Às vésperas do outubro
vermelho, quando o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra promete fazer invasões
de terra, fechar estradas e promover protestos pela reforma agrária por todo o
País, João Pedro Stédile liga sua metralhadora verbal; além de criticar o
ex-presidente FHC, diz que presidente Dilma precisa "sair da retórica e
fazer mais desapropriações" e condena o Judiciário, após vencer processo
contra a revista Veja em duas instâncias e perder no STF: "O Poder
Judiciário ainda é monárquico, não passou pela República" Sobrou para o ex-presidente Fernando
Henrique. Ao ligar sua metralhadora verbal giratória, em entrevista ao
jornalista Renato Dias, do Diário da Manhã, de Goiânia, o coordenador do
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, disse com
todas as letras o que parecia esquecido: Fernando Henrique inventou o
'mensalão' ao compra sua reeleição, disse Stédile, referindo-se às manobras no
Congresso, em 1997, executadas aprovar a mudança na legislação. O líder do MST
também fez críticas ao governo Dilma Rousseff, afirmando que nos últimos dois
anos não houve nenhuma grande desapropriação de terra. No momento, segundo ele,
100 mil famílias de Sem Terra vive acampadas no interior do Brasil. O ministro
Guido Mantega e o presidente do Banco Central (Alexandre Tombini) precisam
suspender imediatamente a política de realização de superávit primário, que
significa uma farra para os banqueiros. Para o mês de outubro, o MST planeja
uma série de ações pelo Brasil, cobrando mais atos pela reforma agrária do
governo. - A presidente Dilma fez autocrítica reconhecendo que precisa ouvir
mais a voz das ruas, mas isso é pouco. Ela tem de recuperar o tempo que perdeu
na reforma agrária e, efetivamente, dar um caráter popular ao seu governo.
Todos estamos cansados de retórica apenas. Em razão de uma experiência pessoal
recém vivida com um processo aberto por ele contra a revista Veja na Justiça,
Stédile também disparou contra o sistema judiciário. Ele venceu nas duas
primeiras instâncias, mas perdeu no STF: - A verdade é que o Poder Judiciário
ainda não aceitou que estamos numa República. Continua monárquico, como se o
Brasil não tivesse avançado para uma democracia.
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