segunda-feira, 8 de abril de 2013

A mulher faz revolução silenciosa agricultora e pedreira


Já fui chamada de mulher – homem, encontrei companheiros que no início não acreditavam na minha capacidade, não aceitavam as minhas orientações, mas no dia a dia com paciência e segurança no que faço vou mostrando a minha capacidade. Afirma Verônica

O Programa Um milhão de Cisternas (P1MC) tem ao longo de sua historia melhorado significativamente os recursos hídricos no Semi-árido Nordestino, mobilizado pessoas, contribuído com o comércio local, e, sobretudo, dado visibilidade, valorizado e empoderado algumas mulheres camponesas que estavam invisíveis no que diz respeito ao ser e fazer na agricultura familiar. O Centro de Educação e Organização Popular – CEOP com sede na Cidade de Picuí, região do Curimataú Paraibano e Unidade Gestora do P1MC assegura a participação das mulheres no processo de descoberta da autoestima, resgate da cidadania, valorização e visibilidade. Esses aspectos as possibilitam ser protagonista da sua história, uma vez que, as mesmas se sentem empoderadas para se firmar em uma sociedade que milenarmente, as tratou com ser inferior e incapaz. Constatamos que as oportunidades para elas nessa sociedade que sempre as estigmatizou, foi incapaz de envolvê-las no processo de participação mais ativa nas várias áreas do conhecimento. O CEOP também tem se preocupado e contribuído na área do acesso ao conhecimento para as mulheres, por esse motivo no curso de pedreiros/as realizado através do P1MC, a agricultura Verônica foi capacitada e apreendeu a fazer cisterna, bem como outras tecnológicas que a Articulação do Semiárido tem desenvolvido a saber: cisterna calçadão, barragem subterrânea e confecção da bomba bola de gude. Natural de Barra de Santa Rosa/PB, Verônica tem percorrido a região da Paraíba fazendo cisternas como também já monitorou curso de capacitação para construção de cisternas do PIMC e do P1+2 (Programa Uma Terra e duas Águas). Atualmente, está construindo cisternas no município de Picuí/PB. Conforme percebemos na fala de Verônica, as mulheres a cada dia precisam conseguir forças para continuar provando que é capaz de fazer a diferença em uma sociedade pensada a partir do masculino para o masculino, a superação é instrumento que possibilita as mulheres afirmar sua capacidade resignificar a vida. Verônica tem contribuído com as ações do CEOP além de sinalizar que é possível enfrentar atitudes conservadoras e ultrapassadas para viver, bem como lutar para reafirmar que as diferenças biológicas não sejam motivo para exclusão das mulheres do processo de aprendizagens de tecnologias alternativas que garantam a vida com dignidade de homens e mulheres nesse imenso semiárido.

Fonte: http://www.blogger.com ASA PB

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