O deputado Luiz Couto (PT-PB) rebateu o comentário publicado em
alguns veículos de comunicação da Paraíba, acusando-o, entre outras coisas, de
ter cochilado terça-feira (14) no plenário da Câmara porque "não estava
muito preocupado se a Medida Provisória dos Portos seria aprovada ou não".
Couto explicou que na terça (14) chegou à Câmara às 9h da manhã, como de
costume, e foi até a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC),
onde aguardou os outros colegas. Como os trabalhos de
todas as comissões permanentes tiveram que ser suspensos por causa da votação
da Medida Provisória dos Portos, o parlamentar contou que se dirigiu para a
audiência pública da CPI do Tráfico de Pessoas e depois para o plenário da
Câmara, ocasião em que participou "assiduamente das sucessivas sessões
realizadas para apreciar a matéria com todas as emendas e destaques
apresentados". Como foi noticiado, acrescentou Luiz Couto, a
última sessão extraordinária só foi encerrada às 05 horas da manhã já da
quarta-feira. "Durante todo esse tempo, permaneci na Câmara dos Deputados.
Foram vinte horas de presença na sede do Poder Legislativo Federal, cumprindo
com o meu dever de parlamentar eleito pelo povo da Paraíba. Como todos ali
presentes, aproveitei os pequenos intervalos entre as sessões para participar
das negociações com a bancada do Partido dos Trabalhadores, para ir ao
banheiro, para tomar uma água ou fazer um lanche". "Vencemos
mais um longo dia de debates e de votações, com uma jornada de 24 horas
de trabalho. Não vi nos blogs, sites, programas radiofônicos e colunas diárias
os ditos jornalistas de emboscada tratarem da matéria em pauta e dos debates
travados e votações realizadas. Porque isto não interessa a quem não tem
conteúdo para escrever, nem preocupação cívica com os problemas do
Brasil", criticou. Confira pronunciamento na íntegra:
O sociólogo paraibano Nilton Wanderley cunhou a expressão JORNALISMO DE
EMBOSCADA para designar as atividades de determinados segmentos da imprensa
brasileira que fazem usos e abusos de tão importante ofício, deturpando-o para
ridicularizar as pessoas que têm visibilidade pública. Não interessa a
esse tipo de jornalismo fazer o bom debate sobre qualquer tema que seja de
interesse público. Resumem-se às tocaias traiçoeiras para flagrar momentos
comuns ao cotidiano de qualquer ser humano. E assim foi na
terça-feira (14), durante a longa série de sessões extraordinárias da Câmara
dos Deputados, quando passamos quase dezessete horas debatendo e votando a
Medida Provisória dos Portos e um jornalista paraibano fez uma foto, durante um
dos interstícios entre as sessões, no momento em que eu, no limite das minhas
forças para permanecer presente no plenário, cochilei exausto. Durante
aquele dia de trabalho (terça-feira) cheguei à Câmara dos Deputados às nove
horas da manhã como sempre faço. Fui para o plenário da Comissão de Justiça e
lá aguardei pelos meus colegas, mas como os trabalhos de todas as comissões
permanentes foram suspensos por conta da votação da MP dos Portos, me dirigi
para a audiência pública da CPI do Tráfico de Pessoas. Em seguida fui para o
plenário da Câmara e participei assiduamente das sucessivas sessões realizadas
para apreciar a matéria com todas as emendas e destaques apresentados.
Como foi noticiada, a última sessão extraordinária só foi encerrada às 05 horas
da manhã já da quarta-feira. Durante todo esse tempo, permaneci na Câmara dos
Deputados. Foram vinte horas de presença na sede do Poder Legislativo Federal,
cumprindo com o meu dever de parlamentar eleito pelo povo da Paraíba. Como
todos ali presentes, aproveitei os pequenos intervalos entre as sessões para
participar das negociações com a bancada do Partido dos Trabalhadores, para ir
ao banheiro, para tomar uma água ou fazer um lanche. Na mesma
quarta-feira, passei menos de quatro horas fora da Câmara e voltei a Casa às 09
horas da mesma manhã. Vencemos mais um longo dia de debates e de votações, com
uma jornada de 24 horas de trabalho. Não vi nos blogs, sites, programas
radiofônicos e colunas diárias os ditos jornalistas de emboscada tratarem da
matéria em pauta e dos debates travados e votações realizadas. Porque isto não
interessa a quem não tem conteúdo para escrever, nem preocupação cívica com os
problemas do Brasil. Não faço auto vitimização dessas ciladas. Não
faço esse tipo. A essa altura da minha idade, com 68 anos de vida e muitas
décadas de lutas, sou suficientemente resolvido para resistir aos pequenos e
aos grandes ataques dos que não tem outra coisa a oferecer ao povo brasileiro,
a não ser o achincalhe, a pegadinha, a zombaria e o escárnio. Mas
avalio que é baixeza o expediente de determinados setores da mídia que
priorizam ridicularizar e desumanizar as pessoas, expondo-as caricaturalmente
ao ridículo em flagras do dia a dia, como um momento de cansaço, da fadiga e de
fragilidade que qualquer pessoa tem quando submetida a longas jornadas de
trabalho. Agindo assim, os insidiosos não contribuem com o país nem com a
democracia. Aos embusteiros de plantão, que vivem à espreita, mas
que nunca me flagraram nem flagrarão comprando notícias, aplausos e bajulações,
cito um aforismo do filósofo alemão Friedrich Nietzsche: “Aquilo que não me
mata só me fortalece.” Era o que tinha a dizer, Sala
das Sessões, 16 de maio de 2013. (Ascom Dep. Luiz Couto)
Fonte: http://www.luizcouto.com
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