Sobre
notícias relativas à saída do PSB da base do governo federal, penso que devemos
colocar água nesta fervura para diminuir o calor deste debate. As relações
entre PT e PSB não podem ser resolvidas com tamanho grau de tensão. Somos
aliados desde 1989, quando construímos uma frente de esquerda que foi
responsável por uma das campanhas mais bonitas e vitoriosas politicamente da
história do país. Juntos nesta trajetória, com Lula e Dilma, mudamos muito o
Brasil. É claro que ainda faltam outros avanços, mas eles só se aprofundarão com
a unidade da esquerda. Precisamos discutir a possibilidade de caminharmos
juntos nas eleições de 2014 e em um projeto estratégico para o futuro. Nosso
distanciamento não será bom para o governo, já que se trata de um aliado com
forte identidade programática. Nem para o PSB, já que o caminho que se desenha
sem o PT é o da aproximação com as forças que sempre fizeram oposição aos
avanços no Brasil. O lugar do partido que teve em suas fileiras nomes como
Miguel Arraes e Sérgio Buarque de Hollandadeve ser de destaque. O
posicionamento do PSB deve ser o da esquerda brasileira, que, com Lula e Dilma,
acumula forças junto aos movimentos sociais para avançar e não retroceder nas
transformações. Conclamamos nossos líderes, para que, através do diálogo,
possam evitar um racha e construir uma agenda que resulte em um caminho comum
daqui por diante ou, caso inevitável, possamos pactuar uma saída que nos dê a
condição de aliados no próximo governo Dilma e nas lutas sociais.
Brasília, 18 de setembro de 2013
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