segunda-feira, 2 de abril de 2012

Investimento social deve estar ligado aos negócios, defende Tereza Campello


Ao participar de debate na capital paulista, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome destacam a importância de adotar ações sociais de larga escala para potencializar superação da extrema pobreza

O investimento social das empresas privadas deve estar diretamente ligado ao negócio de cada uma delas, defendeu a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, ao participar de debate, na última sexta-feira (30), durante o 7º Congresso do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) – Novas Fronteiras do Investimento Social, em São Paulo. Segunda ela, essa é a receita para o sucesso das parcerias público-privadas no combate à extrema pobreza no Brasil.

Tereza Campello participou da mesa “Parcerias empresa-governo no investimento social”, junto com o chefe do Departamento de Economia Solidária do BNDES, Ângelo Fuchs, do diretor da Fundação Vale, Ricardo Piquet, e do gerente do Setor de Oportunidades para a Maioria do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luiz Ros. O tema central do debate foi a integração dos investimentos sociais privados às políticas públicas.

O Brasil atual destacou a ministra, ultrapassou o período de projetos-pilotos. Segundo Tereza Campello, o país vive um ciclo permanente de desenvolvimento social, em que cerca de 30 milhões de pessoas saíram da miséria e 40 milhões emergiram para a classe média. Para ela, a melhor forma de potencializar os investimentos sociais do setor privado é agregando as ações ao negócio da empresa. “Somente isso garantirá escala e a permanência das iniciativas. Ou seja, o dinheiro não deve ser pulverizado em ações piloto e que não dialogam com o negócio”.

Oportunidade – Para tirar da extrema pobreza os 16 milhões de brasileiros que ainda vivem com menos de R$ 70 mensais per capita, é preciso atuar em larga escala, enfatizaram a ministra. Isso prosseguiu não se faz com projetos de pequeno alcance. “Não queremos favor, não queremos filantropia. Queremos fazer negócio com vocês”, disse, ressaltando que a população pobre quer oportunidade para alcançar a autonomia.

Como exemplo, Tereza Campello citou a parceria com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), dentro do eixo de inclusão produtiva do Plano Brasil Sem Miséria. Por meio dela, o segmento supermercadista está qualificando mão de obra e contratando o público do Brasil Sem Miséria.

Além disso, o setor supermercadista está adquirindo produtos de agricultores extremamente pobres, acrescentou a ministra. De acordo com ela, a iniciativa, conjugada às compras públicas do governo federal por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), garante uma demanda firme e permanente, que incentiva a produção e a organização dos agricultores.

“Essa parceria com a Abras é um bom negócio para o setor, porque supre a carência de mão de obra, diversifica a oferta de produtos de qualidade aos consumidores e agrega valor ao negócio ao ajudar a superar a miséria”, disse Tereza Campello. “Essa é uma agenda estratégica para o país. Todos ganham com a superação da extrema pobreza.”

Ascom/MDS
 (61) 3433 1021

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