no Brasil. A população está entendendo isso e certamente vai entender ainda mais quando esses médicos chegarem para trabalhar a partir de setembro. PT na Câmara: Ministro, as manifestações contrárias levaram o senhor a pensar, em algum momento, em desistir do programa? AP: Pelo contrário. Sou um ministro que não fica parado em gabinete. Vou às unidades de saúde, aos hospitais. A realidade de saúde do nosso povo só reforça a importância desse programa. Iremos até o fim com ele. O que nos move é levar médicos para a população que hoje não tem médico perto. Usaremos todas as estratégias possíveis para levar profissionais médico. Leia também: Mais de 70% dos médicos cubanos vão para o Norte e Nordeste. "O motivo do Mais Médicos é para suprir as necessidades do país"

Fonte: www.vermelho.org.br

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Margarida Alves: símbolo de mobilização da mulher trabalhadora

"Enfeite-se com margaridas e ternura e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim." Carlos Drummond de Andrade.

A luta de Margarida tomou grande repercussão. Ela passou a receber ameaças e recomendações de que parasse de "criar caso". E no dia 12 de agosto, há 30 anos, as ameaças se cumpriram. No Congresso de fundação da CUT, em 28 de agosto de 1983, uma das construtoras desse novo e grande projeto sindical, uma líder de garra, que lutava por justiça e igualdade no campo e estava a uma semana de completar 50 anos, não estava presente. Seu nome: Margarida Maria Alves. Seu trabalho: sindicalista. Suas frases marcantes: "é melhor morrer na luta, do que morrer de fome" e "da luta eu não fujo". Sua vida: ceifada, a mando do latifúndio. Além de fundadora do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural, a líder de pés na terra, presidia o Sindicato de Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande - PB. Obteve grande destaque na região e no país por atuar junto aos trabalhadores rurais na busca pela garantia dos seus direitos básicos. Promovia campanhas de conscientização. As trabalhadoras e trabalhadores rurais então, apoiados pelo Sindicato, moviam ações na Justiça do Trabalho, para o cumprimento da legislação trabalhista, exigindo carteira de trabalho assinada, 13º salário, redução das extenuantes jornadas e férias. Passos fundamentais para acabar com o trabalho escravo vivenciado na própria carne por Margarida e seus companheiros. Tanto era seu esforço que, à época do assassinato havia mais de 70 reclamações trabalhistas contra donos de usinas de cana-de-açúcar. A luta de Margarida tomou grande repercussão. Ela passou a receber ameaças e recomendações de que parasse de "criar caso". E no dia 12 de agosto, há 30 anos, as ameaças se cumpriram. Na porta da própria casa, o rosto expressivo e forte da líder sindical foi desfigurado por um tiro de rifle, na presença de seu marido e de seu filho, colocando fim a uma vida de lutas e enlutando família, amigos e companheiros de jornada. Mas, ao tempo que a vida da aguerrida e destemida sindicalista se esvaía, a luta se reconfigurava e se fortalecia através do coro de vozes que exigia justiça. Este som se amplificou, ressoou na região, no Brasil e mais longe: na Comissão Interamericana de Direitos Humanos e na Organização dos Estados Americanos. Infelizmente ela não foi a primeira e nem a última mártir a perder a vida lutando por melhores condições de trabalho e de vida. Trazemos aqui o também sindicalista, seringueiro, ambientalista de renome internacional, e dirigente nacional da CUT, Chico Mendes; o extrativista, fundador do Sindicato das Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais de Brasiléia – AC, Wilson Pinheiro; o padre Josimo, coordenador da Comissão pastoral da Terra do Bico do Papagaio, assassinado a mando de fazendeiros por sua defesa dos trabalhadores ruraris; a missionária Dorothy Stang, assassinada por defender assentamentos em terras públicas. E soma-se ainda aos casos de extermínio de trabalhadoras e trabalhadores, o casal de extrativistas de Nova Ipixuna – PA, Maria do Espírito Santo e José Claudio Ribeiro da Silva, assassinados em 2011. Esses casos integram uma triste lista de crimes que certificam a ausências de proteção, de justiça, de respeito aos direitos fundamentais. Fortalecem a sensação e a concretude da ausência do Estado. São milhares de trabalhadoras e trabalhadores que, invisíveis ao Poder Judiciário, à imprensa, à sociedade, às instituições públicas, tombaram e tombam na luta. A impunidade tem sido, ao longo da história, uma lamentável realidade nos crimes cometidos contra a classe trabalhadora, especialmente no campo, onde se banaliza a vida de quem luta pelo direito à terra, por condições de trabalho dignas; por água, saneamento básico e ambiental; por moradia; por escoamento da produção, crédito, alimentos saudáveis; por direito à organização sindical, pela redução da jornada de trabalho, por salário digno e decente, por qualidade de vida, pela solidariedade de classe. Os levantamentos da Comissão Pastoral da Terra – CPT, apontam que, desde 1985, apenas 8% dos conflitos agrários foram a julgamento. Até 2011, a CPT registrou 1186 ocorrências, 641 delas na Amazônia Legal. Só no Pará foram registrados 408 casos num total de 621 mortes. E, diante de tantas mortes, Margarida se tornou um símbolo de força, de coragem, de resistência. Um exemplo e um estímulo para a luta. Uma força mobilizadora que inspirou a criação da "Marcha das Margaridas", promovida e organizada pela Contag desde 2000, cuja tarefa inicial foi desenvolvida de forma marcante pelas companheiras Raimunda Celestina de Mascena, conhecida como Raimundinha, e Carmen Foro, e que continua atualmente sob a liderança de Alessandra Luna, Secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag. Esse encontro de milhares de mulheres fortalece a resistência, a luta contra todas as formas de discriminação, contra a violência no campo, por igualdade de gênero, por justiça e paz. Fortalece especialmente a identidade estabelecida pelo movimento de mulheres do campo, das águas, das florestas, das cidades. Essas mulheres, engajadas e inspiradas pela representante da flor branca, símbolo de paz, se articulam e atuam, fazendo com que suas vozes reverberem para milhões de outras no Brasil e em outros países. A Marcha das Margaridas é a maior mobilização de mulheres trabalhadoras. Como estratégia política construída pelas mulheres trabalhadoras rurais organizadas nos movimentos sociais e sindicais, a ação dá visibilidade, reconhecimento social e político para combater a fome, a pobreza, a violência. É a expressão da luta por terra, trabalho, dignidade, justiça . igualdade, cidadania plena. A Jornada das Margaridas 2013 é centrada em quatro eixos fundamentais: Biodiversidade e Democratização dos Recursos Naturais; Terra, Água e Agroecologia; Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional; e Autonomia Econômica, Trabalho e Renda. Nesses 30 anos de existência, a CUT se solidariza e é parte integrante da luta das mulheres. No Congresso de 2003, a Central criou a Secretaria da Mulher Trabalhadora, consolidando 17 anos de organização das mulheres no âmbito sindical cutista, reconhecendo a importância da contribuição destas enquanto sujeitos sociais e políticos. A partir de então, tem promovido inúmeras ações de fortalecimento da organização das mulheres em nível nacional e internacional. Neste mês de agosto, por exemplo, terá participação ativa no 9º Encontro da Marcha Mundial de Mulheres, onde levará o debate sobre a igualdade no mundo do trabalho. Assim, é imperioso que, especialmente nesse período, prestemos nossa homenagem a todas as trabalhadoras que, incansáveis, lutam por um mundo mais digno e justo. Nossa retribuição à honra daquelas que foram arrancadas do nosso convívio pela ganância dos que escolhem o ter em detrimento do ser. Nosso agradecimento ao exemplo de que a construção de uma sociedade igualitária é possível. Viva as mulheres trabalhadoras! Viva Margarida Alves! Viva a Marcha das Margaridas!

Fonte: http://www.brasil247.com