segunda-feira, 11 de março de 2013

Aos Companheiros e companheiras (Um Notável Reformador)


Infelizmente a grande maioria de nossa população é informada sobre o Brasil e o mundo através do jornalismo reacionário da Grande Mídia (Globo, SBT, Record,BAND, Veja, Época, etc..) que diariamente insiste em querer colonizar nossas mentes. Felizmente, nos últimos anos, tem aumentado o número de veículos de mídia alternativa de posições mais progressistas e comprometidas com a realidade factual. São exemplos, a revista Carta Capital assim como  muitos sites na internet. Todas as vezes que passo nas bancas de jornal compara as manchetes de capa das revistas Veja e Carta Capital. Ontem me deparei com as duas capas abaixo referidas a morte de Hugo Chaves. Sobre a morte de Hugo Chávez e o poder da mídia vale conferir a matéria abaixo do Mino da Carta Capital. O Brasil tem um ponto em comum com a Venezuela: o brutal desequilíbrio social. Havia outro até data recente, representada pela extraordinária semelhança entre a mídia venezuelana e a brasileira, uma e outra a serviço da oligarquia e da treva, sempre e sempre dispostas a inventar, omitir e mentir. Se hoje não há como alegar esta inglória parecença, é porque Hugo Chávez, ao contrário do governo do Brasil, decidiu enfrentar o inimigo. No momento, mais da metade dos órgãos de comunicação venezuelanos são públicos, o que permite restabelecer um razoável equilíbrio entre as forças envolvidas nesta guerra. As palavras guerra e inimigo estão longe de ser exageradas. O ataque ao governo de Dilma Rousseff é feroz e diuturno, assim como foi a Lula e a Chávez. A mídia nativa, aliás, continua na ofensiva contra o líder venezuelano e celebra sua morte como se o odiado inimigo tivesse tombado no campo de batalha. Populista? Por que lutou contra o neoliberalismo e a favor dos desvalidos? Por que defendeu a unidade latino-americana; e o petróleo do seu país? Por que tirou muitos venezuelanos da miséria; e erradicou o analfabetismo? Foto: Juan Barreto/AFP; As razões são óbvias. Chávez, como Lula e Dilma, mexeu com os interesses da minoria privilegiada. Há diferenças entre o venezuelano e os brasileiros, ao contrário destes, aquele recorreu a formas autoritárias de poder. Mesmo assim, tratou-se de um formidável reformador e de um incentivador da unidade latino-americana a bem da independência do subcontinente, enfim livre da condição de quintal dos Estados Unidos. Nem tudo na atuação de Chávez merece admiração, mas seus méritos estão expostos à luz do sol. Leio as diatribes ficcionais da nossa mídia, dizem que se tratou de um déspota populista. A definição é tão imprópria quanto foi batizar de “terrorista” quem lutou contra a ditadura civil-militar. Populista porque nacionalista ao defender o petróleo de seu país como fez Getúlio Vargas em 1952 ao criar a Petrobras? Ou populista porque condenou firme e inexoravelmente o neoliberalismo? Tropecei na quarta 6 de março no delirante editorial da Folha de São Paulo, que condenava o “populista” Chávez por causa do seu peremptório não ao neoliberalismo. Ora, ora, mas não foi a religião do deus mercado que nos mergulhou na maior crise econômica, política e social dos últimos dois séculos? Algo não menos assustador do que as epidemias de peste negra da Idade Média. Ah, claro, populista por ter tirado da miséria uma larga fatia de venezuelanos, e por ter garantido assistência médica e hospitalar a todos os concidadãos, e por ter erradicado o analfabetismo. Tal é a linha da mídia nativa, exército dos barões. O jornalismo há de se basear no respeito da verdade-factual, no exercício do espírito crítico e na fiscalização do poder. Os barões midiáticos e seus regimentos desrespeitam a verdade factual e submetem o espírito crítico aos seus dogmas e preconceitos. Quanto à fiscalização do poder, cuidam de investir de arma em punho contra quem ali está há dez anos, depois de ter elevado à glória dos altares o governo tucano de FHC e tornado motivo de culto todas as suas mazelas. Creio não ser árduo perceber que estamos a assistir, há dez anos, a uma ofensiva bélica, em pleno desrespeito às regras éticas do jornalismo e do senso de responsabilidade imposto pela consciência da cidadania. Não nos defrontamos simplesmente com uma mídia a serviço da oposição, e sim com uma artilharia capaz de executar seu bombardeio sem solução de continuidade. (Luciano Silveira (83)9971-5604)

Fonte: www.aspta.org.br 

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