TST
determina fim da greve dos Correios e carterios voltam ao trabalho nesta
quinta
A Seção Especializada em Dissídios Coletivos
do Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou nesta terça-feira (8) o fim
da greve dos Correios e estabeleceu que todos os trabalhadores retornem ao
trabalho na próxima quinta-feira (10). Embora algumas paralisações tenham
começado no dia 12 de setembro, a greve geral aprovada pelos sindicatos
associados à Fentect foi deflagrada oficialmente em todo o país no dia 17 de
setembro. O tribunal decidiu que a greve não foi abusiva, mas mandou que os
empregados compensem os dias parados por duas horas diárias em até seis meses.
O TST analisou o caso num processo de dissídio porque não houve acordo entre trabalhadores
e a empresa. Ficou definido que os
trabalhadores receberão reajuste de 8% conforme acordo firmado com a Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). O aumento será retroativo a agosto.
Os empregados queriam que o reajuste se estendesse para o vale-alimentação, mas
ficou definido que será seguida a proposta da empresa, de 8% para os salários e
6,27% para o vale. Parte dos sindicatos já havia aceitado a proposta de
reajuste salarial de 8% oferecido pela empresa. Outros, porém, reivindicam 15%
de aumento real, mais reposição da inflação entre
agosto de 2012 e julho deste ano, reposição das perdas salariais desde o plano
real, entrega de correspondências pela manhã em todo o país, entre outros
pedidos. Segundo os Correios, 92% dos trabalhadores da empresa estão
trabalhando normalmente. Conforme a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e
Similares (Fentect), 60% a 70% dos trabalhadores da área operacional estão
parados. A ECT tem mais de 120 mil empregados no país. (Plano de saúde) O
TST também determinou que o plano de saúde dos trabalhadores se mantenha como é
atualmente. Os empregados têm um plano admnistrado pela empresa e qualquer
alteração só pode ser feita por comissão de trabalhadores e dos Correios. Os
empregados alegavam que a empresa tentava criar brecha para passar a
administração do plano para uma empresa privada. A ECT afirmou que a manutenção
do plano de saúde com base nas regras atuais foi proposta pela própria empresa
e que a cláusula "garante todos os atuais direitos dos
trabalhadores". A empresa destacou que, durante o julgamento, o relator do
processo, ministro Fernando Eizo Ono, frisou que a gestão do plano de saúde é
responsabilidade da empresa e não da representação sindical. O diretor da
Fentect, James Magalhães, considerou que o resultado do julgamento do TST foi
positivo para os empregados. "Nos outros anos o TST mandava voltar ao trabalho
no dia seguinte, não dando tempo de discussão em assembléia e nem de quem é de
outros estados voltarem", destacou James. Segundo o diretor, o
"ideal" seria o abono dos dias parados, mas a definição de que a
compensação será de duas horas por dia por seis meses também beneficia a
categoria. "Não vai haver pressão de trabalhar sábado, fim de semana.
[...] No geral foi positivo, a questão da manutenção do plano de saúde. A luta
da categoria é importante. Nada se consegue de graça, só na luta."
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