O ministro da
Saúde, Alexandre Padilha, disse ontem que a chegada dos médicos estrangeiros
nas comunidades pobres do país vai estimular a melhora da infraestrutura nas
unidades de saúde. “O maior obstáculo era ter o médico. Construir a
unidade de saúde, equipá-la e mantê-la reformada é uma ação que o município
fica estimulado a fazer quando vê que nós conseguimos garantir um médico para
atender aquela população”, declarou o ministro, que participou da cerimônia de
abertura da Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho da
Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Padilha citou
situações que viveu quando trabalhou como médico na Amazônia. O ministro foi
supervisor de um núcleo da Universidade de São Paulo (USP), atuando em comunidades
amazônicas, e conta que percebeu que a chegada dos médicos atraiu
desenvolvimento para a região. “Não tinha nenhuma estrutura nos lugares onde
trabalhamos. A presença de médicos lá estimulou o município, outras
universidades e organizações a montar estrutura. Uma aldeia indígena não tinha
nada, hoje tem centro cirúrgico, ambulatório para tratamento. A cidade de
Santarém (PA) não tinha uma faculdade. Hoje tem a faculdade de medicina, que é
um grande hospital regional”, disse. O ministro informou ainda que todos os
municípios participantes do Programa Mais Médicos usarão recursos do Ministério
da Saúde para reforma, ampliação e construção de unidades de saúde. Segundo
cronograma do ministério, o início do trabalho dos profissionais do programa
está previsto para o dia 23. De acordo com o ministro, as inscrições para os
interessados em participar do programa serão abertas mensalmente,
prioritariamente para médicos brasileiros. Padilha ressaltou que os
estrangeiros podem ocupar apenas as vagas não ocupadas pelos profissionais
brasileiros. “Aos poucos, vamos poder mostrar o programa, mostrar que ele não
tira emprego de
nenhum médico brasileiro”, destacou. Nesta semana, disse o ministro, está
programada a seleção dos médicos estrangeiros que se inscreveram no segundo mês
do Mais Médicos. Eles poderão optar pelas cidades onde querem trabalhar. “O
Mais Médicos é um primeiro passo de uma longa caminhada para fazer uma mudança
profunda na realidade da saúde da nossa população, mas é o passo mais
corajoso”, disse.
Fonte:
Agência Brasil
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