O deputado Luiz Couto (PT-PB) ocupou a tribuna da
Câmara Federal, na quinta-feira (7/3), para fazer referência aos 8 de Março,
Dia Internacional da Mulher, data que, segundo ele, simboliza o universo feminino no mundo. Couto
aplaudiu as conquistas femininas das últimas décadas, a exemplo das mudanças nos níveis educacionais e da participação no
mercado de trabalho, com “avanços incontestáveis nos cargos gerenciais e nas
profissões liberais como medicina, direito e arquitetura”. O parlamentar
lembrou que além de serem responsáveis pela maternidade e a ordem da casa,
atualmente a maioria das famílias brasileiras são chefiadas por mulheres que
lutam diariamente, dentro e fora de casa. “A sociedade, o Governo, as
instituições, ONGs articulam-se para que as conquistas femininas não fiquem
apenas no papel, mas que aconteçam de fato como mais uma forma de igualdade e
respeito social” completou. Luiz Couto parabenizou as mulheres pelas vitórias
no decorrer desses anos, destacando o que chamou de “marco brasileiro” que foi
a conquista de uma mulher no poder central do Brasil: “nossa presidenta Dilma
Rousseff”. (Confira pronunciamento na
íntegra) Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores
Deputados. O dia 8 de Março, Dia
Internacional da Mulher, simboliza o universo feminino no mundo. E
aplaudimos todas as conquistas femininas conquistadas nas últimas décadas. As
mulheres ao longo do século XX marcaram, de maneira definitiva, os seus rumos
para este novo milênio. Diversos fatores contribuíram para essa
realidade. As mudanças nos níveis educacionais e da sua participação no mercado
de trabalho sintetizam o novo papel da mulher na sociedade. "As mulheres
que vieram depois de 1945 passaram por grandes espaços de transformações. Diversos
números também demonstram, por exemplo, que no caso de donos de empresas, as
mulheres representam 17% dos empregadores brasileiros em 1991 e passaram a 22,4
% em 1998, segundo a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad),
feita pelo IBGE. Hoje esse índice pulou para quase 29%. Os avanços são
também incontestáveis nos cargos gerenciais e nas profissões liberais, como
medicina, direito, arquitetura – com até 300% de aumento, na participação
feminina em uma década. As mulheres já são 40% da força de trabalho no país e
24% dos gerentes. Reconheço com muita alegria que o século que acabou foi o de
maior avanço das mulheres em toda a História da humanidade. Elas estão
conquistando espaço no mundo inteiro, em praticamente todas as
atividades. No Brasil, 20 milhões de mulheres entraram na população
economicamente ativa em duas décadas. Todo esse avanço dá a impressão de que o
futuro é cor-de-rosa. Porém, por mais que as mulheres tenham entrado de vez no
mercado de trabalho e estejam se dando muito bem, o preconceito, a e violência
ainda persistem e elas recebem uma remuneração em média cerca de 30% menor do
que os homens, conforme a Síntese dos Indicadores Sociais, divulgada em março de
2007, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Além de
serem responsáveis pela maternidade, e pela ordem da casa, atualmente no
Brasil, a maioria das famílias são chefiadas por mulheres, que lutam
diariamente, dentro e fora de casa. A sociedade, o Governo, as instituições,
ONGs articulam-se para que as conquistas femininas não fiquem apenas no papel,
mas que aconteçam de fato como mais uma forma de igualdade e respeito social. O
direito a escolher os próprios governantes mobilizou mulheres de todo o mundo
durante boa parte da primeira metade do século 20. No Brasil, essa conquista
aconteceu em 1932, durante o governo de
Getúlio Vargas. A Nova Zelândia foi o primeiro país a permitir o voto
feminino, em 1893. Na França, apesar de "igualdade" estar
entre os lemas da Revolução Francesa, a mulher só conseguiu votar a partir de
1945, após o fim da Segunda Guerra Mundial. 1827
- Surgiu a primeira lei sobre educação das mulheres, permitindo
que freqüentassem as escolas elementares. Instituições de ensino mais adiantado
ainda eram proibidas a elas. 1879 - As mulheres têm autorização do governo
para estudar em instituições de ensino superior; mas as que seguiam este
caminho eram criticadas pela sociedade. 1914
– A primeira jornalista de que se tem notícia Eugênia Moreira
escreve artigos em jornais afirmando que "a mulher será livre somente no
dia em que passar a escolher seus representantes”; 1919 - É construído o primeiro
monumento a uma mulher. Tratava-se de um busto, uma homenagem à Clarisse Índio
do Brasil, que morreu vítima de violência urbana, no Rio de Janeiro; 1928 - As mulheres conquistam o
direito de disputar oficialmente as provas olímpicas. 1932 - O Governo de Getúlio Vargas
promulgou o novo Código Eleitoral pelo Decreto nº 21.076, garantindo finalmente
o direito de voto às mulheres brasileiras; 1948
- A holandesa Fanny Blankers-Keon, 30 anos, mãe de duas crianças,
consagrou-se a grande heroína individual das Olimpíadas, superando todos os
homens. Conquistou quatro medalhas de ouro no atletismo; 1962 - O presidente João Goulart
sanciona a Lei n° 4.121 que ampliou os direitos da mulher casada no Brasil; 1974 - Izabel Perón torna-se a
primeira mulher presidente; 1977 - A
escritora Rachel de Queiroz torna-se a primeira mulher a ingressar na Academia
Brasileira de Letras; 1985 - Surge
a primeira Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher - DEAM, em São
Paulo; 1994 - Roseana Sarney
é a primeira mulher eleita governadora de um estado brasileiro: o Maranhão. Foi
reeleita em 1998. 1997 - As
mulheres já ocupam 7% das cadeiras da Câmara dos Deputados; 7,4% do Senado
Federal; 6% das prefeituras brasileiras. O índice de vereadoras eleitas
aumentou de 5,5%, em 92, para 12%, em 96. 2006
- A aprovação da Lei Maria da Penha (lei número 11.340) que
trata de forma diferenciada a questão da violência doméstica e sexual da
mulher. 2010 - Com 99,99% dos votos apurados, e com 56,05% dos votos validos,
Dilma Rousseff foi eleita a primeira mulher Presidente no Brasil. Na
oportunidade, parabenizo as mulheres pelas conquistas abdicadas durante esses
anos, lembrando-se de um marco brasileiro que foi a conquista de uma grande
mulher no centro do Poder brasileiro. Nossa Presidenta Dilma Rousseff. Que Deus
nos ajude nas lutas contra violência contra mulheres e que o amanhã seja um
novo marco, uma nova vida e uma nova história para as mulheres. Quero na musica
“Angélica” de Chico Buarque lembrar todas as mulheres lutadoras que tiveram
seus filhos executados, torturados e desaparecidos; Quem é essa mulher, Que
canta sempre esse estribilho? Só queria embalar meu filho; Que mora na
escuridão do mar, Quem é essa mulher, Que canta sempre esse lamento? Só queria
lembrar o tormento; Que fez o meu filho suspirar, Quem é essa mulher, Que canta
sempre o mesmo arranjo? Só queria agasalhar meu anjo, E deixar seu corpo
descansar, Quem é essa mulher, Que canta como dobra um sino? Queria cantar por
meu menino, Que ele já não pode mais cantar, Quem é essa mulher, Que canta
sempre esse estribilho? Só queria embalar meu filho, Que mora na escuridão do
mar; Era o que tinha a dizer, Sala das Sessões, 07 de março de 2013. (Ascom Dep. Luiz Couto)
Fonte: http://www.luizcouto.com
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