terça-feira, 26 de março de 2013

Desmatamento na Amazônia aumenta as chuvas no Sudeste e a seca no Nordeste


O desmatamento na Amazônia pode aumentar a incidência do fenômeno climático El Niño e conseqüentemente os problemas de seca no Nordeste e fortes chuvas em outras partes do Brasil, como Sul e Sudeste. A conclusão vem dos primeiros resultados do Modelo Brasileiro de Sistema Terrestre. É um novo monitoramento colocado em prática pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). “As respostas globais da atmosfera e dos oceanos são proporcionais à área desmatada no modelo” explicou o pesquisador do INPE, Paulo Nobre, em entrevista à Agência CNM. De acordo com detalhes dados por Nobre, a freqüência do El Niño pode ser o dobro do observado no passado, com a substituição de florestas por vegetação de savana. Portanto, quanto mais derrubada de árvores, maior os efeitos do fenômeno. Paulo Nobre confirmou que os resultados do El Niño podem piorar a falta de chuva nos Estados do Nordeste e aumentar a ocorrência delas no Sudeste, por exemplo. “O período de redução da pluviosidade [chuva] observada o ano passado, e que se estende até o presente, é devida em grande parte ao comportamento do Oceano Atlântico”. (O que é o El Niño?) O El Niño, O menino em Português, é o nome dado quando as águas do Oceano Pacífico estão mais quentes. Pouco se sabe a respeito deste fenômeno, no entanto o resultado dele é alteração dos ventos que mudam todo o clima da região do Pacífico. O fenômeno deve durar até um ano e meio e ocorre em intervalos de 3 a 7 anos. A diminuição de chuvas na Amazônia também são resultados do El Niño. Fora do Brasil, na Austrália, há problemas com a estiagem mais longa a cada ano. (Leia também)

Fonte: www.cnm.org.br

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