Instituto Ideal altera regras e permite às empresas que tenham pelo menos 50% do seu consumo elétrico vindo de fonte solar solicitar a certificação
Visando
abranger as recentes alterações normativas da ANEEL (Agência Nacional de
Energia Elétrica) sobre micro ou minigeradores, o Instituto Ideal decidiu
ampliar as regras de obtenção do Selo Solar. A partir de hoje, a certificação
poderá ser obtida por proprietários de edificações ou pequenos empresários que
tenham ao menos 50% do consumo de eletricidade proveniente de fonte solar. Antes
da mudança, o recebimento do Selo estava condicionado ao consumo de uma
quantidade mínima pré-estabelecida de eletricidade solar que, para consumidores
residenciais ou pequenos comércios, por exemplo, era de 50 MWh por ano. Essa
regra deixa de fora muitas pessoas ou empresas que planejam instalar pequenos
geradores para participar do sistema de compensação de energia previsto na nova
RN (Resolução Normativa) da ANEEL. A RN 482/2012 tem incentivado novos projetos
de autoprodução energética porque reduz as barreiras para a conexão à rede
elétrica. “O Selo Solar foi lançado antes da publicação dessa resolução, por
isso, ele foi criado pensando mais no mercado livre de energia e não prevíamos
casos como o que estão aparecendo hoje no Instituto Ideal. Algumas empresas
instalam sistemas fotovoltaicos que chegam a gerar 100% da sua demanda
energética, porém não conseguem receber o Selo Solar porque a quantidade de
eletricidade gerada fica abaixo dos 50MW anuais exigidos", explica a
gerente de projetos do Instituto Ideal, Paula Scheidt. O Selo Solar foi criado
para dar forma a algo que não se vê, a eletricidade. Consumi-la a partir do sol
é uma atitude inovadora, porém adotada por poucas empresas no Brasil. A ideia
da certificação é que as construções que já apostam na energia do futuro possam
ser reconhecidas pelos consumidores. Desenvolvido pelo Instituto para o
Desenvolvimento de Energias Alternativas para a América Latina (Ideal) e a
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o Selo tem o apoio da
Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche
Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH e do Banco Alemão de
Desenvolvimento (KfW). Se você é empresário e deseja mais informações sobre a
documentação necessária, visite o site www.selosolar.com.br
e tenha acesso ao novo regulamento. (Por
que usar eletricidade solar?) A energia elétrica pode ser obtida a
partir de diferentes fontes energéticas, algumas com maior impacto ambiental e
outras com menor. O uso das chamadas fontes alternativas de energia
representa um baixo impacto ambiental direto, que é o caso de usinas eólicas,
sistemas a biogás e usinas solares. Com a maior parte do seu território situado
na zona tropical, o Brasil é um dos países com maior incidência de irradiação
solar do mundo. Segundo o Atlas de Irradiação Solar do Brasil,
diariamente incide entre 4,5 kWh/m2 a 6,3 kWh/m2 no país. Isto significa que o
lugar mais ensolarado da Alemanha, um dos líderes mundiais no mercado fotovoltaico,
recebe 40% menos radiação solar que o lugar menos ensolarado do Brasil. Utilizar
a energia solar para a obtenção de eletricidade é uma forma de reduzir as
emissões de gases do efeito estufa e, em muitos casos, outros impactos
ambientais ligados à construção de empreendimentos energéticos.
Fonte:
http://www.institutocarbonobrasil.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário