Parlamentar disse que criminosos de
Alagoas receberiam R$ 500 mil
O deputado Luiz Couto (PT) revelou nessa
segunda-feira (30), da tribuna da Câmara Federal, que teve que suspender todos
os compromissos marcados para esse final de semana, depois de ser informado que
o serviço de inteligência da Secretaria da Segurança e da Defesa Social da
Paraíba detectou que dois pistoleiros alagoanos estariam em João
Pessoa para executar dois militantes que combatem o crime organizado: ele e a
advogada Valdênia Paulino, ouvidora de Polícia do Estado. Couto disse que
ficou surpreso quando desceu no aeroporto Castro Pinto, sexta-feira (27), e
encontrou uma escolta de policiais militares, além dos agentes federais que já
fazem a sua segurança, e que nesse momento foi notificado pela Superintendência
Regional da Polícia Federal para suspender todas as atividades públicas
previstas para o final de semana porque, segundo o delegado responsável,
"havia uma majoração do risco à integridade física deste
parlamentar". Luiz Couto informou que os criminosos seriam contratados por
R$ 500 mil e a transação desses valores teriam sido articuladas pelo
ex-policial militar Luiz Quintino de Almeida Neto, expulso da PM paraibana em
consequência das inúmeras denúncias feitas pela ouvidora Valdênia e por ele.
"Quintino foi preso durante a operação Squadre", lembrou. O
parlamentar afirmou ter recebido denúncia de que parte do dinheiro - $R 300 mil
- teria sido transportado numa viatura da Secretaria de Administração
Penitenciária (Seap) conduzida por Dinamérico Cardim, agente penitenciário que
supostamente fez o carregamento do dinheiro numa caminhonete do Grupo
Penitenciário de Operações Especiais da Paraíba (Gpoe), pertencente à Seap. Couto
ressaltou que, de acordo com a mesma denúncia, Dinamérico Cardim possui em sua
guarda um Fuzil IBEL, calibre 762, customizado, com luneta de longo alcance,
tripé metálico e munição calibre 762. Acrescentou que o Gpoe é subordinado
diretamente à pessoa do secretário da pasta, Walber Virgolino da Silva
Ferreira, e que só ele poderia determinar a saída e o deslocamento deste grupo.
Luiz Couto relatou, ainda, que tomou conhecimento de que no dia 13 de setembro
último, durante o lançamento da revista jurídica, ocorrido na casa de recepções
Requinte, em João Pessoa, Walber Virgulino detratou o secretário de Segurança
Pública, Cláudio Lima, afirmando que o mesmo estava com o povo de direitos
humanos, que ele era um covarde junto do deputado Luiz Couto, sargento Pereira
e da ouvidora de Polícia Civil. "Outra denúncia que recebi é que o
secretário Virgulino teria visitado a primeira Superintendência de Polícia
Civil da Paraíba e prometido soltar o sargento Arnóbio, que responde a
processos por envolvimento com grupos de extermínio na Paraíba".
"Isto seria possível, conforme Virgulino, assim que ele assumisse o posto
de secretário de Segurança Pública", completou. Ao término do
pronunciamento, Luiz Couto solicitou ao governador Ricardo Coutinho e ao
superintendente da Polícia Federal da Paraíba que investiguem as denúncias e
que apurem todos os fatos na forma lei. Click e confira o pronunciamento na íntegra. (Ascom
Dep. Luiz Couto)
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