Decisão atende ao
pedido feito numa ação de improbidade administrativa movida pelo MPF. (Da Agência Estado)
A Justiça Federal de Brasília determinou o bloqueio de R$ 750 mil em
bens do ex-senador e atual secretário de Estado da Infraestrutura da Paraíba,
Efraim Morais (DEM-PB). A decisão atende ao pedido feito numa ação de
improbidade administrativa movida no ano passado pela Procuradoria da República
do Distrito Federal (PR-DF) que acusa o ex-parlamentar de ter praticado
irregularidades no programa Interligas, do Senado. Esse programa, implementado
em 2000 numa parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), tem
o objetivo de modernizar e integrar todo o Poder Legislativo brasileiro. A
procuradoria sustentou na ação que Efraim, na época em que era diretor nacional
do Interlegis, entre os anos de 2005 e 2008, deslocou funcionários que deveriam
atuar exclusivamente no programa para a Primeira Secretaria do Senado,
comandadas por ele na ocasião. O próprio ex-senador admitiu, em declaração dada
ao MP Federal, que um dos contratados pelo programa atuava na Paraíba,
utilizando-se do seu gabinete de apoio parlamentar. A direção do Senado,
entretanto, afirmou que na ocasião esses funcionários do Interlegis só poderiam
ser lotados em Brasília. Para o Ministério Público, o ex-senador agiu de forma
ilegal ao permitir a transferência dos trabalhadores por meio de requisições de
sua autoria. Em despacho do último dia 16, a juíza federal substituta Maria
Lina Silva do Carmo, da 20ª Vara Federal, decidiu tornar réu o ex-senador,
decretar a indisponibilidade dos bens de Efraim e ainda impedir que ele faça
transferência de recursos para terceiros. "Nesse contexto, rejeito todas
as preliminares arguidas pelo demandado, porque este era, à época dos fatos,
senador da República e há indícios veementes de que seja o autor de condutas
que redundaram em dano ao patrimônio da União", afirmou a magistrada. EX. SENADOR. NEGA IRREGULARIDADES: O
ex-senador Efraim Morais afirmou que tomou conhecimento da decisão pelo
Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado. "Vou
apresentar a defesa quando for notificado", disse. Ele explicou que três
funcionários contratados pelo programa foram colocados à disposição do seu
gabinete. Segundo ele, o trio trabalhava para o Interlegis. "Eu, como presidente
do Interlegis, acredito que não há nenhuma irregularidade", destacou. Questionado
se vai recorrer do bloqueio de bens, Efraim Morais disse que é uma decisão que
cabe aos seus advogados tomar. Ele afirmou que o Tribunal de Contas da União
(TCU) aprovou todas as contas da época em que comandou o Interlegis. "Vou
agora fazer a minha defesa de que sou inocente e provarei que o pessoal
trabalhava no programa", reforçou. Ele disse ainda que a Paraíba fosse o
primeiro Estado onde o programa conseguiu chegar a todos os municípios. Ele
reconheceu que priorizou, na sua passagem pelo órgão, seu Estado no Interlegis.
Fonte: http://www.jornaldaparaiba.com.br/

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